domingo, 12 de fevereiro de 2012
Entrevista com Sick Sick Sinners
O Sick Sick Sinners é a banda brasileira que os gringos querem ver no palco. Os shows do trio curitibano costumam reunir muitas pessoas espremidas na frente do palco como também botam fogo no wrecking no meio do salão.
E o Sick Sick Sinners vem com novidade nesse Psycho Carnival. A banda tocará uma música nova e o set será baseado no disco “Hospital hell”, lançado no ano passado. É esse show que a banda apresentará na tour que fará em março na Europa.
Batemos um papo com o guitarrista e vocalista Vlad Urban que comentou sobre o set no festival, a tour européia e revelou detalhes interessantes sobre a organização do Psycho Carnival:
ZOMBILLY - No Pyscho Carnival do ano passado o SSS mostrou músicas que seriam lançadas depois no “Hospital Hell”. O que tem de novidade dessa vez no set?
Vlad Urban - Esse ano vamos tocar todas as músicas do Hospital Hell e talvez algumas coisas novas, acabamos de fazer uma musica nova chamada "Nasty Girl", vamos fechar definitivamente o set essa semana, e provavelmente vai ser o show da tour que vamos fazer na Europa.
Logo depois do Psycho Carnival o SSS parte em mais uma tour gringa. Como será essa tour?
Mais uma tour insana...são 14 shows em 17 dias. Vai ser paulera! É a tour do "Hospital Hell" na Europa. Vamos lançar em vinil o disco na Europa nesta tour e é um show que não fizemos lá ainda. Vamos passar por seis países e tocar em alguns festivais legais também.
Vocês vão tocar em locais que já tocaram ou será em lugares novos?
Grande parte dos shows são em algumas cidades que já tocamos, mas em lugares novos. Este ano vamos tocar na Espanha, coisa que não fizemos na tour em 2009.
Quais são as lembranças boas da tour passada? E as ruins, as “roubadas”?
A tour passada foi maior que essa que essa que vamos fazer. Mas foi excelente! Muito shows legais, tocamos em dois "squaters", na França, bem bacanas. Tocamos com muitas bandas legais, novas, como Lunatics, Green Moon Sparks, Dirty Horrible Bastards entre outras. Fizemos uma tour bem corrida. Acho que a maior roubada foi tocar no último dia, sair do show e ir direto para o avião, sendo que tínhamos tocado na noite anterior. E eu, pelo menos, não tinha conseguido tomar banho direito, por causa do frio. E também por que não tinha aquecimento no chuveiro, ou mesmo no prédio... foi punk.
Quais são as diferenças entre tocar no exterior e fazer tour no Brasil?
Cada lugar que você vai é diferente, mesmo quando vamos tocar por aqui. O que o que tem de legal, tanto na Europa como nos EUA, é esse tipo de circuito com vários shows em um pequeno período de tempo. Em relação ao público acho que o público brasileiro é mais quente. Mas mesmo isso não é tão diferente como em países como França e Espanha. Mas mesmo na Alemanha e Inglaterra sempre somos muito bem recebidos.
Como está o trabalho para lançar o segundo álbum do SSS?
Vamos nos preocupar com isso só no segundo semestre deste ano. Temos muitos riffs e músicas inacabadas na manga. Mas temos que ter tempo para realmente nos dedicar a isso. É legal quando você consegue fazer uma pré produção e pensar no disco. Estamos há muito tempo tocando. Tem muita banda que tem que fazer discos às pressas, por causa de contrato e acaba não conseguindo chegar aonde quer. O Sick Sick Sinners não tem contrato, então pode ter todo o tempo do mundo para fazer os próximos discos. Claro que também não queremos demorar muito para lançar um novo trabalho.
Tocar no palco do Psycho Carnival é um relaxamento no meio da correria de organizar o festival? Como é pra vocês esses dois lados?
Não acho que seja um momento de relaxamento porque, afinal de contas, estamos ali descendo a lenha, concentrados pra fazer um show legal. Mas com certeza alivia o stress a medida que você faz um outro tipo de trabalho. Mas depois que acaba o show o trabalho com o festival continua, volta a outra paulera. [risos]
Qual é a história desse Psycho Carnival... como foi pra escolher o Batmobile e o Coffin Nails?
Esse ano foi muito legal por que tivemos o apoio de um vereador de Curitiba, o Jonny Stica, que percebeu a importância do Psycho Carnival. Não só para o turismo mas também para a cena cultural da cidade. Com o apoio dele foi possível diminuir os custos do evento deste ano. Sempre é muito difícil conseguir apoio para um evento em Curitiba no carnaval, pois a maioria da população vai para a praia e o marketing promocional das empresas segue esse fluxo. Muitas vezes planejamos fazer um grande festival com apoios "certos" que não se confirmam e temos que cancelar uma ou outra banda no meio do caminho. Infelizmente. A escolha do Batmobile foi uma demanda do público. O que sempre norteia as nossas escolhas. E o Coffin Nails veio fechar com chave de ouro line up do festival. É muito bacana porque são duas bandas que tocaram no Klub Foot, meca da cena psychobilly mundial! É muito bacana reunir duas bandas deste quilates em um festival no brasil quase 30 anos depois.
Mais uma vez o festival será em um lugar diferente. Quais as dificuldades de se ter um lugar permanente prum festival que tem tanta visibilidade?
Na verdade fizemos essa opção justamente para facilitar para o público de fora de Curitiba. Cerca de 50% do público do Psycho Carnival não é de Curitiba. Quando você consegue encontrar um local central, perto de aonde a maioria do pessoal fica hospedado, é perfeito. Sempre temos bastante ofertas de local. Mas buscamos sempre o que vá atender melhor o público do festival.
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