quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Mystery Trio faz show para gringo ver e admirar

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Não é mistério nenhum. Ver um show da banda curitibana de drumless rockabilly Mystery Trio é voltar no tempo e perceber como era bacana o rockabilly na época.
O trio faz um trabalho de pesquisa que é apresentado tanto na sonoridade, quanto no visual e também nos equipamentos usados. Beto Glaser (guitarra), Luiz Fireball (contrabaixo acústico) e Elvis Martinatto (vocal e violão) conquistaram público e reconhecimento saindo dos tradicionais botecos fuleiros dos esquemas independentes para ganhar elogios gringos tocando nos Estados Unidos e Europa.
A banda foi formada em 2007 com o nome Flatheads na formação clássica do rockabilly como trio e sem baterista. Mas, como há outra banda na Suécia com o nome Eddie & The Flatheads, eles resolveram mudar em 2009 para não terem problema no futuro.
O Mystery Trio prepara seu quarto lançamento - o segundo álbum – e será uma das atrações do Psycho Carnival 2015. O trio tocará no Espaço Cult, no dia 15 de fevereiro (domingo). O Projeto Zombilly bateu um papo com o guitarrista Beto Glaser (foto acima) para saber sobre mais uma participação da banda no festival e quais as novidades. Ele avisa que resta poucas cópias do primeiro disco para quem ainda não comprou. E que os fãs de vinil terão o single e o novo EP para comprar.
ENTREVISTA
ZOMBILLY - Como será o set Do Mystery Trio no Psycho Carnival?
BETO GLASER -
Então, o set será basicamente musicas do primeiro disco, do 45 e do EP recém lançado, provavelmente algumas músicas do próximo álbum também.
Como está a banda agora? Depois do EP vocês tem algo planejado para gravar?
Estamos em fase de pré-produção do novo álbum. Ele terá 12 canções e será lançado pela Rhythm Bomb Records no final do primeiro semestre desse ano.
Será só com musicas inéditas ou tem alguma regravação?
Estamos sempre buscando regravar canções que não foram regravadas ainda. Trabalho de bastante pesquisa. Será um álbum com composições próprias inéditas e versões ainda não regravadas.
Em termos de produção, repertório, sonoridade... segue a mesa linha do que vocês já lançaram ou está diferente?
Passamos muito tempo pesquisando timbres e formas de produzir música que sejam mais fiéis possíveis à época que curtimos. Foi investido em equipamentos analógicos de época pra reproduzir o clima.
E sobre o festival, tem alguma banda que você esteja ansioso para ver o show?
O Psycho Carnival é sempre um motivo de festa. Todas as bandas são sempre excepcionais. Estou ansioso para que chegue o festival inteiro [risos].
Como foi a mudança do nome de Flatheads para Mystery Trio?
Ja existia uma banda gringa chamada Eddie & The Flatheads, e pra não criar confusão, resolvemos mudar o nome. Mystery Trio era um dos nomes que tínhamos escolhido na formação da banda, ai a decisão foi natural. Isso foi na época que o MySpace estava em evidência. Recebemos uma mensagem deles, mas nada em tom de reclamação. Achamos por bem mudar.
DISCOGRAFIA
“Turn on the key” (album, Bad Habits Rec, 2011)
“Brunette to blonde” / “Rollin´till the night” (single, Bad Habits Rec, 2012)
“Don't Give Me Your Troubles” (EP, Rhythm Bomb Rec, 2014)

LINKS
* Confira o canal do Mystery Trio no
YouTube.

* Confira a página do Mystery Trio no Facebook.


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Fotos: Andye Iore

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Duo Phantom Powers apresenta o rock tosquera no Psycho Carnival

