terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Uma preciosidade do rock nacional


Brasília deu ao rock nacional uma cena regional das mais criativas. Apesar de tantas bandas com sonoridade e histórias interessantes, várias bandas não tiveram sorte e não conseguiram contratos com gravadoras, ficando restritas ao cenário alternativo brasiliense.
O Escola de Escândalos foi uma delas. Mesmo com a banda sendo citada em entrevistas das bandas mais famosas, o quarteto sequer lançou um disco. O Escola de Escândalos foi formado em 1983, depois do fim da banda punk XXX, e tinha uma sonoridade pós-punk misturando punk, metal e new wave com letras bem elaboradas e refrões pegajosos.
A banda participou da coletânea cult "Rumores" lançada em 1985 com quatro bandas brasilienses e que hoje é um dos discos de rock nacional mais raros (e que eu comprei por uma ninharia na época de lançamento). Além do EE o disco tinha o Finis Africae, o Elite Sofisticada e o Detrito Federal.
Em seguida o Escola de Escândalos conseguiu shows no Rio de Janeiro e teve as músicas "Luzes" e "Complexos" tocadas em rádios roqueiras em Brasília e no Rio de Janeiro. Foi iniciada negociação para a banda gravar pela EMI que já tinha o Paralamas do Sucesso e Plebe Rude, que funcionaram como padrinhos. Mas o Escola de Escândalos acabou antes de conseguir gravar seu disco.
Uma homenagem póstuma aconteceu em 2000 quando a Plebe Rude regravou "Luzes" em um disco ao vivo. Com a maravilha da internet, há músicas circulando disponibilizadas pelos fãs que você pode baixar no link abaixo. Se você curte rock cantando em português, pode baixar sem receio.

• Baixe 14 músicas do Escola de Escândalos.

Um comentário:

  1. Porra, Andye... muito bacana!

    Quando eu era mais novo, ouvia muito as bandas de Brasília da década de 80. Inclusive, no começo dos anos 2000, eu tocava numa banda chamada Colina Prestes e a gente fazia um cover de "Luzes".

    Muito legal mesmo. Eu só tinha, aqui, os arquivos das músicas do EE que saíram na Rumores. Agora, baixei o resto.

    Valeu! Abraço.

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