quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

The Ricochets cumpre papel de headliner e ganha mais fãs


Quem já conhecia ficou admirado. Quem não conhecia virou fã. A banda britânica The Ricochets fez um ótimo show no Psycho Carnival 2015, em Curitiba. O lendário quarteto, na formação original e com músicos que passaram pelo Meteors e Guana Batz, fez um show que causou contemplação no começo (como na bacana "Night ship", no vídeo acima) e depois pegou fogo no wrecking.
A banda tocou por quase 2h e saiu muito aplaudida do palco. O set contou com os clássicos, musicas novas e alguns covers já conhecidos do público e até atendeu pedidos na hora. Outro aspecto bacana foi que Steve, Ginger, Sam e Dave ficaram entre o público antes e depois do show numa interação bem bacana com os fãs. Dificilmente uma banda com essa importância de mais de 30 anos de carreira e com seus músicos já na “meia” idade tem essa paciência e abrem mão do camarim para ficar tão acessível. A banda tirou fotos, deu autógrafos e tomou cerveja com os fãs.
Eu aproveitei e ganhei autógrafos do baixista Sam Sardi no meu disco do Guana Batz, do baterista Ginger no disco do The Highliners e dos quatro no disco do The Ricochets para registrar esse momento histórico de conhecer a banda pessoalmente.

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Fotos: Andye Iore/Zombilly

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Galeria do Curitiba Rock Carnival 2015

Pela segunda vez consecutiva a parceria Fundação Cultural de Curitiba e Psycho Carnival apresentou gratuitamente ao público shows de rock gratuitos no Carnaval, em Curitiba. O Curitiba Rock Carnival aconteceu nos dias 14 e 15 de fevereiro, no estacionamento da Câmara de Vereadores, na praça Eufrásio Correia. Foram 14 bandas que tocaram à tarde e noite com um grande público nos dois dias. Para algumas bandas, foi o maior público que se apresentaram.
O evento contou com boa estrutura e organização e um line up variado indo desde o rock´n´roll clássico até a tosquice do garage punk, passando pelo rockabilly, surf music, heavy metal, entre outros. O destaque foi a apresentação dos americanos do Man or AstroMan? que reencontrou os fãs num show impecável.
O Curitiba Rock Carnival também teve praça de alimentação e bazar cultural com produtos das bandas e acessórios.
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The Phantom Powers
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Ovos Presley
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Man or AstroMan?
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Motorama
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The Anomalys
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Movie Star Trash

Fotos: Andye Iore

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Zombilly e O Banhero Selvagem fazem parceria

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A cultura tosquera ganhou uma nova parceria no Brasil. O Projeto Zombilly e a revista O Banhero Selvagem anunciam uma parceria com geração de conteúdo exclusivo para a publicação do quadrinhista Pietro Luigi.
A terceira edição da revista está em finalização e será lançada em março com uma tiragem de 1 mil exemplares. O jornalista Andye Iore produziu uma reportagem exclusiva de duas páginas com uma banda gringa de destaque.
Entre outros colaboradores da terceira edição da Banhero Selvagem estão o holandês David Elshout, Rogério Skylab, Chico Félix, Victor Bello e Marcelo Mara (do Disco Furado). Pietro Luigi voltará a Maringá para divulgar a nova edição em breve.
* Confira o Facebook de O Banhero Selvagem.
Foto: Simone Yosida.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Psycho Carnival vira festa de camaradagem dentro e fora dos palcos



E terminou mais um Psycho Carnival. A 16ª edição do festival reuniu 34 bandas em quatro dias em Curitiba (PR) com muita camaradagem e diversão. Não se viu nenhum tipo de confusão nesse tempo todo e na maratona de rock. A internet já está cheia de mensagens, fotos e vídeos sobre o festival.
O Projeto Zombilly mais uma vez cobriu o festival numa iniciativa própria com recursos próprios, no intuito de levar essa festa bacana para pessoas que, infelizmente, não podem viajar. E, claro, divulgar e valorizar as bandas desse meio. Nem sempre conseguimos ver e registrar todos os shows, mas sempre temos um rico material que chega até muitas pessoas em diferentes países. E que depois do festival são aproveitados no nosso blog e no programa de rádio.
O Projeto Zombilly agradece: ao Vlad Urban, Nery, Wallace e toda equipe de produção, Fernando Nishijima pela hospedagem, Pietro e Simone pela companhia e carona de turismo, Wilson Pereira pela carona e cervejas sempre saborosas, Vitor Leite pela parceria e cervejas, Flávio Fardado pelo atendimento no lanche, pelas bandas que entregaram CDs e vinis para divulgação, às pessoas que foram bater papo comigo e se apresentaram como fãs do blog e do programa de rádio (esse feedback é uma das coisas mais bacanas em atividades independentes!) e quem elogiou a exposição de fotos (continuo não vendendo fotos J ). Um agradecimento especial aos argentinos do Jinetes Fantasmas por nos citar no encarte do disco novo, pela simpatia dos Ricochets (principalmente pela confiança do baterista Ginger), ao Gillian (do Anomalys) pelos papos sobre rock tosquera e pela camaradagem de sempre do americano Zteben, seja pela internet ou pessoalmente!
Fizemos 990 fotografias, em torno de 2h de vídeos, inclusive alguns deles transmitidos em tempo real da frente do palco e entrevistas e vinhetas para o radio. O evento rendeu ótimos contatos que resultarão em coisas bem bacanas em breve.
AMIZADES - Ilustro esse texto com um vídeo que mostra bem o espírito do festival numa diversão e grande interação entre público e bandas. O The Anomalys fechou o Psycho Carnival com a música "Sex" com cenas impressionantes com eles totalmente gratos e felizes pela recepção do público. E nas fotos com os gringos do The Ricochets,a banda principal do festival, que me agradeceram pela divulgação que eu fiz e batemos bons papos. Já representando os brasileiros, a foto com uma pessoa que merece toda admiração e eu me orgulho de ser um grande amigo: Ademir, o vocalista do Ovos Presley.
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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Lendas do psychobilly The Ricochets fazem show único no Brasil

