quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Zombilly encerra o ano com festa punk


Será realizado no próximo domingo (18) o último evento do ano do Projeto Zombilly. A Festa Punk no Crowbar terá as bandas Droogies (foto abaixo, de Londrina), Fossa Punk (de Maringá) e A Família Monstro (de Maringá). As três de punk rock, em vertentes diferentes. O bar fica na avenida São Paulo, 330, abre às 16h, com entrada gratuita. Antes de ir pro bar, vale dar uma passada na XIX Feira do Clube do Vinil de Maringá, no Shopping Cidade Maringá. O evento acontece no sábado (entre 10h e 20h) e no domingo (entre 14h e 18h), também com entrada gratuita.

BANDAS – A Droogies foi formada em 2002 em Londrina, numa mistura de punk, hard core e hard rock. As letras falam sobre situações urbanas de Londrina, como ruas sujas, violência e sexualidade. A banda tem dois EPs lançados e está compondo material novo para gravar um disco. Eles já tocaram com importantes bandas como CJ Ramone (USA), Coffin Lids (USA), Cólera, Ratos de Porão e Lobotomia.
- A Fossa Punk foi formada em 2015 com amigos de Maringá e Sarandi. O trio tem influência de street punk e segmentos diferentes do punk rock, de Cock Sparrer a Ratos de Porão e se prepara para gravar um disco.
- A Família Monstro foi formada em 2015, com influências de horror punk como MIsfits, Zumbis do Espaço e Blitzkids. A banda já tem um single e prepara o lançamento do primeiro disco.

Agradecemos o apoio e colaboração do Crowbar, Hurricane Skates, Fábio Alencar, Benê Tattoo, Clube do Vinil de Maringá e aos veículos que divulgam os eventos e quem ajuda de alguma forma.
- Confira o site do Droogies .
- Confira a página d´A Família Monstro .
- Confira a página da Fossa Punk .




Foto: Divulgação

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Zombilly faz exposição sobre bandas de Londrina



Será realizada no próximo final de semana (10 e 11) uma exposição fotográfica sobre bandas de Londrina. O evento acontece no SESC Cadeião Cultural, em Londrina, dentro da programação cultural de aniversário de dois anos da unidade e de 82 anos da cidade.
O jornalista Andye Iore selecionou 13 fotos de bandas da cidade de épocas e estilos diferentes. Estão na exposição Billys Bastardos, Wood Surfers, Crazy Horses, Killing Chainsaw/Rodrigo Guedes, Londrina Ska Club, Mary Lee, Maníaticos do Reverb, The Brown Vampire Catz, Fat Black Pack, B-Benders, Outlaw Habits, Malcriados e do produtor cultural Bufunfa que já tocou em diversas bandas.
Vale ressaltar que a foto do Crazy Horses feita no festival curitibano Psycho Carnival, foi usada em reportagem de jornal em Londrina. E a do Killing Chainsaw que apesar de ser formada em Piracicaba, o guitarrista Rodrigo Guedes mora em Londrina, e voltou a tocar com a banda esse ano. A foto foi feita no bar londrinense Gran Mausoleo e usada em documentário sobre o rock brasileiro.
HISTÓRIA – Andye Iore começou a fotografar com uma câmera de plástico da Kodak no final da década de 1980. Foi se intrometendo na frente do palco e fazendo fotos para seu fanzine The Wild Side e depois para o site do Projeto Zombilly. Aos poucos foi trocando de equipamento até chegar numa Canon EOS 60D.  Mas ainda usa a analógica russa Zenit e várias lomos.
As fotografias de Andye Iore já participaram de exposições em Maringá, Londrina, Curitiba, Paraíso do Norte, São Paulo, Campinas e Salvador (BA). O acervo de Andye Iore tem muito mais, com outras bandas, que ficam para uma próxima exposição. O evento do SESC nesse final de semana conta ainda com feira de discos de vinil e shows gratuitos. Confira o evento no Facebook .
 

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Noivos fazem casamento roqueiro em Maringá


Fazer pedidos de casamento inusitados é bem comum por aí. Mas são poucos os que se arriscam na cerimônia de casamento. Não foi o que aconteceu em Maringá no último sábado (3). Os noivos Fábio Billy, 31 anos, e Valéria Silva, 30 anos, se casaram numa cerimônia e festa rock´n´roll, na Estância Encanto, na BR-376.
Fábio & Valéria estão juntos há três anos e frequentam os bares roqueiros da cidade. "Juntamos o dinheiro por um ano pensando nesse casamento e na festa", lembra Fábio Billy, que se casou de tênis, calça preta, camisa, gravata borboleta e suspensório. "Conseguimos quebrar as regras dos casamentos tradicionais e deu tudo certo, sem frescura".
Ele escolheu os padrinhos e ela as madrinhas entre seus respectivos grupos de amizade. O figurino combinado era roupa preta com detalhes em vermelho. Noivos, padrinhos, madrinhas e a maioria dos convidados frequentadores dos shows de rock em Maringá e região. Até parecia que o traje social é que ia contra as convenções da sociedade. Tinha topetes, moicano, cabelos coloridos, bigodes estilizados, longas barbas, coturnos, camisetas de bandas, cintos com tachas, bottons e muita (mas muita mesmo) tatuagem à mostra.
E a trilha sonora ajudou no clima descontraído. O noivo entrou ao som de Johnny Cash e a noiva ao som de Metallica. E a festa teve Ramones, Rancid, The Clash, Elvis Presley, Neil Young, entre outros. E acabou na madrugada descambando no funk pop com todos se divertindo. E, claro, como em todo casamento, o momento do "sim" dos noivos foi bem emotivo, levando muitos dos aproximadamente 300 convidados às lágrimas.