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Porto Alegre é famosa por ter uma das cenas de rock mais criativas e variadas no Brasil. E é de lá que vem a banda que atrai cada vez mais a curiosidade dos fãs de garage rock no Brasil. O duo Phantom Powers já fez alguns shows fora do Rio Grande do Sul e começa a trabalhar no segundo disco. Eles lançaram um EP com sete músicas no ano passado e já tem composições novas que devem formar um novo EP ou até um álbum esse ano.
A banda faz uma mistura de garage,punk, blues e surf music, difundida no meio como rock selvagem. As influências são The Cramps, Link Wray e The Ventures. Eles tocam com Tio Vico como monobanda (violão, guitarra, bateria e vocal) e Ray Z (guitarra).
O Projeto Zombilly bateu um papo com a dupla que se apresentará no Psycho Carnival, abrindo o evento paralelo Curitiba Rock Carnival no dia 15 de fevereiro (domingo) a partir das 13h, na Praça Eufrásio Correia, em Curitiba (PR), com entrada gratuita. A banda avisa que levará camisetas e CDs para vender no Psycho Carnival.
ENTREVISTA
ZOMBILLY - Vocês tocam no formato duo com um de vocês como monobanda. Como vocês chegaram nesse formato?
PHANTOM POWERS -
Não foi planejado. Começamos a compor assim e não sentimos falta de outros instrumentos.
Vocês tocavam em outras bandas antes?
Temos uns 20 anos de estrada cada um. Os Phantom Powers começaram há pouco mais de um ano quando sacamos que tínhamos influências em comum e resolvemos compor juntos.
O Brasil tem muitas bandas de garage rock, mas todas bem restritas ao underground. Como é para vocês estarem num meio que não tem muito público e sempre toca em esquemas independentes, quase sempre improvisados por esse Brasil...?
Somos o tipo de gente que se diverte com pouco, não importa quantas pessoas estejam assistindo, a entrega é total.
Qual a expectativa de vocês para tocar no Psycho Carnival 2015, em Curitiba?
Estamos animados, pois acompanhamos o festival há muitos anos e agora temos a oportunidade de mostrar o nosso som para um público que cultua as mesmas influências que nós.
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Como será o set no Psycho Carnival?
Nervoso! E basicamente autoral.
Como é a cena de garage rock em Porto Alegre?
Barulhenta, epilética, divertida e sem grana.
Como estão os planos da banda... gravação de disco, tour...?
Nesse começo de ano já estamos gravando músicas novas e ainda não decidimos se isso vai ser o próximo EP ou quem sabe um álbum completo. Nenhuma tour marcada oficialmente, onde existir desejo pelo rock selvagem, lá estaremos.
* Confira o Facebook do Phantom Powers.
* Veja o vídeo bacana de “Mother Nature's Call”, do Phantom Powers.
Fotos: Leo Rey. 

sábado, 24 de janeiro de 2015

Zombilly no Radio - Homenagem ao The Bambi Molesters

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O programa Zombilly no Radio abre essa semana com um bloco de protesto pelos reajustes no começo do ano, problemas com falta de água e energia elétrica e outras mazelas criadas pelos políticos incompetentes. O segundo bloco é com bandas do cenário billy amigas do Projeto Zombilly que conhecemos nesse anos e mantivemos contato. O terceiro bloco é com garage rock, com bandas amigas, sendo que duas delas já tocaram no Projeto Zombilly. E o último bloco é um especial com o The Bambi Molesters que tivemos a satisfação de conhecer pessoalmente na semana passada.
Nesse programa estreamos novas vinhetas e temos os lançamentos de Deserdados, Desgraçado e The Dyna Jets, nova banda da Groovie Records.
TRACK LIST
The Cramps - Butcher Pete
RDP - Políticos Em Nome Do Povo
Cólera - Minha Nação
Deserdados-Cidade Insonia
Dead Kennedys - Government Flu
Los Primitivos - Whiskey en el Tren
The Quakes - Killing Moon
The Sharks - Bye Bye Girl
KLAX   My Sweet Baby
Movie Star Trash - Tentaculos do Polvo Doppler (feat. Koti)
Thee Dirty Rats - Poison!
Desgracado - bonde do desgraçado
The Dyna Jets - You know it's not easy
The Bambi Molesters - Wrong Turn
The Bambi Molesters – Siboney
The Bambi Molesters – Baia
The Bambi Molesters – Malaguena
The Magnetix - Creature from outer space

INFOS
Zombilly no Radio – 24 de janeiro de 2015
UEM FM 106,9 - Duração: 1h
Datas: dia 24, sábado, 18h / dia 28, quarta-feira, 23h59
Pesquisa, acervo, produção, apresentação: Andye Iore
Coordenação: Paulino Junior
Trilha de fundo: Kozmic Gorillas
Para ouvir no dia - UEM FM http://tunein.com/radio/R%C3%A1dio-UEM-FM-1069-s98697