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A lenda e uma das primeiras bandas do psychobilly mundial The Ricochets fará um único show no Brasil nesse final de semana. Eles têm origem numa banda de apoio chamada Pink & Black no final da década de 1970, formada por dois irmãos e um primo. Em 1979 surgiu The Ricochets já misturando o clássico rockabilly com punk, numa pegada mais rápida. Sonoridade que influenciou muitas bandas depois do lançamento do primeiro disco em 1982, “Made in the shade”, que é um clássico do psychobilly.

A banda seguiu sem muito sucesso até terminar em 1984 com a saída dos músicos para outras bandas como The Meteors e Guana Batz. Eles voltaram a tocar juntos em 1990 e dois anos depois lançaram outro álbum, “On target”. A banda lançou o terceiro disco em 2013, “Chain Dog”, e segue tocando até hoje em festivais pelo mundo. E será a atração principal da 16ª edição do Psycho Carnival, em Curitiba, com o line up original com Steve Sardi (guitarra), Sam Sardi (baixo), Dave Sardi (vocal) e Stephen Meadham “Ginger" (bateria).
A banda tocará no dia 15, domingo, no Espaço Cult. É certeza de casa cheia com muita gente se espremendo para ver de perto mais lendas do psychobilly mundial trazidas para o festival paranaense. A banda disse que preparou um set especial para os fãs e vai atender pedidos durante o show. “Queremos tocar músicas de todos os nossos três álbuns. Vamos tentar atender a todos os pedidos que fizerem”, anunciou Steve Sardi, que avisa que trará o disco “Chain Dog” para venda, além de camisetas da banda.
O Projeto Zombilly bateu um papo com o guitarrista Steve Sardi, 51 anos, que falou sobre a expectativa de vir ao Brasil pela primeira vez, comentou sobre o psychobilly no mundo e anunciou novidades sobre o próximo álbum.
ENTREVISTA
ZOMBILLY - Você está jogando por mais de 30 anos. O que te motiva a continuar fazendo rock?
STEVE SARDI -
Formamos os Ricochets 1979 e a banda acabou em 1983. Acabou porque queria continuar com meu trabalho regular durante o dia. E Ginger foi pro Meteors e Sam foi convidado a participar do Guana Batz. Nós voltamos em 1990 e estamos tocando desde então. Quanto à motivação, todos nós amamos o que fazemos! É ótimo quando você escreve novas músicas, novos riffs. O zumbido quando nós ensaiamos ainda existe. Estamos sempre tentando manter a música próxima de nós!
Você já tocou em diversos festivais. Como você rever a cena do rockabilly / psychobilly hoje?
Acho que a cena evoluiu. Nós começamos como uma banda tradicional de rockabilly, tocando covers clássicos de artistas da década de 1950. Foi só quando começamos a escrever nossas próprias músicas que isso evoluiu para o psychobilly e o neo-rockabilly. A cena ainda é grande na Alemanha e em algumas partes da Europa. Para nós é ótimo tocar nos Estados Unidos e no Brasil... e que isso continue por muito tempo!