Fotos: Andye Iore

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

A arte na tragédia



Jornais de diferentes estados brasileiros publicaram hoje edições especiais sobre a tragédia da queda do avião com jogadores da Chapecoense. Como é comum em situações como essa, os jornais usaram a criatividade e exploraram os elementos gráficos e a semiótica na diagramação da capa (imagens acima). As capas especiais foram em jornais esportivos e nos de factual também.
Vale ressaltar que as homenagens aconteceram até em outros segmentos diferentes do futebol. Como na rodada de ontem da NBA nos Estados Unidos.

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Mundo Livre dá exemplo na produção de eventos


Foi realizada no último sábado (19) a quarta edição do Mundo em Movimento, em Maringá. O evento cultural feito pela radio Mundo Livre FM 102,5 aconteceu na Unifamma com uma ampla programação. Teve show com as bandas Terra Celta, Ritmostato e Kicking Bullets. Mais feira de discos do Clube do Vinil de Maringá, adoção de animais, bazar cultural com roupas, decoração, acessórios, jogos de tabuleiro, entre outros. Artistas desenhando no local, fazendo painel com fita adesiva. E também atividades esportivas e praça de alimentação com food trucks e cerveja artesanal.

Mais uma vez a Mundo Livre faz evento gratuito e valorizando os artistas locais. Vale a reflexão enquanto há rádios fazendo eventos com cobrança de ingresso – caro – com o lixo cultural como sertanejos inexpressivos dentro do próprio gênero. E outras anunciando como “o maior festival sertanejo”... todo mês tem um maior festival sertanejo em alguma cidade do Brasil.
Ou seja, qualquer dupla ou cantor que se colocar no lineup, o resultado é  o mesmo porque o público vai esquecer o que aconteceu logo em seguida. O pior é que quando essas rádios tentam fazer um evento com teor cultural, acabam no fiasco justamente porque só tem o perfil comercial e na produção pessoas que não participam ou acompanham o cenário cultural da cidade.

A Mundo Livre além do lado comercial que toda rádio tem, pois precisa de publicidade para se manter, também oferece para a comunidade eventos culturais gratuitos, faz ações sociais e campanhas contra preconceitos. O resultado é uma identificação com o público e comunidade que participa dos eventos da rádio, independente das atrações ou dos apelos comerciais. 


Fotos: Andye Iore

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Shows do Zombilly voltam em grande estilo


O Projeto Zombilly realizou o primeiro evento com shows de 2016 na última terça-feira (15). O evento no Crowbar, em Maringá, reuniu as bandas Wood Surfers (de Londrina), Fossa Punk (de Maringá) e Turbulence (de Maringá). E teve ainda bazar cultural, hambúrguer artesanal e promoção de chopp.
Um grande fluxo de pessoas passou pelo bar durante a tarde e noite garantindo a animação da festa. E vale ressaltar o interesse do público nas bandas undeground. Sem banda cover, sem banda com som comercial para “chamar” público como é comum em outros bares da cidade. Tivemos rock barulhento, tosqueira e honesto.
O Zombilly deu uma pausa nos shows esse ano para se dedicar mais à feira do Clube do Vinil de Maringá. Foi o ano com menos shows desde quando o projeto cultural foi criado em 2007. Mas os pedidos do público para a volta dos shows foi grande. Até que a parceria com o Crowbar foi ampliada, além da realização do bazar cultural com a fera de discos, que vai para a sua quinta edição.

VOCÊ MESMO - Vale ressaltar o caráter colaborativo dos shows, no melhor estilo “do it yourself”. Bandas e amigos ajudaram na realização do evento, com divulgação e equipamentos. Tudo ficou melhor ainda com a entrada gratuita, sem cobrança de couvert ou consumação. Mesmo assim, o bar teve um grande movimento com venda de seus produtos e a promoção de chopp.
Agradecemos a quem foi, os expositores, o apoio da Hurricane, Benê Tattoo, escola de música Fábio Alencar, Alvim´s Burg e Clube do Vinil de Maringá. E, claro, à equipe do Crowbar que sempre nos recebeu muito bem.
Em breve tem mais!


Fotos e vídeo: Andye Iore

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Morre Leonard Cohen



Morreu hoje (10) o poeta e músico canadense Leonard Cohen. Ele estava com 82 anos e a causa da morte não foi divulgada. Curiosamente, ele lançou um disco no final de outubro. Assim como David Bowie, morreu logo após lançar um álbum.
Cohen nasceu a 21 de setembro de 1934, em Westmount, Canadá, e é um dos mais influentes músicos da história, tendo fãs em diferentes gêneros musicais. Artistas e bandas como Sisters of Mercy, Neil Young, Nick Cave, Echo & The Bunnymen, Nirvana, Pixeis, Jesus & Mary Chain, entre outros, tiveram influência de Leonard Cohen.

Ele gravou o primeiro disco em 1967, começando com canções folk e no decorrer dos anos foi focando mais sofisticado, fazendo uma mistura de rock, pop, jazz e uma sonoridade melancólica. Cohen lançou 14 discos de estúdio, mais de 30 coletâneas e recebeu diversos prêmios, seja pela música ou pela literatura.
Várias músicas foram temas de filmes, assim como ele foi tema de documentários.  Destacando as músicas "Hallelujah", “First We Take Manhattan”, “Who by fire”, “Suzanne”, "I'm Your Man", “So Long, Marianne”, “Tower of song”, entre tantas outras. Em 2002 o filme “Looking for Leonard” fez uma bela homenagem ao artista. Sem usar músicas dele por questões de direitos autorais, o filme coloca uma personagem andando por Montreal recitando trechos das obras de Cohen. O filme chegou a ser exibido no circuito alternativo no Brasil.