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

The Magnetix promete agitar público no Psycho Carnival

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Uma das bandas que mais deve atrair a atenção dos fãs de psychobilly no Psycho Carnival é a russa The Magnetix. Apesar de não ter discos lançados no Brasil e ser pouco conhecida, ela costuma ganhar muitos fãs depois de seus shows. Isso devido às apresentações animadas ao som do psychobilly clássico da década de 1980, com influência do Batmobile.
O trio é de Tula, uma cidade industrial no centro da Russia (a aproximadamente 190km de Moscou), com economia baseada na metalurgia e que tem 503 mil habitantes. A banda foi formada em 2010, depois que o guitarrista Taras Savchenko, 37 anos, saiu do grupo Stressor e acabou regravando algumas de suas músicas da antiga banda, já que ele era o compositor da maioria. E assumiu o nome Mr. Drybones. Completam o lineup Mr. DeadKat no baixo acústico e Mr. Rocket na guitarra. O trio original tocará no Brasil.
The Magnetix tem dois discos - “With their amazing first album” e “Boo-Bop-A-Boo” – lançados pela Crazy Love Records, com várias músicas inspiradas em ficção científica. Como “Rock on the moon “, “Tastes like a martian”, “Planet Zero”, “Creature from outer space”, “Asteroid rock”, entre outras para chacoalhar o esqueleto até suar.
O Projeto Zombilly bateu um papo com o guitarrista e vocalista Mr. Drybones que falou sobre sua primeira viagem ao Brasil, deu dicas de bandas bacanas, entre outras situações. Ele avisa que trará camisetas e CDs para vender no Psycho Carnival. E que, infelizmente, os vinis do The Magnetix estão esgotados no momento. The Magnetix tocará no Psycho Carnival no sábado (14 de fevereiro), fechando a segunda noite no Espaço Cult. Se você vai ao festival e não conhece o The Magnetix, sugerimos pesquisar antes para conhecer um pouco e curtir mais o show.
ENTREVISTA
ZOMBILLY - Vocês são uma banda atual fazendo som clássico do psychobilly 80´s. Qual foi a ideia original do The Magnetix?
MR. DRYBONES
- A nossa ideia foi misturar o rockabilly clássico da década de 1950 com o som do psychobilly de 1980. Nós crescemos ouvindo esses sons e não poderíamos fazer algo diferente.
Vocês tocam em muitos festivais. Como você avalia os eventos hoje?
Nós adoramos tocar na Europa. Temos muitos amigos por lá e todo festival que nós tocamos sempre tem um grande e ótimo público para nós. Acho que a cena na Europa está bem bacana!
Como você avalia a cena psychobilly hoje no mundo com bandas com som clássico e outras com som mais pesado?
Há várias bandas com som old school hoje em muitos países. Nos Estados Unidos, Alemanha, Suécia, Suíça, Japão, Rússia, Brasil... Nós gostamos de muitas delas como The Grims, The Frogs, The Psyclocks, The Rusty Robots, The Tazmanian Devils, entre muitas outras.
Como é a cena de psychobilly na Rússia?
A cena é bacana e está crescendo. Temos várias bandas legais em partes diferentes do país e também um público participativo e crescendo.
Quais são suas expectativas de tocar no Psycho Carnival, no Brasil?
Nós nunca tocamos do outro lado do planeta Terra! E esperamos ser bem recebidos aí no Brasil. Por isso, estamos felizes e orgulhosos de sermos convidados e tentaremos fazer um dos nossos melhores shows nesse festival brasileiro. Além disso, também será bacana porque veremos várias bandas legais e, claro, conheceremos essas beleza que é o Brasil.
Vocês conhecem alguma banda brasileira de psychobilly ou rockabilly?
Sim, claro! Conhecemos Os Catalépticos, As Diabatz e o Sick Sick Sinners.
Vocês gostariam de ver alguma coisa no Brasil se tiverem tempo livre?
Sim, nós gostaríamos de pisar no mar, conhecer uma praia se tivermos tempo.
Como será o set do The Magnetix no Psycho Carnival?
Acho que tocaremos quase todas as músicas dos nossos discos e mais alguma coisa... o set deve durar em torno de uma hora de duração.
Quais os planos para o The Magnetix?
O tempo está corrido e estamos trabalhando num disco novo. E, claro, iremos para mais uma tour na Europa esse ano, como sempre.