Vocês são uma das primeiras bandas de psychobilly clássico. O que você acha das novas bandas que fazem um psychobilly mais pesado?
Quanto à música, há uma nova onda de psychobilly. Ele pode ser um pouco pesado para mim, em minha mente. Mas, eu acho que você tem que manter as raízes rockabilly. Não é 'Billy' se não há qualquer som de rockabilly!
Como foi viver a fase histórica do psychobilly? The Ricochets chegou a tocar no Klub Foot?
Estranhamente, nunca tocamos Klub Foot. Foi nessa época que a banda se desfez. Tocamos em muitos shows, principalmente em locais de rockabilly. Você tem que se lembrar, a cena estava passando por uma grande mudança neste momento. O psychobilly estava apenas começando a fazer seu nome. Lembro-me de tocar num grande festival rockabilly, o Caister, num fim de semana. Quando fomos no palco que estavam vestidos como gangsters, vestindo calças largas, camisas brancas, suspensórios e chapéus Trilby. Nós detonamos na primeira música. “Worried about you baby”, tocada num ritmo frenético. A multidão começou a dançar (wrecking, hoje). E isso era novo para a cena de rockabilly. O segurança pensou que todo mundo estava brigando! Só mais tarde é que eles percebem que a multidão estava reagindo ao ritmo da música! Foram grandes momentos inovadores!
Quais são as suas expectativas para tocar no Brasil, no Psycho Carnaval 2015?
Estamos todos realmente ansiosos por isso! Esta será a nossa primeira vez no Brasil. Espero que o público goste e tenhamos uma grande recepção! Estamos todos ansiosos para conhecer os fãs brasileiros!
Você sabe alguma coisa sobre o rockabilly e psychobilly brasileiro?
Não realmente. Eu sempre achei muito surpreendente que a cena se estendesse tão longe e em tantos países. Estou ansioso para ver algumas das bandas brasileiras.
Você tem interesse em ver algo sobre o Brasil se tiver tempo livre?
Esperamos aproveitar o máximo que pudermos o nosso tempo no Brasil. Obviamente, o tempo será um problema. Eu estou ansioso pelo clima quente!


O que vocês planejam para o futuro do Ricochets?
O nosso álbum mais recente “Chain dog” saiu em novembro de 2013. Ele foi muito bem recebido e ainda repercute bem. Esperemos gravar um novo álbum ou no final desse ano ou no início de 2016. Este será um álbum duplo, com um CD psychobilly e o outro será de rockabilly. Quero mostrar às pessoas as nossas raízes de rockabilly. Aguardem por isso!



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* Confira o grupo do The Ricochets no Facebook.
* Veja vídeo com The Ricochets tocando "Runnin wild" ao vivo.
Foto: Divulgação

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Psychobilly maldito do Krappulas é garantia de diversão no Psycho Carnival

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O Krappulas é uma das principais bandas da história do psychobilly brasileiro. Mesmo sendo uma das mais antigas em atividade, cultiva o conceito de maldita, pois não conseguiu tanto resultado prático quanto algumas bandas mais novas, apesar de já ter lançado quatro discos e participado de coletâneas.
A banda foi formada em 1989 com o nome de Dráculas Krápulas e tocando músicas em português. Dessa época continuam na banda o vocalista Breno e o guitarrista David. Em 1991 eles mudaram o nome para Krappulas e passaram a compor também em inglês. A banda ganhou mais peso na sonoridade e passou a ser uma presença constante nos festivais curitibanos como Psycho Carnival e Psycho Fest.A sonoridade é uma mistura entre The Meteors, The Cramps, Batmobile, Motorhead, AD/DC, entre outras, o que garante shows muito energéticos e divertidos.
O Krappulas tocará no Psycho Carnival 2015, no dia 16, sexta-feira à noite, no Espaço Cult. O baixista Manolo tocará com baixo elétrico dessa, já que o baixo acústico está na manutenção. O Projeto Zombilly bate um papo com o vocalista Breno Cesar e o guitarrista David Ernst, que falaram sobre o festival curitibano e anunciaram novidades da banda, entre outros assuntos.

ENTREVISTA
PROJETO ZOMBILLY - Como será o set da banda no festival? Tem música nova?