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Feriado tem surf music e punk no Zombilly em Maringá


De tanto nossos amigos pedirem, os shows no Projeto Zombilly estão de volta. O palco será o Crowbar (avenida São Paulo, 330, no centro de Maringá). As bandas serão Wood Surfers (surf music, de Londrina), Fossa Punk (street punk, de Maringá) e Turbulence (punk metal, de Maringá).
A festa será no dia 15 de novembro de 2016, feriado da Proclamação da República, com entrada gratuita. O bar abre às 16h, a primeira banda toca às 18h30. Haverá feira cultural com discos de vinil, camisetas, artesanato e decoração. Pra ficar mais bacana ainda o Crowbar fará promoção de chopp no dia.
BANDAS
- Wood Surfers - formada em 2013 reunindo músicos experientes (foto abaixo) da cena londrinense. O baterista Billy Monster (ex-Kozmic Gorillas e B-Benders), a baixista Isis Carolina (ex-Freak Phantom) e o guitarrista Marcão Pelisson (d´Os Vitais). As influências vão dos clássicos Dick Dale, The Ventures e Link Wray até os contemporâneos Los Straijackts, Surf Coasters. A banda tem repertório com músicas próprias que serão gravadas em breve no primeiro disco e versões de clássicos da surf music.
- Fossa Punk – banda de street punk com amigos de Maringá e Sarandi. O trio tem influência de segmentos diferentes do punk rock, de Cock Sparrer a Ratos de Porão e se prepara para gravar um disco.  Conheça aqui. 
- Turbulence - formada por Maka (bateria), Leonardo Antunes (baixo) e Thiago Barth (baixo). O trio é uma das bandas mais novas da cidade e tem influências de Discharge, Anti Cimex, Venon e Motorhead.
APOIO: Escola de Música Fabio Alencar, Benê Tattoo, Hurricane Skates, Clube do Vinil de Maringá.

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Fossa Punk renova a tradição do underground em Maringá


Maringá tem tradição em ter boas bandas de punk rock, com pessoas que levam o lema “do it yourself” ao pé da letra. A mais nova no segmento já começa a chamar a atenção com os shows que tem feito.
A Fossa Punk foi formada no final do ano passado, reunindo amigos de Maringá e Sarandi. Eles ensaiaram bastante e tem agora um repertório com 12 músicas próprias mais algumas versões de clássicos punks. Eles se preparam para entrar em estúdio e gravar no começo de 2017.
O trio tem músicos com experiência no underground de Maringá. Digo Cabrel já passou pelo Punkreas e Desgraceria, Daniel Dandan pelo Punkderm e Desgraceria e Tito tocou na Duffins.
O som tem influência de bandas punks de segmentos diferentes, indo de Cock Sparrer até Ratos de Porão. As letras em português abordam o descaso da sociedade em relação à periferia e as consequencias disso. Como uma referência a Maringá, onde os políticos se gabam de divulgar que não há favela, mas é uma cidade com muitas diferenças e injustiças sociais.
FOSSA PUNK
Tito - Guitarra e vocal
Digo Cabrel - Baixo e vocal
Daniel Dandan - Bateria

CONTATO
Email: digocabrel@gmail.com 
Fone: (44) 99441080
Facebook: @fossapunk






Texto, fotos e vídeo: Andye Iore

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

“Glitch” deixa de lado clichês da mitologia zumbi


O sucesso de “The walking dead” criou uma onda de filmes e series sobre zumbis. O que era antes um cult restrito ao público alternativo, virou mania em todo o mundo. E, claro, surgiram muitas obras ruins, explorando clichês e modificando a mitologia zumbi.
Até que o Netflix lançou na semana passada a serie “Glitch”. São seis episódios que foram exibidos na televisão da Australia em 2015. O canal da internet já garantiu a produção da segunda temporada que será exibida no próximo ano.
A história mostra que seis mortos saem das sepulturas no cemitério da pequena cidade de Yoorana, no interior da Australia. Aos poucos se descobre que eles têm alguma ligação, seja com crimes, seja na maneira como morreram. Mesmo que tenha sido em décadas diferentes. A base da narrativa é a tentativa do xerife e da médica da cidade em esconder da população e autoridades os seis ex-mortos. Tudo piora, quando algum habitante da cidade morre e volta aparentemente maligno, indo atrás dos zumbis, que tentam interagir com a população local tentando resolver pendências do passado.

Em “Glitch” não há ataques de zumbis com cenas gore desnecessárias. E nem a população apavorada por uma suposta epidemia. E sim seis ex-mortos confusos que saem aparentemente saudáveis de suas tumbas e tentam se lembrar do passado e o que aconteceu no fenômeno que fez eles voltarem a viver. Para piorar, existe um perímetro onde eles podem circular. Ao tentarem sair da cidade, eles começam a passar mal e podem se desintegrar. Como acontece com um deles logo no primeiro episódio.
E cada um desses seis “zumbis” tem características diferentes, o que garante reviravoltas na trama. E também dá o ritmo lento da narrativa explorando o background de cada um. Há sequencias com eles tentando se vingar de rivais do passado, outros resolvem pendências com familiares e até os que tentam rever seus pares amorosos. A serie também aborda o preconceito racial - no caso com os aborígenes – e o fanatismo religioso.
A primeira temporada de “Glitch” tem seis episódios que já estão disponíveis no Netflix. A serie não é grande coisa. Mas ao menos mostra um aspecto diferente da mitologia zumbi... e não tem zumbis correndo como o Usain Bolt.
Veja o trailer de “Glitch” .