* Confira o Facebook do The Magnetix.
* Confira site do The Magnetix.
* Veja vídeo do The Magnetix tocando “Cold sweat” ao vivo com Jeroen Hammers no vocal.
* Fotos: Divulgação

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quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Bad Luck Gamblers volta ao Psycho Carnival depois de três anos

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São Paulo estará muito bem representado no Psycho Carnival 2015. Os paulistanos do Bad Luck Gamblers voltam ao festival, depois de terem tocado em 2008 e 2012, dessa vez com nova formação. O trio promete tocar músicas novas que estarão no EP que será lançado em vinil até o final do ano.
A banda foi formada em 2004, em São Paulo, e tem sonoridade misturando psychobilly, rockabilly e country. As músicas são sobre hot rods, pin ups, jogatina, muita diversão, entre outros aspectos da cultura billy.
O Projeto Zombilly bateu um papo com o guitarrista e vocalista Joe Marshall (foto) que falou sobre a participação da Bad Luck Galblers no Psycho Carnival 2015, do novo disco, de mais uma tour na Europa, de seu outro projeto, a Joe and the Wet Rags (que lançou um disco bem bacana no ano passado), entre outros temas. A Bad Luck Galblers tocará no Psycho Carnival no dia 16 de fevereiro, segunda-feira, no Espaço Cult.
ENTREVISTA
ZOMBILLY - Qual será a formação da banda no festival?
JOE MARSHALL -
A Bad Luck Gamblers hoje conta comigo (Joe Marshall, guitarra e vocal), Maniac Biffs (baixo acústico, backing vocal) e Renan Pigmew (bateria).
Como será o set do show no Psycho Carnival?
Tocaremos sons do nosso primeiro disco, “Don´t bet on us”, sons novos também que sairão no próximo disco e alguns covers que gostamos.
Tem alguma banda que você esteja afim de ver show no festival?
Estou muito afim de ver o Goddamn Gollows, Barnyard Ballers e Magnetix que não conheço mas estou ouvindo falar muito bem!!
Como é tocar num festival que reúne bandas e público de vários países?
É sensacional... inclusive estava comentando com amigos esses dias.. O Psycho Carnival é foda! A divulgação é monstra aqui e lá fora também... é um reencontro de amigos de todo o Brasil. É um festival excelente pra mostrar nosso trabalho e admirar também outras bandas.
Como está o Bad Luck Gamblers agora e planos da banda?
Na verdade estamos fazendo um disco novo, um EP na verdade com seis musicas.  Pretendemos lançar em vinil ainda esse ano. Como trocamos de baterista, tivemos que ensaiar e tal... mas, após esse disco, queremos também fazer um vídeo e partir pra uma tour na Europa, provavelmente em 2016.
Você tem outros projetos, está sempre produzindo bandas e discos... a cena rockabilly no Brasil tem altos e baixos. Hoje tem poucas bandas. Como você avalia o gênero e suas bandas no país?
Além do Bad Luck Gamblers tenho outra banda chamada Joe and the Wet Rags que tem influencia de rock anos 50, rockabilly e country, numa pegada mais raiz... a cena rockabilly, apesar de não ter muitas bandas, aumentou bastante do que era há dez anos, na época que eu estava no Crazy Legs. Já produzi algumas bandas e estou gravando mais. O que posso dizer é que essas bandas estão gravando músicas próprias, o que acho muito muito foda, e varia de banda pra banda como: cantar em português ou em inglês, uma mais pro estilo Teddy Boy outra não, uma com uma sonoridade mais "blues". Ou seja, cada uma fazendo seu som, independente de ser o "autêntico" rockabilly. Acho que estamos no caminho certo para mostrarmos lá fora nosso trabalho. Existem bandas ótimas aqui se destacando e surgirão outras com certeza!!
* Confira o Facebook do Bad Luck Gamblers.
* Veja o video de “Devil´s lucky dice”, do Bad Luck Gamblers.
Fotos: Andye Iore
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quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Folclórico St Pauli marca gol relâmpago histórico


O St. Pauli é um timeco da Alemanha que tem a simpatia de muita gente no mundo por ter ligações com o rock´n´roll e minorias. Mas em campo é um fiasco tradicional. O time está em penúltimo lugar na Segundona do Campeonato Alemão, com apenas 19 pontos em 16 jogos, entre 18 equipes.