BRENO - O set desse ano vai ser o mais nervoso de todas as edições! A ideia é fazer uma sequência.
DAVID - Vamos tocar umas 12 ou 13 musicas. Com a transição do baterista no final do ano passado, com o Lucas indo para Belo Horizonte, tivemos que achar um novo baterista. O Cris foi o melhor achado que poderíamos ter conseguido! Estamos muito contentes com o novo irmão que está arrebentando na batera. Mas, por causa disso ficamos mais tempo pegando e acertando as músicas de vários discos que já tinham sido gravados. Então, o repertório contará com musicas de cada disco e, com certeza, uma ou duas do Batmobile que a gente sempre toca! [risos]
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Como é participar de um festival que reúne na sua cidade bandas e público de diferentes países?
BRENO –
O Psycho Carnival é o maior festival de rock da cidade e um dos maiores do estilo do mundo. Participar do Carnival para nós é a certeza de que, apesar do tempo, de alguma forma nos mantemos em forma. Talvez seja bebendo o sangue dos bateristas que são mais novos que nós. [risos]
DAVID - O Psycho Carnival é uma coisa única, o melhor evento da cidade sem dúvida alguma. Sem falar de encontrar os amigos que vem de várias partes do Brasil e fazemos novas amizades com gente do mundo todo. E alguns que são ídolos pra gente se tornam amigos. É muito legal mesmo e a farra sempre rola desenfreada os 4 ou 5 dias de festa garantida. Mas, o melhor de tudo mesmo é trombar com os trutas... essa é a essência da parada!
Tem alguma banda que você esteja mais ansioso para ver nessa edição?
BRENO -
Cara tem muita banda boa! Os gringos do Ricochets , Barnyard Ballers, Magnetix e os Sinners que já são cidadãos do mundo [risos]... os nossos amigos também do Mullet, Diabatz e CWbillies e os shows de bandas novas como Tampa de Caixão que já estão quebrando tudo por aí!
DAVID - Ricochetes é da minha época que comecei a ouvir psychobilly na metade dos anos 80. Já pirava forte no som deles. Mas, quero muito ver o Magnetix, eles tem a pegada de psycho que eu gosto muito, um pouco de Batmobile no som deles e a putaria do Barnyard Ballers também deve ser muito divertido…
O Krapullas já passou por várias formações... qual é a sua motivação de continuar tocando nesses esquemas independentes?
BRENO -
A verdade é que gostamos muito de psychobilly e de tocar psychobilly juntos. Eu, o David e Manolo além de tocarmos juntos, temos uma amizade, ou irmandade como diz o Manolo, que já dura pelo menos uns vinte anos. O fato de serem esquemas independentes não muda em nada a vontade de tocar. Entendemos cedo que não seremos a revelação do ano e nem que conquistaremos a nossa independência financeiro pelo psycho. Mas, esse é o rock que sabemos fazer! Acho que a principal motivação é nos superarmos em cada show e cada disco tem que ser melhor que o anterior!
DAVID - O lance do Krappulas é que a gente toca por motivos muito simples que são: a gente gosta de tocar o nosso som e gosta de estar junto, somos amigos desde sei lá quando nem lembro mais. É por pura diversão, é o rock pelo rock sem mais! O que mais foi trocado nesses anos foi o batera, mas estamos curtindo demais o Cris, o bicho é fera...
Como estão os planos para banda?
BRENO -
Esse ano gravaremos mais um disco... esse é plano [risos] Eu tenho algumas letras e o David tem várias músicas pra gente fazer. Nesse próximo disco contaremos com a participação super especial do nosso amigo Magoo! Ele e o Manolo andam tendo muitas ideias sobre vida após a morte, radicais de plantão, garotas espaciais e, é claro, mulheres peladas! Então se preparem que vem muita pancadaria e sacanagem. A idade só piora isso. [risos] Quanto a tour na Europa já passou da hora. Quando lançamos o “Psychoworld” a ideia era fazer uma tour capitaneada pelo nosso irmão de armas Neri, mas por  um conjunto de problemas não deu certo. Mas a idia continua, mais forte agora com a energia renovada do Cris. Então, se tudo der certo lançaremos o disco novo na Europa com uma tour bem massa!! Estamos ansiosos por isso pode ter certeza!
DAVID - Depois do Psycho Carnival vamos compor. Na verdade, temos algumas músicas que estão engatilhadas, mas não prontas. Temos duas opções de plano: gravar até a metade de 2015 um EP com seis músicas ou até o final do ano um disco completo entre 11 e 13 musicas.

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Como vocês avaliam o cenário psychobilly no Brasil?
BRENO -
Eu diria que hoje é um momento diferente, mais calmo. As bandas novas e a galera é um pessoal que gosta de psychobilly mesmo. Tivemos um momento que a country music trouxe muita gente para conhecer esse tipo de rock maldito, por conta das bandas que misturavam os estilos. O que foi muito bom, porque divulgou a cultura aumentando consideravelmente a cena. Muitos que naquela época começaram a ouvir psycho meio de carona acabaram gostando e continuam indo em shows. Das bandas novas continuam saindo coisas muito boas! Um exemplo das novas boas bandas é a Tampo de Caixão, de Santa Catarina.
DAVID - No Brasil existem muitos focos de psychobilly espalhados. Mas, vejo que o mais forte do momento é em Curitiba mesmo. Acho que de dois anos pra cá devem ter começado umas cinco ou seis bandas novas de psychobilly com uma gurizada no veneno mesmo de fazer a parada e isso sempre fortalece a cena. São Paulo também voltou a crescer com bandas muito boas…
Por que a banda mudou o nome de Draculas Krapulas para Krappulas?
BRENO -
Numerologia, é claro!!
O compacto “Dance after Death” é um registro histórico na história do psychobilly brasileiro... é um dos poucos discos de vinil ao lado do do Missionarios. O que isso trouxe pra vocês de retorno?
DAVID -
Com certeza um pedaço da história do rock curitibano está registrada nesse projeto da Bloody Records, Foram 13 bandas da cidade que lançaram um EP em forma de vinil. Éramos bem jovens e o som mudou bastante de lá pra cá. Mas, a faixa instrumental do disco tocamos até hoj e regravamos no “Disco Into the Grave”, com a participação especial do grande violinista do Hillbilly RawHide, o Mark Cleverson, que deu um brilho especial na versão. Até hoje esse disco é muito procurado na Europa. Muitos colecionadores procuram por ele e ouvi falar que já pagaram um bom valor por ele. Não lembro quanto era. Mas, o mais importante de tudo é participar desses projetos e tentar mostrar o nosso som para as pessoas. Quanto mais for mostrado, melhor!
FORMAÇÃO
Breno – vocal
David – guitarra
Manolo - baixo acústico
Cris – bateria
DISCOGRAFIA
“Dance After Dead” (1993)
“Escape from hell” (2002)
“Psychoworld” (2012)
“Into the Grave” EP (2013)
* Confira a página do Krappulas no Facebook.
* Veja vídeo do Krappulas tocando “Calamity man”, do Batmobile.
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Fotos: Andye Iore