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Kozmic Gorillas apresenta música nova


A banda curitibana de surf music Kozmic Gorillas está com novo repertório. O trio ensaia o set list com novas músicas após a entrada do baterista André Santos (do Repudiyo) substituindo Matheus Moro em julho. Uma das novidades é “Red wave” (vídeo) que o Projeto Zombilly filmou num ensaio no último final de  semana em Curitiba. A nova canção mostra que Márcio Tadeu segue como compositor de mão cheia.
O guitarrista Márcio Tadeu reformulou a banda no final do ano passado após passar uma temporada em Londrina e voltar para Curitiba.  No baixo está Raphael Gorny (do Joanetes e Macedonia). O entrosamento do trio está bom com a banda tocando em bares curitibanos com essa formação.
O Kozmic Gorillas foi formado em 1999 e já lançou dois discos: “Conquering the space” (2001) e “Gorilla´s Curse” (2003). Nos ensaios recentes a banda reformulou os arranjos de sons antigos e também já fez novas composições, com expectativa para lançar um disco novo. O Kozmic Gorillas já tocou no Projeto Zombilly e é uma presença constante nos track lists do programa Zombilly no Radio.


Video e foto: Andye Iore

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Bar Caos fecha em São Paulo


Foi divulgado hoje na internet o fechamento do bar Caos, em São Paulo. É mais um bar bacana na rua Augusta que não resiste encerra as atividades. Mas, dessa vez a situação é um pouco diferente, já que no comando do estabelecimento está José Tibiriçá, o Tibira, com ampla experiência em agitos culturais e na noite paulistana. “Teremos novidades em breve”, comentou sem entrar em detalhes sobre mais um projeto que deve chegar em breve.
Eu discotequei (à esquerda na imagem) no Caos numa festa em 12 de abril de 2014, fazendo um set de garage, surf music e rockabilly. E sempre que possível em minhas viagens dava uma passada no bar pra tomar uma cerveja.
O Caos  foi inaugurado em 2011 e era uma loja de antiguidades durante o dia, com uma infinidade de objetos pendurados nas paredes e no teto, e à noite funcionava como bar. Teve tanta repercussão e atraiu tanta a atenção que virou uma serie televisiva no History Channel. O programa mostrava as negociações com colecionadores e vendedores de veículos, peças de decoração, action figures, entre outros. Além de abordar as cultura relacionadas ao bar, como pin ups, kustom, rock, entre outros.
Fotos: Projeto Zombilly

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

"London town" mostra o The Clash centrado em Joe Strummer


Estreia na próxima semana em circuito mundial o filme “London town”, sobre a banda The Clash. A história fala sobre o grupo punk através de uma técnica de cinema onde uma outra história paralela aborda outro tema. No caso, um menino é apresentado  uma banda punk e isso muda a vida do garoto, que é vítima de bullying na escola. O filme tem músicas do The Clash, Stiff Little Fingers, Toots & The Maytals, Ramones e Buzzcocks na trilha sonora e tem atores interpretando personagens da cena punk londrina no final da década de 1970. Assim como tem várias cenas em shows, bares, festivais e loja de discos.
Entre os atores, o irlandês Jonathan Rhys Meyers como o guitarrista e vocalista Joe Strummer. Essa é a terceira personagem roqueira que o ator interpreta. Antes já havia feito foi Elvis Presley numa série televisiva em 2005. E um dos principais papeis de sua carreira, Brian Slade no filme “Velvet Goldmine” (de 1998), onde sua personagem era uma mistura de Iggy Pop, David Bowie, Marc Bolan e Lou Reed, em referencia ao glam rock na década de 1970.
Como alguns dos ícones mostrados no enredo não deram autorização para que suas imagens e músicas fossem usadas em “Velvet Goldmine”, o diretor Todd Haynes (de “Não Estou Lá”, de 2007) acabou criando um híbrido roqueiro afetado. O que acabou sendo um dos melhores filmes sobre rock já feitos no cinema.
Meyers é daqueles atores que andam entre o maisntream e o meio alternativo, podendo escolher filmes sem apelo comercial, sem que isso prejudique sua carreira. Ele já trabalhou em 50 obras entre filmes e series de TV, entre elas “Match Point” (de Woody Allen, 2005), “Stonewall” (de Roland Emmerich, 2015), as series “Vikinks”, “The Tudors” e “Drakula”, entre outros. O talento do ator não é só na atuação, mas também na música. Ele canta as músicas do The Clash em várias cenas, assim como foi em “Velvet Goldmine”.
O filme “London town” tem 1h32, é dirigido pelo alemão Derrick Borte (de “Amor por Contrato”, de 2009), e ainda não tem estreia prevista no Brasil. Vale ressaltar que esse tipo de filme tem muitos fãs, mas não costuma fazer sucesso comercial. Assim foi com outras duas obras parecidas abordando outros ícones punks: “Sid and Nancy” (de 1986), sobre Sid Vicious e os Sex Pistols, e “CBGB” (de 2013) abordando a cena punk de Nova York, mostrando Debbie Harry e o Blondie, entre outros. Veja o trailer de "London town".

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Barbearia une a comodidade moderna com o retrô


Já está atendendo em Maringá (a aproximadamente 70km de Cianorte) a The Factory Barbearia. A nova opção para os homens da região que querem dar um trato no visual – barba e cabelo – alia a cultura retrô a comodidade contemporânea, destacando o bom atendimento e satisfação do cliente.

A Factory trabalha com atendimento pré-agendado pelo telefone ou Facebook, num sistema relacionado com a pressa da rotina diária das pessoas hoje. “Somos especializados nos cortes clássicos”, explica o proprietário Clériston “Gótico” Teixeira, 41 anos. “Indo do corte social aos cortes modernos. Somos contemporâneos, mas adoramos referenciar nossas origens nas décadas entre 1930 e 1950”.