Além de sua fanática torcida, o time ganhou outro destaque. O de um dos gols mais rápidos da história do futebol (video acima): aos 5 segundos de jogo!
Foi num amistoso ontem (20) com o time suíço FC Winterthur. O meiocampista alemão Julian Koch roubou a bola no início do jogo, viu o goleiro adiantado e chutou marcando do meio campo, quando não havia nem uma gota de suor em campo ainda, sendo apenas o quinto toque na bola. O jogo terminou 2 a 0 para o St. Pauli. 

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

CPV volta em projeto acústico Dedo na Quina


Para quem sente falta da banda maringaense bacana Copacabana Pé Vermelho tem um bom programa no próximo domingo (18). A atração cultural da feira do Clube do Vinil, que faz sua quarta edição no Mercadão de Maringá, será a banda Dedo na Quina. É a estreia de um projeto reunindo músicos da finada Copacabana Pé Vermelho.A nova banda se apresentará como um trio num set acústico tendo Coy Morais (violão), Éder Rosa (violão) e Celsinho (cajon). Um outro ex-CPV, Fábio Pereira, chegou a ensaiar, mas não poderá tocar. O set terá músicas do CPV e influencias como Velvet Underground e Neil Young.

A feira do Clube do Vinil de Maringá será das 9h às 14h. O Dedo na Quina deve começar a tocar por volta das 10h. A entrada é gratuita. O Mercadão fica na avenida Prudente de Morais, 601, em frente ao estádio Willie Davids.
* Saiba mais sobre o Clube do Vinil de Maringá