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

The Anomalys faz tour sulamericana com rock tosquera

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O barulho e a diversão estão garantidos com o The Anomalys. O trio holandês de garage rock está em tour na América do Sul com 13 shows entre 6 e 22 de fevereiro no Brasil, Chile, Argentina e Uruguai.
A banda foi formada em 2006 em Amsterdam, incialmente como duo com guitarra e bateria. Depois eles acrescentaram um segundo guitarrista e até hoje tocam e gravam sem baixo. As influências tem o clássico The Sonics com surf music, punk, rockabilly e muita diversão à base de barulho.Eles gravaram o primeiro álbum homônimo em 2010 pela bacana Slovenly Recordings e já lançaram outros três singles.
The Anomalys  tocará no Psycho Carnival, na festa paralela no Curitiba Rock Carnival, no domingo (15). O show será na praça Eufrásio Correa, com entrada gratuita. O Projeto Zombilly bateu um papo com o guitarrista Profundo Potlood, 33 anos, que falou sobre a expectativa de tocar no Brasil pela primeira vez, comentou sobre o garage rock no mundo, entre outras situações. Ele avisa que a banda trará na bagagem para vender nos shows da tour sulamericana o álbum em vinil e CD, os singles e camisetas. “Nós teremos uma estampa nova de camiseta que o público sulamericano será o primeiro a ver. E também temos a nossa própria bebida, "Black Hole Booze". Se você beber, você vai se tornar louco como nós!”, anuncia.
ENTREVISTA
ZOMBILLY – Vocês tocam em festivas em diferentes países. Onde há cenas bacanas de garage rock hoje?
PROFUNDO POTLOOD -
Sim, nós já tocamos em toda a Europa e os Estados Unidos. Muitos festivais ... e em comparação com dez anos atrás, está acontecendo muito mais movimentação no rock underground. Há grandes festivais na Europa, como Funtastic Dracula Carnival, na Espanha, e o  Gonerfest, nos Estados Unidos. Há mais e mais bandas boas começando a tocar. Pessoalmente, eu estou feliz que o tendência do hypster moderno neo-psych com bandas como Black Lips está finalmente chegando ao fim. Acho que verdadeiro rock 'n´roll e punk rock, básico e simples, está voltando. Isso é uma coisa boa. Isto é como rock'n´roll deve ser. Nosso país favorito para tocar é, provavelmente, a Espanha. Tem um monte de bandas underground 'n´roll lá e o público éo muito mais selvagem que na Holanda!
Como está a cena de garage rock na Holanda?
A cena na Holanda é muito pequena. Não são muitas as bandas também. Ao lado de tulipas e queijo, nosso maior produto de exportação é a música techno ... então, essa é a merda que a maioria das pessoas ouve. Mas, nós temos um pouco de underground bacana com festivais anuais como Sleazefest e lugares em Amsterdam como Pacific Parc, festas como Amsterdam Beat Club, onde um monte de bandas legais de todo o mundo tocam.
O que vocês esperam dessa primeira tour na América do Sul?
Nós não temos nenhuma ideia do que esperar da América do Sul! O lugar mais próximo que já tocamos é a Cidade do México, há dois anos atrás. O público era muito selvagem! Por isso, esperamos que as pessoas no Brasil, Argentina, Uruguai e Chile gostem do nosso rock selvagem e louco que mostramos ao vivo também! Somos especialistas em festas com destruição total! Portanto, esteja avisado!
Vocês vão tocar no Psycho Carnival, festival com bandas de rockabilly e peyschobilly, onde sempre que bandas de garage rock tocam há um público bem animado. O que vocês pensam de tocar com bandas de outros estilos?
Sim, nós gostamos de vários gêneros de música! As pessoas têm dificuldade em definir o estilo de Anomalys. Eu acho que "garage" é um bom termo geral para nos descrever, mas há um monte de influências em nossa música. Há elementos de rockabilly, psychobilly, surf, anos 60 e 70, punkrock e hardcore. Esse é o tipo de música que gostamos. Nós também gostamos de ouvir soul, rhythm & blues, funk, reggae, cumbia, calipso, rocksteady e ska quando estamos em viagem no nosso ônibus na turnê. Mas as músicas do The Anomalys são puramente selvagens, psicóticas e um ataque de rock´n´roll. Então, eu acho que vamos combinar bem com as bandas de psychobilly do Psycho Carnival.
Qual será a formação do The Anomalys na tour sulamericana?
The Anomalys são um trio. No início da banda em 2005 foi um duo, apenas o baterista Memme e o nosso vocalista e guitarrista Bone. Em 2007 eu entrei na banda como segundo guitarrista. Então, talvez um pouco de surpresa, mas ainda não temos baixo! Apenas duas guitarras e uma bateria básica. Fazemos um som primitivo e focado, eu acho. Vocês vão ver e ouvir!
Como será o set dos shows na tour sulamericana?
Nosso set dura no máximo 40 minutos. Nós não gostamos de tocar mais do que isso. Um monte de bandas tocam por muito tempo, eu acho. Em nosso show há muita energia física e queremos manter isso o tempo todo. Se você tocar por mais de uma hora, a energia desaparece ... e nós não queremos isso. Por isso, prefiro show curto, rápido e selvagem! Vamos tocar músicas do nosso álbum homônimo de 2010 e de nossos singles "Retox" e "Blues Deadline". Mas também vamos tocar algumas músicas novas que ainda não foram gravadas.
Vocês conhecem alguma banda brasileira de garage rock?
Na verdade, eu não conheço várias bandas de garagem brasileiras! Conheço o Drakula, eles são legais e Autoramas também. Eu sei que algumas coletâneas como Brasilian Nuggets com algumas músicas legais. Mas eu espero para ver e tocar com algumas bandas de garage rock no Brasil e também bandas punk!
O que você gostaria de ver no Brasil se tiver tempo livre?
Eu quero ver tudo! Mas eu não acho que haverá muito tempo livre por causa da agenda de shows. Mas esperamos ter um ou dois dias de folga e ir para uma bela praia ou ver algo bacana na natureza. Talvez um pouco de selva? Talvez alguém tenha algumas dicas? E eu estou interessado na comida brasileira! Eu sempre gosto de saborear a gastronomia local e eu não sei muito sobre a cozinha brasileira. Por isso, espero que tenha algumas coisas boas! E ouvi que estaremos no Brasil durante o Carnaval ... Já ouvi histórias malucas sobre esta festa. Então, vamos ver o que acontece!
Como está o trabalho do The Anomalys atualmente?
Esperamos para gravar e lançar um disco álbum antes do final deste ano. E em maio vamos tocar no Cosmic Trip Festival, na França, e no Hipsville Festival, na Inglaterra. Mas estamos no processo de escrever novas músicas, por isso vamos estar fechados na sala de ensaio um monte também!
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FORMAÇÃO:
Bone – vocal e guitarra
Memme - bateria
Profundo Potlood - guitarra
TOUR EM FEVEREIRO:
dia 6 - Santiago @ Bar Loreto (CHL)
dia 7 - Concepcion @ Casa de Salud (CHL)
dia 10 - Buenos Aires @ Club V (ARG)
dia 11 - Montevideo @ Bluzz Live Montevideo (URY)
dia 13 - Porto Alegre @ Grafitti Bar (BRA)
dia 14 - Florianopolis @ Taliesyn Rock Bar (BRA)
dia 15 - Curitiba @ Curitiba Rock Carnival 2015
dia 17 - Mogi-Guaçu @ O Profeta Pub Rock (BRA)
dia 18 - Franca @ Cda Motorocker Bar(BRA)
dia 19 - Botucatu @ Villa Blues Pub (BRA)
dia 20 - São Paulo @ Astronete (BRA)
dia 21 - Campinas @ Echos Studio Bar (BRA)
dia 22 - São Paulo @ Paribar (BRA)
LINKS:
* Confira a página no Facebook do The Anomalys.

