domingo, 23 de novembro de 2008

Como foi a Zombilly

A mistura entre psychobilly e motor feita na oitava edição da Zombilly Party deu resultado. Foi uma das melhores edições da festa em Maringá, reunindo público do rock e de quem gosta de carros e motos envenenados com as atrações Brazilian Cajuns Southern Rebels, Ted Gugu & Os Espanta Neném e o rat rod Jabiraka. E ainda novidades na barraquinha da Zombilly com lançamentos de CD´s, novas camisetas e novas fotos na exposição.
Tudo começou por volta das 21h30 rolando o melhor do psychobilly, rockabilly e hillbilly no CD. Depois teve vídeos no telão com o documentário “Psycho Carnival 2007”, de Cleiner Miceno, e ainda The Brown Vampire Catz, Chernobillies e CWBillies em apresentações no Psycho Fest 2008.

Às 22h30 rolou o filme “Hell Ride”, produzido por Quentin Tarantino, sobre uma disputa entre gangues de motociclistas. Trashmovie sobre rodas com diálogos nonsense, violência, garotas semi-nuas, e muitas motos envenenadas.
A banda maringaense Ted Gugu & Os Espanta Neném subiu ao palco da Base Bar por volta das 0h10 e tocou até 0h40 um set list próprio com 15 músicas, sendo dois hits em potencial “July” e “Menina de Família” que tem refrões pegajosos e já são cantadas pelos fãs, com vários deles usando camisetas da banda. Além de duas covers da maior influência: Ramones.
Às 1h10 a atração misteriosa. A Jabiraka estava coberta com uma lona logo na entrada do bar. Edson Amaral foi lá, descobriu o carro-monstro, entrou e acelerou “a coisa”. Logo os curiosos se aglomeraram, tiraram fotos, aplaudiram e gritaram a cada acelerada. Foi a primeira aparição pública do rat rod pronto após dois anos de trabalho e mais de R$ 10 mil gastos.

A atração principal começou a tocar às 1h40 e foi até às 2h50. A Brazilian Cajuns Southern Rebels surpreendeu o público com seu countrybilly com um set animado de 24 músicas que levam o público a dançar. A curiosidade é que cada um segue o embalo da banda como bem entender: vai do pogo ao dançar junto como num salloom.
Alternando as composições próprias com clássicos do rock e do country, o sexteto já mostra uma boa evolução com o terceiro show feito com a nova formação. Seguiram “Brazilian Cajun”, “Raw Wild Babe”, “Blue Jeans Girl”, “Felicidade”, “Balada de um Pistoleiro”, “Depois Daquele Tiro”, “Um Cavalo Chamado Cavalo”, entre outras que contam histórias do Velho Oeste ilustrada pela banda vestida a caráter.

A BCSR vem se destacando no cenário billy londrinense por buscar um público fora do eixo de bares onde acontecem os shows do gênero. Assim, eles têm sido atrações de festas universitárias e conquistado um público que, até então, não sabia o que era rockabilly, hillbilly e psychobilly, aumentando este público na cidade. Outro destaque que a banda merece é por incluir no set list outras músicas fora das tradicionais de Hank Williams e Johnny Cash, comuns entre as bandas do gênero. Assim, eles apresentam versões de coisas bem diferentes como para o hino gospel de domínio popular “When the Saints Go Marchin´ In” e para “Some Kinda Hate”, do Misfits.
E assim conquistaram mais fãs em Maringá que, ao final do show obrigaram a banda a mandar mais uma mesmo com eles já desligando o equipamento, atendo a pedidos de mais Stray Cats. Fechou a noite em alto estilo e depois ficaram até quase 5h da manhã batendo papo no bar antes de pegar estrada de volta a Londrina.

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