“Eu já tô [sic] meio bêbado... então, vamo que vamo!”
Assim começou o show do onemanband O Lendário Chucrobillyman, no Fernandes Bar, em Maringá, na noite do último sábado.
A monobanda de Koti começou a apresentação por volta de 0h05 e tocou até 0h57. O set foi alternado entre músicas do “Chicken album”, algumas antigas e várias novas. Ele abriu com uma instrumental já arrancando gritos do público pelo blues garageiro tocado na viola eletrificada. E seguiram “Whiskey and wine”, a agitada e muito aplaudida “Nothing to choose” (uma das novas e que ele gravou na Zombilly Tracks na mesma tarde) e as “chicken songs”. O músico solitário dedicou “Ezquizofrenic love” para quem já teve um amor doentio.
Koti arrancou risos da platéia quando anunciou que tocaria o “blues da galinha frita”. E mandou “Fried chicken blues” fazendo pios com a viola, o pedal loop e a voz.
Outra que foi acompanhada com aplausos foi a flamenca arrastada “Carmen”, que já até faz parte do repertório de outras monobandas. Além da influência Hasil Adkins, com “Chicken walk”, O Lendário Chucrobillyman fechou o show com outra cover. Dessa vez uma adaptação alucinada para “Long way from home”, um country clássico que ganhou várias regravações.
Koti já havia encerrado o show com um sorriso de satisfação no rosto e eu dei aquela tradicional pressionada de organizador para tocar um pouco mais. E sugeri uma do Hank Williams que havíamos comentando antes do show quando rolou uma música do mestre no som do bar. Koti deu risada, disse que não ia tocar, mas acabou cedendo. O que rendeu o melhor momento do show: a plateia acompanhou com palmas e na percussão. Koti ligou o loop novamente, fez um acorde, encostou a viola que ficou ressonando na parede e saiu tirando som com duas colheres e uma gravata de metal enquanto o público cadenciava com palmas e as partes da bateria.
ABERTURA
Além dos shows, a Zombilly apresentou no último sábado os vídeos “Rockabilly shakedown”, uma coletânea com bandas de rockabilly inglesas dos anos 80, e também o filme “Juventude transviada” (“Rebel Without a cause”, de 1955).
No som rolou Hasil Adkins, Hank Williams, Stray Cats, Frantic Flintstones, The Cramps, Johnny Cash, entre outros.
Já os shows de abertura ficaram por conta das locais Copacabana Pé Vermelho e Os Bandidos Molhados. Curiosamente, duas das bandas mais novas da cidade, mas com posturas diferentes. A primeira optou por gravar primeiro um disco antes de fazer shows (eles tocaram pouco até agora na cidade). A segunda já tem um bom público e tem alternado suas apresentações em eventos de gêneros variados, enquanto foi gravando suas músicas aos poucos. A banda lançará em abril seu terceiro EP somando já nove músicas próprias gravadas em estúdio.
O Copacabana Pé Vermelho abriu a noite por volta das 21h45 e tocou por aproximadamente 35 minutos. A banda é uma das poucas que explora referências locais nas letras das músicas, com algumas já cantadas pelos amigos no show. Como “Garota superencanada” e “O álcool e o tempo”. Já Os Bandidos Molhados não tem músicas cantadas pelos fãs, mas agitam o público facilmente. A banda começou por volta das 23h e foi até 23h37. Alternaram o set com músicas próprias, inclusive as novas, como “Sagaz” (?!?), - com clássicos da surf music e as versões do rock nacional que fazem o elo com o público não familiarizado com o gênero instrumental. O show foi fechado com a clássica “Miserlou”, o que garante o conceito de uma ótima apresentação. Tudo acompanhado pela primeira vez por familiares em um ambiente de respeito e diversão sadia!
Então, um muito obrigado a todos que foram, às bandas, a quem divulgou de alguma maneira e à família Fernandes Bar.
LINKS:
• música "Long way from home", com O Lendário Chucrobillyman, filmado por Alvaro Sasaki
• música nova dos Bandidos Molhados tocada na Zombilly, filmado por Carlos Emar.
• música "O álcool e o tempo", com Copacabana Pé Vermelho
• Resenha dos Bandidos Molhados sobre a festa
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3 comentários:
posso dizer que, sinceramente, foi o melhor evento deste ano em Maringá, gostei muito!
Mais uma vez valeu pelo convite Andye.
Muito bom ter participado da festa !!!
Realmente, um puta show do Chucrobillyman... e eu quase não fui...
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