* Confira a página no BandCamp do The Anomalys.
Foto: Divulgação

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Zombilly no Radio - Psycho Carnival 2015

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O programa Zombilly no Radio dessa semana é um especial sobre o festival Psycho Carnival 2015. A 16ª edição acontecerá entre os dias 13 e 16 de fevereiro em Curitiba (PR). Fizemos uma entrevista com organizador do festival, Vlad Urban (foto), e também tocaremos sons de 14 das 34 bandas que estarão no evento.
Track list:
Abertura
Man or Astroman? - Engines of Difference
Motorama - Ratas de ciudad
Jinetes Fantasmas - Psycho Carnival
The Anomalys - Retox
Entrevista com Vlad Urban
99noizeagain - nine nine
Krappulas – Torture
Sick Sick Sinners - We Wanna Drink Some More
Barnyard Ballers - Barndance
Klax - My Sweet Baby
The Magnetix - Creature from outer space
The Violentures - Endless Girls
Movie Star Trash - Alex, The Large
The Mullet Monster Mafia – Walderama
Entrevista com Vlad Urban
The Ricochets - Runnin' Wild
Encerramento
Zombilly no Radio – Psycho Carnival 2015
UEM FM 106,9 - Duração: 1h05
Datas: dia 7 de fevereiro, sábado, 18h;
dia 11 de fevereiro, quarta-feira, 23h59
Pesquisa, acervo, produção, apresentação: Andye Iore
Coordenação: Paulino Junior
Trilha de fundo: Man or Astroman?
Para ouvir - UEM FM http://tunein.com/radio/R%C3%A1dio-UEM-FM-1069-s98697