A iniciativa de abrir uma barbearia veio no complemento de atividades relacionadas à cultura musical como o rockabilly e o kustom das motos e carros antigos. Gótico já tocou baixo acústico (aquele instrumento no formato de violancelo, característico das bandas clássicas de rockabilly), tem uma Harley Davidson HD 883 e faz parte do Overkill MotoClube. “Decidi unir o que eu gosto com o trabalho, já que sempre tive dificuldade de encontrar barbeiros para cortar meu cabelo dentro do estilo que gosto”, justifica.

ESTILO – A barbearia oferece um espaço cultural aos clientes disponibilizando wi-fi, decoração com motivos retrôs, livros sobre música e cinema para quem espera ser atendido, venda de acessórios como pomadas para modelar o cabelo, refrigerante e cerveja artesanal. E, claro, música ambiente com muito rockabilly clássico nas caixas de som.

A Factory Barbearia fica na rua Neo Alves Martins, 595, na Vila Operária, em Maringá, e conta com estacionamento em frente. O telefone é (44) 3269-8524. O horário de atendimento é entre terça-feira e sábado, entre 9h e 19h. Confira a página no Facebook ,

Fotos: Andye Iore

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Casa das Máquinas toca música nova em Maringá


Os roqueiros terão a oportunidade de ver e ouvir no próximo sábado (13) em Maringá uma importante parte da história do rock brasileiro. Isso porque a banda Casa das Máquinas (foto) é headliner na quinta edição do festival Maringá Rock, organizado pelo Esquema Rock Livre. O evento no Armazén Bar começa às 16h e tem ainda sete bandas maringaenses e mais feira de discos do Clube do Vinil de Maringá, food truck, bazar cultural e barbearia.
O Casa das Máquinas foi formado em 1973 e ainda segue tocando seu classic rock entre o progressivo e o hard. A banda deu uma pausa na década de 1980 e há dez anos faz shows regulares pelo país.
O grupo também se preparar para lançar um disco novo no final do ano. Quem for ao show em Maringá terá a oportunidade de conferir uma música desse disco, “Nova casa”, garante o tecladista Mario Testoni, (foto ao lado) 61 anos.

“É bem comum encontrar adolescentes e até crianças em nosso show”, se diverte o músico sobre tocar para pessoas que nem haviam nascido quando ele entrou na banda em 1975. “Isso é muito bom para nós porque não circulamos na mídia, não aparecemos em programas de televisão. E ainda mais comparado com o cenário musical atual que tem coisas muito pobres musical e poeticamente. Um lixo cultural”.
A herança do rock passa de pai para filho e neto entre os fãs do Casa das Máquinas. E isso garante shows lotados e também estimula a banda a compor e gravar um disco. Testoni também cuida pessoalmente de relançar os discos em vinil. Mesmo com a gravadora Som Livre ter relançado em CD e demonstrar interesse em lançar o disco novo. “Está muito caro fazer vinil hoje, mas estou vendo as possibilidades. Talvez lançar uma tiragem menor”, anuncia o tecladista que já fez orçamentos e pensa em fazer pelo menos 500 copias de dois álbuns da discografia.
Testoni vive música desde pequeno. Autodidata, aos quatro anos já começava o aprendizado em casa e em seguida entrou em escola de música. Mesmo quando o Casa das Máquinas parou, ele seguiu tocando com nomes importantes da música brasileira como Rita Lee, Gilberto Gil, Caetano Veloso, entre tantos outros.
LOCAL - O Armazen Bar fica próximo ao Hospital Municipal de Maringá e Contorno Sul. A direção do bar avisa que apesar dos food trucks no evento, mantem seu cardápio com porções e tem cervejas geladas com rótulos da Ambev e da Eisenbahn. O evento abre às 16h.
CASA DAS MÁQUINAS:
Mario Tomaz (Marinho) – Bateria
Mario Testoni – Teclados
João Luiz Voice – Vocais
Marcello Schevano – Guitarra
Fabio César – Baixo
Site do Casa das Máquinas.
DISCOGRAFIA
Casa das Máquinas (1974)
Lar de Maravilhas (1975)
Casa de Rock (1976)
Ao Vivo em Santos (1978)
Pérolas (coletânea, 2000)

FESTIVAL MARINGÁ ROCK 2016
Bandas: Casa das Máquinas, Seres Inteligíveis, Stolen Byrds, Fracasoul, Dog Day, Cafedelic, Laundromaths e Conservantes.
Paralelos: Feira do Clube do Vinil de Maringá,food trucks, bazar cultural, barbearia
Local: Armazén Bar, rua Joaquim Duarte Moleirinho, 4392, em Maringá.
Horário: 16h.
Informações: (44) 9904-3031
Página do evento no Facebook .
Texto: Andye Iore / Fotos: Divulgação

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Agenda e dicas de eventos

blues mga
Maringá recebe nos dois próximos finais de semana festivais bem bacanas. O primeiro será no próximo sábado (6) com bandas de blues e rockabilly no Night Club. E no dia 13, sábado, acontece a quinta edição do Maringá Rock, no Armazem. Não tem do que reclamar!