domingo, 11 de janeiro de 2015

The Bambi Molesters apresenta tour com surf music bem sucedida

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As duas bandas mais bem sucedidas da surf music contemporânea mundial são a americana Man or Astroman? e a croata The Bambi Molesters. Curiosamente, as duas tocam no Brasil nos próximos 35 dias. O Projeto Zombilly entrevistou a segunda, que vem ao Brasil pela primeira vez com muita expectativa de fazer o público brasileiro fã de música instrumental se divertir bastante.
The Bambi Molesters foi formada em 1994 em Sisak, na Crácia. A banda tem influencia de garage rock a surf music clássica da década de 1960. Em apenas quatro discos entre 1998 e 2010, a banda saiu de uma restrita cena de surf music croata para conquistar fãs em todo o mundo com uma sonoridade melódica e shows bem agitados. O que acabou rendendo sempre boas resenhas na imprensa musical mainstream. Um grande impulso na carreira foi abrir shows da tour do REM em 1999. Outra abertura de destaque na história da banda foi para The Cramps, uma de suas influencias e cujo vocalista Luz Interior era fã declarado dos croatas.
The Bambi Molesters foi aumentando seu público com tantas boas referencias e chegando a situações não muito comuns a bandas de rock undeground. Como ter músicas nas trilhas da novela brasileira “Bang Bang” e na serie televisiva “Breaking Bad”. Além de ter participado de um tributo ao mestre Link Wray.
O Projeto Zombilly bateu um papo com o guitarrista Dinko Tomljanovic (foto abaixo), que falou sobre a expectativa de tocar no Brasil pela primeira vez, comentou como está a surf music em alguns locais, anunciou que a banda deve ter inspiração brasileira no disco novo e, lamentavelmente, que a banda vem desfalcada para a tour no Brasil.
A tour brasileira terá nove shows entre 14 e 24 de janeiro. A banda avisa que terá para vender nos shows os discos que estão em catálogo, como como “As the Dark Wave Swells”, “Sonic Bullets”, “Intensity” e “Dumb Loud Hollow Twang Deluxe”, nas versões CD e vinil, e também o DVD "A night in Zagreb". O Projeto Zombilly fará a cobertura do show em Londrina (PR), no dia 17 de janeiro, que também terá as bandas The Mullet Monster Mafia, Búfalos d´Água e Maníaticos do Reverb.
ENTREVISTA
ZOMBILLY - Vocês tocam em festivais em diferentes. Como está a surf music hoje, quais países tem bons bares, bandas e público para esse gênero?
DINKO TOMLJANOVIC
- Temos tocado principalmente em torno da Europa e nas cidades maiores ainda há muitas bandas boas, clubes e público para este tipo de música se manter viva. Especialmente na Alemanha, Itália, Espanha e Inglaterra. Isso continua a tradição dos anos 60 quando a cena de música instrumental e garage era realmente forte.
Como é a cena para a surf music na Croácia?
Antes de começarmos a nossa banda esse tipo de música era praticamente esquecida. Até poucos anos atrás, éramos a única banda a fazer este tipo de som. Agora há algumas bandas também tocando. E pode ser, em parte, por nossa causa. É claro que, durante o começo da década de 1960 a cena instrumental, embora não exatamente surf, era forte na Croácia. Principalmente por causa da enorme influência do The Shadows. Havia bandas como Bijele Strijele, Atomi criando então uma nova explosão de guitarras na juventude. Mas essa cena terminou em meados dos anos sessenta. Nós começamos em 1994, ouvindo a velha surf music americana e tentando fazer a nossa própria versão da mesma.
Quais são as suas expectativas para tocar no Brasil?
Sempre que tocamos, tentamos levar emoção e bons momentos para o nosso público. Por isso, esperamos fazer o mesmo no Brasil. Fazemos muitos shows grandes na frente do público totalmente novo e desconhecido. E, na maioria das vezes, conquistamos o público no final do show. E sempre somos chamados de volta para tocar um pouco mais. Então, esperamos ter muita diversão no Brasil, mesmo que essa seja a primeira vez.
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O Bambi Molesters vai fazer uma turnê no Brasil. O que é muito difícil de fazer com bandas do seu estilo... mesmo as bandas brasileiras tem dificuldade de fazer tours aqui ... vocês não se importam em tocar em lugares pequenos?
Não importa quão grande ou pequeno o público ou o clube é. Vamos tentar fazer o nosso melhor para divertir. Começamos tocando em pequenos clubes. Por isso, estamos acostumados a isso. Embora, nos últimos anos, nós tocamos em lugares maiores. Na maioria destes pequenos clubes o público é muito receptivo, o ambiente é ótimo para tocar e alguns dos nossos maiores shows aconteceram em tais situações.
Qual será a formação na turnê brasileira?
Infelizmente, nossa amada baixista Lada quebrou a mão há alguns dias. Portanto, nosso amigo multitalentoso Luka Bencic, da excelente banda croata My Buddy Moose, vai tocar conosco nessa tour. Ele já tocou baixo com a gente antes. Ele sabe o que faz e temos certeza que ele se sairá bem. O resto de nós é: Dalibor na guitarra, Dinko na guitarra e Hrvoje na bateria.
Como será o set do Bambi Molesters na turnê brasileira?
Vamos tocar o nosso set list habitual com nossas maiores canções e alguns covers cuidadosamente escolhidos. O que agradou o nosso público e a nós também ao longo dos anos. Esperamos que público brasileiro goste.
O Brasil tem muitas bandas de surf music ... você sabe algo sobre as bandas brasileiras?
Como estamos indo pela primeira vez, realmente não conhecemos bandas brasileiras de surf. Mas, a julgar pelo grande história de todos os tipos de música brasileira, não haverá surpresa se nós encontrarmos grandes bandas de surf no Brasil.
Todas as bandas brasileiras de surf music vivem no underground e não tem espaço na mídia, não vendem muitos discos ... isso é uma coisa comum para esse gênero?
Como em qualquer lugar, neste momento, em comparação com outros gêneros, surf music é relativamente menor. Mas, nós provamos que, se dedicando muito, ainda podemos viver disso. É apenas um gênero musical como qualquer outro tipo de música. Mas, é claro que é preciso boas composições, inspiração e persistência em sua própria banda para realmente sobreviver. Começamos a nossa banda por amor pela música. Provavelmente todas as outras bandas fazem o mesmo. Sem o amor pela música, não haveria nada. Todas as outras coisas como cobertura da mídia e vendas, virão para você, se você colocar o seu coração nela.
Você tem algum interesse específico em ver no Brasil, como praias, conhecer pessoas, bandas...
É claro que, além de tocar, estamos muito contentes que nós conheceremos pessoas no Brasil. Queremos ver um pouco da bela paisagem brasileira, pelo que o Brasil é famoso. O que só vi em fotos até agora. Esperamos também experimentar a boa comida e as bebidas brasileiras. E, pelo menos, mergulhar os pés no oceano Atlântico.
Você sabe que em 2004 uma canção do Bambi Molesters foi usada em uma trilha sonora de uma novela, uma serie popular na TV, com muito drama e romance, e que nunca bandas de rock com o som de vocês conseguem esse espaço?
Sim, nós ficamos muito emocionados e agradavelmente surpreendidos quando a nossa música foi escolhida para ser tema em "Bang Bang". A exposição na mídia como esta é um grande apoio, um reconhecimento que nos faz continuar e a certeza de que estamos fazendo a coisa certa.
O que está previsto para o futuro do Bambi Molesters?
Nós pretendemos fazer um novo disco em breve. Se o tempo permitir, provavelmente este ano. Temos a certeza que teremos boas lembranças desta turnê no Brasil e vamos usar isso como inspiração para compor algumas boas novas melodias.
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DISCOGRAFIA DO BAMBI MOLESTERS:
“Dumb Loud Hollow Twang” (1998)
“Intensity!” (1999)
“Sonic Bullets: 13 from the Hip” (2001)
“Dumb Loud Hollow Twang-Deluxe” (2004)
 “As the Dark Wave Swells” (2010).