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Man or Astro-Man? volta ao Brasil com novo repertório

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A Man or Astro-Man? é a principal banda contemporânea de surf music. Formada em Auburn, Alabama, nos EUA, em 1992, lançou 12 álbuns até agora e está gravando disco novo. A banda já tocou em 30 países, seja em bares pequenos ou em festivais em estádios com milhares de pessoas. E eles voltam ao Brasil na próxima semana, com o público brasileiro tendo o privilégio de ouvir um novo set ao vivo.
As influências sonoras foram Link Wray, Duane Eddy, Dick Dale, The Ventures e The Safaris, com new wave, com o visual de astronautas. Outra curiosidade é que os músicos pesquisam tecnologia, usando aparelhos não muito comuns para bandas de surf music. O que sai do lúdico para a prática no conceito de ficção científica que a banda apresenta.
E isso é um aspecto interessante no Man or Astro-Man?. Para curtir mais a banda, você não pode levar a serio o que os músicos falam e demonstram. Em todas as entrevistas eles brincam com o conceito sci-fi dizendo que vieram de outro planeta, a nave deu problema e eles ficaram passeando pela Terra. E, a partir disso, foram inúmeras histórias engraçadas narradas pela banda alienígena. Tanto é que assumem personagens como Star Crunch, Birdstuff e Coco the Electronic Monkey Wizard, alternando a formação como trio, quarteto ou quinteto. Incluindo uma tour anunciada como clones dos aliens originais.
LANÇAMENTO - O Man or Astro-Man? está em estudio gravando disco novo. Eles dão uma pausa nas gravações para fazerem a mini tour no Brasil, com quatro shows produzidos pela Mamute Entertainment: Santos (12 de fevereiro), São Paulo (13 de fevereiro), Curitiba/Psycho Carnival (15 de fevereiro) e Recife (15 de fevereiro). O Projeto Zombilly bateu um papo com o guitarrista Star Crunch que falou sobre a volta da banda ao Brasil e comentou como está a saga alienígena na Terra.
ENTREVISTA
ZOMBILLY - O Man or Astro-Man? é a principal banda de surf music hoje. Vocês tem noção dessa importância? A colonização do planeta Terra deu certo?
STAR CRUNCH -
A verdade é que nós nunca estivemos aqui para colonizar. Na verdade, nós acidentalmente caímos na terra depois de um acidente com nossa nave e estamos tentando deixar este planeta desde então. Nós viajamos neste planeta só para encontrar partes de nossa nave espacial para a nossa fuga. A surf music é um subproduto do nosso sistema digestivo alienígena.
Como está a expectativa de vocês em voltar ao Brasil?
Estou com grande expectativa para olhar tudo 2,5 anos mais velho desde a última vez que estivemos no Brasil, de acordo com o tempo espacial. Talvez esteja um pouco mais quente, devido às condições globais.
Quais suas lembranças do Brasil?
O Brasil é um dos lugares mais belos que eu vi. No entanto, a única memória que se destaca é o nosso publicitário nos levando a um restaurante em São Paulo, na torre da TV Band. Eu nunca tinha comido pizza com luvas e eu tinha certeza de que eu estava no futuro nesse jantar.
Como será o set da tour?
Tocaremos apenas material novo, com 20 minutos de jam surf music. Eu tocarei cítara em posição de lótus na maior patrte da noite.
Vocês tocarão no festival Psycho Carnival, com bandas de rockabilly e psychobilly. Como é para vocês tocar com banda de outros estilos?
Eu sempre ouvi dizer que a variedade é o espaço de vida.
Quais são seus cinco filmes favoritos de ficção científica ou horror?
Isso é uma coisa que sempre muda, está em evolução. Mas no topo na minha cabeça hoje estão:
“Contatos Imediatos do Terceiro Grau” (1977)
“Mortos de Fome” (1999)
“Lunar” (2009)
“O Enigma de Outro Mundo” (1982)
“2001: Uma Odisséia no Espaço” (1968).
Como está a cena de surf music no mundo? Onde há bom público e bandas?
A costa oeste dos Estados Unidos é a escolha óbvia se você está falando apenas de surf music. Há muitas bandas clássicas lá e a energia parece existir perpetuamente. No entanto, eu sempre flutuo para locais onde há bandas estranhas, com influências estranhas a partir das ondas de éter e que não estão necessariamente ligadas a qualquer cena ou local específico. Isso pode acontecer em qualquer lugar, às vezes, onde você menos espera.
Você conhece alguma banda brasileira de surf music?
Sepultura conta?!?
Como está o Man or Astro-Man? hoje? Vocês estão gravando um disco novo...
São informações confidenciais neste momento. Eu acho que este disco irá explorar o espaço mais obscuro e desconhecido que o habitual. Talvez um pouco mais instrumental, talvez.
A mistura de humor, ficção científica e surf music foi uma boa fórmula para atrair os humanos. A Terra foi uma boa escolha para vocês?
Não foi realmente uma escolha. Nós acidentalmente pousamos aqui e ainda não conseguimos encontrar o nosso caminho para irmos embora. Os seres humanos parecem achar isso engraçado.
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Fotos: Divulgação