5 de agosto, sexta - Phantom Powers, no Malvadeza Pub, em Porto Alegre (RS)
6 de agosto, sabado - Rockabilly & Blues Internacional com as bandas Amber Foxx & Bobby Cavener (EUA), Adriano Grinneberg (SP), Vasco Faé (SP) - no Night Club, em Maringá. Informações: (44) 9919-9966.
13 de agosto, sábado, a partir das 16h - festival Maringá Rock, com as bandas Casa das Máquinas, Seres Inteligíveis, Stolen Byrds, Fracasoul e Dog Day. O evento tem ainda feira do Clube do Vinil de Maringá, Food truck e Barbearia. Local: Armazen Bar, rua Joaquim Duarte Moleirinho, 4392, em Maringá.  Fone: (44) 9904-3031.
13 de agosto, sábado - Run Devil Run, no Forasteiros Bar, rua Afranio Peixoto,51, Ribeirao Pires (SP)
20 de agosto, sábado - feira de discos no Kinoarte, em Londrina.
21 de agosto, domingo - Feira de Discos de Campinas & Bazar Clube das Pin Ups, na Estação Cultura, rua dos Expedicionários, em Campinas (SP)
21 de agosto, domingo - Odio Social, rua Riachuelo, 328, São Paulo
25 de agosto, quinta-feira - Richie Ramone + Cherry Bomb, no Valentino, em Londrina
até 30 de agosto - Exposição de Xilogravuras de Klaus Koti, no Jokers, na rua São Francisco, em Curitiba

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Nekromantix toca músicas novas na tour brasileira

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A banda de psychobilly Nekromantix volta ao Brasil para dois shows no final desse mês. As apresentações serão no SESC Belenzinho, em São Paulo, no dia 29, e no Jokers, em Curitiba, no dia 30. Quem viu a banda em 2011 verá dessa vez uma nova formação já que a baterista Lux Drumerette saiu em 2014 e foi substituída por Adam Guerrero (ex-Rezurex). E o público também ouvirá músicas novas do disco "A symphony of wolf tones and ghost notes" que será lançado no dia 21 de outubro, período do Halloween nos Estados Unidos.
COMEÇO - O Nekromantix foi formado em 1989 em Copenhagem, na Dinamarca, e a banda se mudou para Los Angeles (EUA) logo após lançar “Return of the loving dead” em 2001, pelo selo Hellcat Records, de Tim Armostrong, do Rancid.O baixista e vocalista Kim Nekroman é o único da formação original, sendo que quase 20 músicos já passaram pela banda. Ele criou o grupo num conceito de misturar Elvis Presley com o Lobisomem, narrando histórias de horror nas letras. Com isso, a banda se destacou no cenário psychobilly que era dominado por bandas inglesas na época. E, claro, a banda sempre teve uma repercussão visual por Kim usar um coffinbass feito por ele mesmo. O que ajudou a banda a tocar pelo mundo, desde a Europa, passando pelas Américas, até o Japão.
O Nekromantix tem nove discos e está prestes a lançar o décimo esse ano. O set list nos shows é um desfile de músicas bacanas cantadas em coro pelos fãs, como “Subcultural girl”, “Nice day for a resurrection”, “Demons Are a Girl's Best Friend”, “Necrofilia”, “Horny in a hearse”, “Alice in psycholand”, entre tantas outras.
SIMPATIA - Essa será a segunda vez do Nekromantix no Brasil. A primeira foi em março de 2011, quando foi headliner do festival Psycho Carnival (vídeo abaixo), em Curitiba (PR). Além do show impecável, a banda esbanjou simpatia circulando no meio do publico, inclusive estando disponível para conversar com os fãs num bar da cidade. Aliás, o bom humor e a ironia são frequentes em Kim Nekroman que disse ser um bailarino exótico ao ser questionado se tem algum outro trabalho fora do Nekromantix. Confira a seguir a entrevista feita pelo Projeto Zombilly com Kim Nekroman falando sobre os shows no Brasil.
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ENTREVISTA
ZOMBILLY - Como está a sua expectativa para os dois shows do Nekromantix no Brasil em julho?
KIM NEKROMAN -
Estamos bem ansiosos para volta ao Brasil. Na última vez foi no Psycho Carnaval, que é um grande evento. Por isso, agora estamos esperando locais menores e um público com uma atmosfera mais íntima.
Você tocou no Brasil em 2011. O que mudou na banda ... o baterista e mais alguma coisa?
Sim, a Lux não está mais na banda. O Adam assumiu as funções de baterista há quase dois anos. Fora isso, não muito mudou muita coisa na banda.
Quais são as suas memórias da viagem e show no Brasil?
Bem, tivemos uma situação difícil em obter nossos vistos para aquele show de 2011. Tivemos de ir ao consulado brasileiro vários dias, pegamos filas e só um dia antes de embarcar que finalmente conseguimos os vistos. Quando chegamos no aeroporto o nosso voo foi cancelado e tivemos de fazer uma rota diferente. O que nos atrasou, chegamos no último minuto e fomos direto do aeroporto para o local do show. Isso foi um pouco estressante. Mas, apesar disso, nós tivemos um grande momento no Brasil.
Se você tivesse ficado em Copenhague você acha que o Nekromantix seria diferente agora?
Essa é uma pergunta difícil de responder. Mas, se isso tivesse acontecido e a banda tivesse membros diferentes, eu não acho que a banda seria tão diferente em tudo. Eu já fui perguntado sobre isso antes e acho que são as pessoas que estão conosco que fazem a banda e não o país em que vivemos.
Por que ficar cinco anos sem lançar um álbum?
Principalmente porque estamos muito ocupados com as turnês nos últimos anos. E também porque tínhamos um novo baterista. Por isso, precisávamos de algum tempo para nos certificarmos de que ele estava confortável na banda antes de gravar um novo material.
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O Nekromantix mistura rockabilly e heavy metal com psychobilly. Como isso aconteceu na história da banda? Você decidiu fazer um som mais rockabilly ou deixar o som mais pesado em outro disco?
Para mim não há gênero musical chamado psychobilly. Psychobilly é uma subcultura que une uma grande variedade de billy e música relacionada ao estilo billy. Em todos os nossos discos temos um pouco de tudo, desde o mais sossegado, para o mais pesado e mais rápido.
O que você anda ouvindo hoje? Você ouve outro tipo de música?
Eu escuto todos os tipos de música, dependendo do meu humor. Ninguém gosta de comer a mesma coisa todos os dias e é assim que me sinto em relação à música. Qualquer pessoa que ouvir um único tipo de música está realmente perdendo alguma coisa na vida.
Você conhece alguma banda brasileira?
É claro .... Gilberto Gill e Roberto Carlos [risos]
Eu acompanhei você discutindo com uma pessoa no Facebook ... como você considera os fãs na internet hoje? As pessoas tornam-se donos da verdade por trás do computador ...
A Internet é um lugar incrível para se conectar com fãs e amigos ..... infelizmente, é também um lugar para os perdedores expressarem suas opiniões de merda... ninguém se preocupa com eles.
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Quando você começou o Nekromantix não havia internet. O que ajuda e atrapalha hoje para você com a internet em relação à banda?
A mídia social é uma grande ferramenta para se conectar com os fãs e se mostrar para um novo e grande público. Tudo hoje é muito instantâneo. As pessoas querem a notícia antes que ela aconteça. Nós também somos uma banda que gosta de interagir com os fãs e nossos amigos.
DISCOGRAFIA
* Hellbound (1989)
* Curse of the Coffin (1991)