TOUR BRASILEIRA:
14 de janeiro – no SESC,  em Bauru (SP)
15 de janeiro – no SESC, em Piracicaba (SP)
16 de janeiro – no 92Graus, em Curitiba (PR)
17 de janeiro – no Hush Pub, em Londrina (PR)
19 de janeiro – no SESC Consolação, em São Paulo (SP)
20 de janeiro – programa Metrópolis, TV Cultura
22 de janeiro – no SESC, em Rio Preto (SP)
23 de janeiro – no SESC, em Santos (SP)
24 de janeiro – no Espaço Plínio Marcos, em Ilha Comprida (SP)
Fotos: Peshovski /Divulgação

sábado, 10 de janeiro de 2015

As Diabatz apresentam músicas inéditas no Psycho Carnival

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O Projeto Zombilly inicia a tradicional serie anual de entrevistas sobre o festival Psycho Carnival com a volta de uma brasileira que está morando na Alemanha e está bem ansiosa para tocar no festival curitibano novamente. Batemos um papo com a guitarrista e vocalista da banda As Diabatz, Carol “Baby Rebel” (foto). Ela falou sobre voltar ao Brasil depois de dois anos e como está o contato com as outras meninas da banda preparando o set para o Psycho Carnival. E também comentou sobre seu novo projeto musical na Alemanha.
Antes do Pyscho Carnival 2015, As Diabatz tocarão no badalado festival “Rockabilly Psychosis”, na Bélgica, no dia 7 de fevereiro, dividindo o palco com Demented Are Go, The Monsters, Spellbound, entre outras bandas. “Vamos tentar umas músicas novas, com menos versões dessa vez”, anunciou Baby Rebel. “Mas, temos que ver se vai rolar primeiro no Rockabilly Psychosis pra depois ver se tocamos as músicas no Psycho Carnival”. Além de músicas inéditas, As Diabatz também trabalham numa tour europeia para setembro desse ano.
ACÚSTICO - Carol Rebel está morando em Mönchengladbach, no Noroeste da Alemanha, cidade com aproximadamente 260 mil habitantes e onde ela dá aula de inglês. E é onde ela começou um novo projeto musical junto com o namorado. A The Halfwits tem Carol Baby Rebbel no violão e voz e Paddy Evans no baixo acústico. Eles fazem um som acústico misturando country, rockabilly e psychobilly. A banda tem tocado clássicos desses gêneros (como sons de Hank III, Demented Are Go e Frenzy) e em breve divulgará repertório próprio.
As Diabatz tocarão no Psycho Carnival no dia 14 de fevereiro, sábado, no Espaço Cult.
Foto: Andye Iore