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

The Cherry Bomb faz show histórico em Londrina

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O próximo sábado (7) será um dia histórico no rock em Londrina (PR). Isso porque a banda The Cherry Bomb (foto) voltará ao palco para um show único depois de quase uma década de ter acabado. O baixista e vocalista Rodrigo Amadeu passa férias no Brasil e agendou uma reunião da banda antes de voltar para a Inglaterra, onde mora.
Cherry bomb é um tipo de explosivo na forma de esfera proibido em muitos países. No aspecto cultural, a principal apresentação é o da música da banda The Runaways, gravada em 1976, que já foi tema de filmes em 2009 e 2010 e já entrou em diversas trilhas sonoras de filmes e series de televisão. Mas, para o rock paranaense é o nome de uma banda de Londrina de punk rock clássico, com influencias de The Jam, Johnny Thunders, Eddie & the Hot Rods e Buzzococks, sendo que já dividiram o palco com Pete Shelley em 2001.
The Cherry Bomb foi formada em 1996 e ficou na ativa até 2006. Depois de demo tape, CDs, vinil e vários shows memoráveis, os músicos tomaram rumos diferentes na vida pessoal e também na carreira musical. Até se reencontrarem novamente essa semana. O trio original Rodrigo Amadeu (vocal e baixo), Humberto Scaburi (guitarra) e Lucas Silva (bateria) toca no dia 7 de fevereiro de 2015, no Hush Pub (av. JK,472), em Londrina. A apresentação é o assunto principal nas conversas do meio roqueiro na cidade. E também é motivo de ansiedade entre a própria banda.
O Projeto Zombilly conversou com Rodrigo Amadeu e Lucas Silva sobre o show. Rodrigo Amadeu avisa que terá para vender o EP 7” de sua banda de garage rock em Londres, The Flying Rats.
ZOMBILLY – Como será o set do show em Londrina?
RODRIGO - Tocaremos sons de todas as fases entre 1996 e 2004. Mas esse show vai ser com a formação original da banda. Rodrigo Amadeu (vocal/baixo), Humberto Scaburi (guitarra) e Lucas Silva (bateria).
LUCAS - serão 24 músicas próprias desde a demo, passando pelo vinil até o ultimo CD “Disconnected Satellites”.
Só terá um show ou vocês podem tocar mais?
RODRIGO - Não sabemos ainda se esse será o único show. Até agora só temos esse marcado, mas não excluímos a possibilidade de fazermos mais algum, considerando que eu fico no Brasil ate dia 25 de fevereiro.
Quando foi a última vez que The Cherry Bomb tocou?
RODRIGO - O último show da banda como The Cherry Bomb foi em 2004 em Londrina. Depois tocamos mais uns dois anos com o pseudônimo de Os Substitutes, onde criamos um set list cantado em português. Na sequencia fui embora do país em maio de 2006. Na prática, essa será a primeira apresentação da banda num gap de quase nove anos.
Há a possibilidade de vocês gravarem algo agora?
RODRIGO - Existe sim a possibilidade de gravarmos algum single, contando que algum selo se comprometa a lançar o material em um vinyl de 7” em 45 RPM.
Como tem sido para você voltar a tocar com The Cherry Bomb?
LUCAS - Sinceramente tem muita emoção nisso! Não e só um simples show, mas sim uma reunião com os caras que aprendi a tocar. Humberto é meu primo, começamos  a curtir som juntos desde 1989. Em 1993 conhecemos o Rodrigo. Aí montamos uma banda com meu irmão. Aprendemos juntos, nos divertimos, brigamos, enchemos a cara... São mais de 20 anos. Para mim está sendo especial!
cherry bomb-discos
DISCOGRAFIA:
“Sad Songs for Happy Girls” (demo tape, 1996)
“Bombs to You” (LP, 1997)
“The Cherry Bomb” (CD, 1998)
"Light Up The Town Garage Takes" (CD, 2000)
“Disconected Satellites” (CD, 2003)
* Veja video do The Cherry Bomb com Pete Shelley em Londrina em 2001, tocando clássicos da história do punk rock.
Foto: Maíra Bette Motta