* Brought Back to Life (1994)
* Demons Are a Girl's Best Friend (1996)
* Live Undead  (2002)
* Return of the Loving Dead (2002)
* Dead Girls Don't Cry (2004)
* Brought Back to Life Again (2005)
* Life Is a Grave & I Dig It! (2007)
* What Happens in Hell, Stays in Hell!  (2011)
* A Symphony Of Wolf Tones and Ghost Notes (2016)

Texto, video e fotos: Andye Iore

sábado, 16 de julho de 2016

Temporal encurta primeira noite do Paraíso do Rock

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O primeiro dia do festival Paraíso do Rock 2016 terminou antes do que deveria. Um temporal causou a queda de energia no CTG São Jorge na metade do show dos Replicantes ontem (15) e interrompeu a apresentação dos gaúchos. Com isso, o evento acabou mais cedo, por volta das 2h30 da madrugada. Por isso, a banda se apresentará hoje (16) novamente para completar sua apresentação. Ou seja, quem chegar cedo hoje conferirá mais um show de bônus no festival. Fora isso o evento foi bem bacana com o tradicional clima de amizade no churrasco à tarde na casa dos organizadores reunindo bandas, imprensa, produtores e convidados.
A abertura ficou por conta de Tiago Duarte e Cidão fazendo um set acústico do The Jalmas e bandas gaúchas. Depois o australiano Jarrah Thompson fez um set elétrico e mostrou suas músicas que havia tocado no dia anterior em versão acústica. A terceira banda surpreendeu os presentes que não conheciam. Muddy Brothers fez pessoas pedirem mais do rock psicodélico pesado que ganhou muitos fãs no festival.
Em seguida teve a apresentação de alunos da rede muncipal que participam de atividades do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de Paraíso do Norte.E, fechando a noite, os aguardados Os Replicantes que pela primeira vez tocaram na região. E fizeram o esperado pelos fãs com um set cheio de clássicos cantado em coro por quem ficava na frente do palco. Teve até os mais animados gritando que estavam realizando um sonho ao ver a banda.
AGENDA - Vale ressaltar que o show começa pontualmente às 22h. Hoje se apresentam Os Replicantes (RS), Terremotor (PR), Juvenil Silva (PE), Expulsados (Argentina) e Feichecleres (PR). Além dos shows também há bancas com materiais das bandas à venda e cerveja artesanal com preço camarada, a partir de R$ 5. Inclusive uma American Lagger engarrafada feita exclusivamente pela cervejaria Araucária para o festival com rótulo personalizado.


Fotos: Andye Iore

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Paraíso do Rock começa com reinauguração da Casa da Cultura

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Estar em Paraíso do Norte (a aproximadamente 80km de Maringá) para o festival Paraíso do Rock 2016 é participar de uma experiência multicultural. Assim foi na noite de ontem (14) no Esquenta do Paraíso do Rock.
No final da tarde teve a reinauguração da Casa da Cultura e a à noite já rolaram shows. Tocaram na Casa da Cultura Jarrah Thompson (da Austrália), Clarissa Mombelli & Cidão (de Pelotas, RS) e Raízes do Samba (banda local de samba de raiz). E depois Clarissa & Cidão receberam a companhia de Tiago Duarte para continuar a festa no bar Jumb´s Gourmet. Tudo gratuito. “A arte tira as crianças das ruas, deixa longe das drogas”, disse o prefeito Beto Vizzotto sobre o espaço cultural revitalizado.
A Casa da Cultura de Paraíso do Norte foi criada em 2003 e estava com problemas estruturais. A reforma foi feita com verba do governo estadual e deixou o espaço em condições adequadas para uso da comunidade. Com isso, aproximadamente 400 crianças usam o local semanalmente com atividades musicais, de artes plásticas, sobre graffiti, entre outras aulas e oficinas como complemento de sala de aula das escolas.
E também como opção para abrigar os artistas locais e seus trabalhos. Como o grafiteiro Felipe Newmove e a artista Helia Barranco que abriu uma das salas da Casa da Cultura com a exposição Eco-Arte, relacionando a música com a natureza em quadros e painéis usando troncos de árvores transformados em instrumentos musicais.
DIVERSIDADE – A diversidade cultural também ficou evidente na parte musical. O australiano Jarrah Thompson foi muito aplaudido pelo seu folk aborígene acústico usando banjo, violão e percussão. Em seguida o público cantou clássicos do samba brasileiro com os locais do Raízes do Samba. E também teve o sempre bacana rock gaúcho com Clarissa & Cidão, alternando trabalho de cada um do casal, indo do alternativo, ao folk, passando pelo rock´n´roll clássico.
E isso porque a nona edição do festival Paraíso do Rock começa oficialmente hoje e vai até amanhã com uma maratona de shows, no CTG São Jorge, sempre com ingressos camaradas, sendo apenas R$ 30 para os dois dias. O primeiro show começa às 22h.
Hoje, sexta-feira (15):
Tu Jalmas acústico (RS/PR)
Jarrah Thompson (Austrpalia)
The Muddy Brothers (ES)
Os Replicantes (RS)
Amanhã , sábado (16)
Terremotor (PR)
Juvenil Silva (PE)
Expulsados (Argentina)
Faichecleres (PR)

