quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Entrevista - Billys Bastardos

Em apenas quatro meses a banda Billys Bastardos, de Londrina (PR), conseguiu coisas que algumas bandas levam mais que o dobro do tempo para fazer: logo no show de estréia abriram para um dos ícones do psychobilly mundial, a britânica Frantic Flintstones. Dois meses depois, eles apresentaram uma grande evolução no entrosamento no palco e mostram um show empolgante com um set list com 12 músicas na linha porrada, maneirando somente em “Necrodiversão” que segue a linha rockabilly no instrumental. O resto é para pogar o show todo e, o melhor, somente com composições próprias! A sonoridade é sombria, com vocal gutural, guitarra com influência metal (e que caiu muito bem no psychobilly) e baixo acústico empolgante. As letras abordam o universo trash movie com criaturas – seja dos cemitérios ou do espaço - sedentas por humanos. A banda já tem até um hit no underground londrinense, que é a música "Assassino da Colina".

Em apenas três meses, lançaram o cd-demo batizado com o nome da banda e contendo cinco músicas. A próxima etapa é ficar conhecida nacionalmente com a apresentação no Psycho Carnival, em fevereiro em Curitiba, mesmo que seja no evento paralelo e não no palco principal... é questão de tempo. A seguir, entrevista feita com o baixista do Billys Bastardos, o PJ:

ZOMBILLY - Qual é a historia do Billys Bastardos?
PJ - Eu PJ e Ferrugem (o guitarrista) fomos apresentados por um amigo em comum, o Ratson Ratsin, e decidimos formar uma banda. Então seria a Demon Ratz. Não tínhamos baterista, então lembrei do Ned que estava sem tocar desde sua saída da banda de psychobilly londrinense The Brown Vampire Catz. A idéia inicial era fazermos psychobilly com letras em inglês e eu cantaria e tocaria baixo. Mas, com a entrada do Ned a coisa começou a funcionar melhor quando ele nos apresentou uma letra em português e se predispôs a tocar bateria e cantar. Então, todas peças se encaixaram perfeitamente e assim nasceu os Billys Bastardos.

billys-dez2007

Londrina tem apresentado bandas legais e um público animado nos últimos anos. O que não é muito comum em cidades do interior ter essa movimentação. Por que você acha que o psychobilly "pegou" em Londrina?
Pensamos que o psychobilly ainda tem pouco espaço aqui em Londrina. A coisa vem crescendo aos poucos e, gostem ou não, viemos pra ficar.

Além das letras, do visual, o cd-demo também tem um clima de filme de horror... Como vocês se articulam no conceito som/terror que o Billys Bastardos apresenta?
As inspirações paras as composições de nossas musicas são basicamente de filmes trash, gore e splater em geral ... com temas variados entre assassinos em série, criaturas mutantes, sexo com cadáveres , ETs sedentos por sangue humano e muita diversão ao modo Billys Bastardos. Buscamos mostrar o lado mais freak do psychobilly trazendo nossas influências individuais como punk, rockabilly, metal pro som tentamos assim criar uma identidade própria pra banda.

O que vocês planejam para a banda: gravar por conta própria, encontrar uma gravadora independente, disponibilizar sons na internet?
Por enquanto nossos planos se resumem em levar o som a todo cenário psychobilly nacional. Acabamos de lançar nossa demo gravada de forma independente e com ela pretendemos divulgar nosso som o máximo possível... parece estar funcionando. Fizemos nosso show de estréia em setembro de 2007 abrindo para a banda inglesa Frantic Flintstones, em Londrina, e logo após nossa estréia já fomos convidados para tocar em um evento em Marília (SP) e também em Maringá na Zombilly Party logo na seqüência. Fechamos o ano tocando no evento Hellveillon aqui em Londrina e em 2008 tocaremos em um show anexo ao festival anual Psycho Carnival, em fevereiro em Curitiba. Também disponibilizamos duas músicas em nosso website e assim, aos poucos, estamos buscando conquistar nosso espaço.

O psychobilly tem uma grande variação hoje em dia, indo do hillbilly ao metalbilly, como até um resgate do psycho tradicional feito no final dos anos 80. O que você pensa de haver tantas variações do gênero e o que mais te agrada?
Pensamos que isso que faz toda essa parada ser tão legal. Se tudo fosse igual, rapidamente todos estariam enjoados. Pra gente, o que conta em uma banda seja ela de que gênero for é "identidade própria", gostamos do psychobilly tradicional, mas não é essa nossa proposta, é como sempre dizemos: "fazer o que já foi feito não é a nossa praia".

QUEM SÃO OS BILLYS BASTARDOS:
billys-ferrugem
NOME: Andrews "Ferrugem"
IDADE: 25 anos
TOCA: guitarra e segunda voz




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billys-ned
NOME: Helldner "Ned"
IDADE: 28 anos
TOCA: bateria e voz





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billys-pj
NOME: PJ "O Rato"
IDADE: 25 anos
TOCA: baixo acústico e segunda voz





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CONTATOS:
Site e email: billysbastardos@gmail.com ou fone (43) 9117-8744.

Veja vídeo do Billys Bastardos com a música "Assassino da Colina".

Fotos: Alvaro Geraldo

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