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sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Polêmica com “A entrevista” é uma bobagem

O filme “A entrevista” estreou no final dezembro passado nos cinemas americanos e tem estreia prevista para o Brasil no dia 29 de janeiro. A confusão foi grande em alguns países com muita polêmica sobre a exibição ou não da comédia que é a quinta colaboração dos atores Seth Rogen e James Franco juntos.
Tudo porque o novo filme indica o assassinato do líder da Coréia do Norte, Jong-un Kim. Com isso, o governo nortecoreano se manifestou oficialmente contra o filme alegando ser uma ofensa à nação e o estúdio Sony foi alvo de hackers. Ainda houve ameaças aos cinemas que exibissem o filme. A princípio, a estreia foi cancelada, mas depois o governo americano anunciou apoio aos produtores e “A entrevista” foi lançado.

Ver essa “comédia” é confirmar que toda a polêmica é uma grande bobagem porque o filme é ruim e não merecia esse destaque na mídia. Por outro lado, pode se tornar um grande fracasso financeiro, já que custou US$ 44 milhões e arrecadou somente US$ 1 milhão em seu final de semana de estreia nos EUA e com uma semana em exibição fez pouco mais de US$ 4 milhões. Um fiasco de bilheteria.

ENREDO - A história mostra um afetado apresentador de televisão e um produtor ganancioso que exploram o sensacionalismo e baixarias em entrevistas. Até que eles tem a ideia de entrevistar o ditador Jong-um Kim que, curiosamente, é fã do programa. Antes da viagem, agentes da CIA visitam a dupla e ordenam que eles matem o líder coreano. Eles partem para a Coréia do Norte e se envolvem em muitas confusões. O que rende poucas risadas, se tratando de uma comédia. 

Talvez, esse seja um dos piores filmes do bobo Seth Rogen (que também assinou a direção e produção), cuja carreira carece de um bom filme de sucesso. E que caminha para se tornar um dos piores atores de comédia americanos.
Para piorar, já que não dá para levar Hollywood a serio, Seth Rogen trabalha em outros seis filmes a estrearem até 2016.

SERVIÇO
FILME: “A entrevista”
GÊNERO: comédia
DURAÇÃO: 1H42
DIREÇÃO: Evan Goldberg, Seth Rogen
ELENCO: Seth Rogen, James Franco, Randall Park
ESTRÉIA NO BRASIL: 29 de janeiro

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Marco Butcher lança disco de novos projetos nos EUA

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O músico Marco Butcher está morando nos Estados Unidos onde começou novos projetos roqueiros. Ele já gravou discos e finaliza outros projetos que serão lançados em breve. O que deve sair primeiro é o disco novo do Jesus & The Groupies, que ele tem com Luís Tissot. O novo álbum conta com a participação de Walter Daniels, experiente gaitista americano que tem grande atuação no cenário undeground do punk, blues e garage desde a década de 1980. O disco do Jesus & The Groupies recebeu o título de “Weapons Nature Provided” e será lançado em abril de 2015.

Marco Butcher mora em Winston Salem, na Carolina do Norte. E um dos projetos que mais tem animado o músico é outro duo.  É o Luna Death Trails (foto), com a artista experimental Friquita Francis, de New Orleans, cuja voz é uma mistura de PJ Harvey com Lydia Lunch. “É uma espécie de cabaret sound track pra um filme imaginário, meio spooky”, comenta Butcher sobre a sonoridade do projeto. “Tem um pouco de blues, mas traz outras referências também”. A banda tem uma sonoridade crua, com guitarras, violão slide e vocais somente.
O trabalho nos Estados Unidos está fluindo tanto que ele e a nova parceira musical também criaram um selo para lançar vinis. O primeiro lançamento da Mongrel Man Records será o “Weapons Nature Provided”, do Jesus & The Groupies.
Como se tudo isso já não fosse bacana o suficiente, ainda tem mais. Um outro projeto que toma forma é o Boston Molasses Disaster. É outro duo de delta blues com Allegra Phillips no vocal e gaita e Marco Butcher tocando como onemanband e cantando. Eles já gravaram quatro músicas, mas ainda não há previsão de lançamento.
Foto: Hampton Van Meter
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