Fotos: Andye Iore

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Os Replicantes mostram a velha festa punk no Paraíso do Rock

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Os gaúchos dos Replicantes são daqueles raros casos de bandas do underground que conseguem repercussão e algumas “entradas” no mainestream. O grupo foi formado em 1983, em Porto Alegre (RS), pelos irmãos Claudio e Heron Heinz e mais o amigo Carlos Gerbase.  Um ano depois Wander Wildner assumiu os vocais.
A banda se baseou no lema Do it yourself e lançou por conta própria seu primeiro compacto com quatro músicas. E foi a primeira banda gaúcha que fez vídeo clip. O destaque foi tão grande que logo a multinacional BMG colocou Os Replicantes em coletânea e logo lançou o primeiro álbum, “O futuro é Vortex”, em 1986. O que levou a banda para rádios de todo o Brasil com a música “Surfista calhorda”.
Três anos depois o vocalista Wander Widlner sai da banda para se dedicar à carreira solo. E que depois teve algumas idades e vindas alternadas com tours pela Europa. Julia Barth assumiu os vocais e recebe muitos elogios pela performance de palco.
Os Replicantes também fazem parte de uma triste situação na cena roqueira brasileira. Bandas com um histórico e carreira importante que não conseguem se manter apenas com sua música. Assim, os músicos precisam ter empregos regulares e levar a banda como complemento de renda ou apenas lazer. Como o baixista Heron Heinz que aos 59 anos de idade trabalha como programador de computadores.
O que dificilmente aconteceria se eles fossem americanos ou europeus, já que bandas com uma discografia bem menor e menos importante conseguem viver apenas tocando, gravando discos e fazendo shows.
Já são quase 15 títulos lançados em 33 anos entre álbuns, coletâneas e vídeos, e um set list de show tão impactante que poucas bandas brasileiras tem. A banda se prepara para lançar um novo disco esse ano e fazer sua quarta tour na Europa em seguida.
FESTIVAL - Os Replicantes fecha a primeira noite do Festival Paraíso do Rock, em Paraíso do Norte (a aproximadamente 80km de Maringá), na próxima sexta-feira (15). O público ouvirá clássicos como  “Surfista Calhorda”, “Hippie, Punk, Rajneesh”, “Nicotina”, “Ele quer ser punk”, “Festa Punk”, “Sandina”, entre outros, garantindo um dos melhores shows do festival.
O Projeto Zombilly entrevistou o baixista Heron Heinz que comentou sobre o festival paranaense e algumas novidades sobre a banda. Ele avisa que a banda trará CDs, camisetas e adesivos para vender.
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ENTREVISTA
ZOMBILLY- Como será o set list para o show no Paraiso do Rock?
HERON HEINZ -
Temos feito uma mescla das antigas com algumas novas, aí não será diferente.
Vocês vão tocar pela primeira vez nessa cidade e no festival. Existe a preocupação em colocar as musicas mais conhecidas no set ou não?
Sempre temos que tocar as mais conhecidas, senão a gurizada nos mata [risos].
Geralmente, bandas com a história e importância de vocês, teria uma situação mais confortável nos EUA ou Europa, vivendo só de música. Como é a situação de vocês hoje?
A mesma de sempre nesses 32 anos, continuamos todos com nossos empregos. A banda é uma diversão. Não dá pra viver só da música, nunca foi nosso objetivo.
Bandas que mudam o vocalista seguem rumos diferentes uma das outras. Como foi pra vocês encontrarem a identidade sem o Wander Wildner?
A banda começou comigo, o Claudio e o Gerbase [risos]. Todo o primeiro disco foi feito por nós três, o Wander entrou depois... a identidade d´Os Replicantes já existia sem ele... e continua a mesma!
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É comum bandas de outros estados tentarem viver no eixo RJ-SP. Qual sua visão disso? Os Replicantes tem mais destaque até que as principais bandas desse meio, mas fora desse eixo...
Nunca pensamos em sair de Porto Alegre pra viver em outra cidade. Não saberia te explicar porque gostam tanto de nós fora daqui, mas que é bom é!
São 33 anos tocando e nove discos... o que ainda te motiva a seguir tocando?
Cara, não conheço nada melhor pra fazer na vida do que tocar, fazer shows, compor, gravar, viajar. Não precisa nenhuma motivação a mais.
O que está planejado para a banda?
Planejamos um disco novo ainda para esse ano e uma nova tour [a quarta] na Europa no meio do ano que vem. E, claro, uns videoclipes.
* Confira o site dos Replicantes .
* Confira o site do Paraíso do Rock .
Fotos: Gabi M.O. / Divulgação