quarta-feira, 24 de julho de 2013

Bad Motors divulga novo repertório no Paraná com pegada roqueira



A banda sorocabana de rockabilly Bad Motors volta ao Paraná esse final de semana apresentando um novo repertório. Os shows em Maringá (26 de julho) e Cianorte (27) terão mais da metade do set diferente do que foi apresentado nos shows que a banda fez na região em 2010 e 2011. São canções que estarão no segundo disco que deve ser lançado até o final do ano e mostram uma banda mais madura musicalmente e na postura. Tanto é que o baterista Bruno Pelissari agora toca sentado e não mais em pé. O que já rende brincadeiras entre o trio, como “o Bad Motors é uma banda de rockabilly formada exclusivamente por roqueiros”.
O Projeto Zombilly bateu um papo com a banda que anunciou novidades e comentou da expectativa de voltar ao Paraná onde tem muitos fãs e amigos.
ZOMBILLY - Como será o set do show em Maringá?
CRECK - O set a gente ainda não sabe, mas terá muitas músicas novas.
FERNANDO - Das 15 músicas que agente vai tocar, mais da metade são novas.
Como está o trampo pra gravação do disco do Bad Motors?
CRECK - Sobre o novo disco a gente está trabalhando e escolhendo as músicas ainda. A intenção é lançar um disco completo com 13 músicas e uma prensagem também em vinil. Tem um pouco de rockabilly e um pouco de psycho também, umas pegadas country que a gente curte muito também, eu em particular.
FERNANDO - O disco será independente, pode ser que role uma parceria na distribuição, com a Zombies Union [de Curitiba], mas ainda não está certo. O nome não está certo ainda, mas era pra ser "Hold Fast", que é o nome de uma das músicas novas.


Vocês tocaram em Maringá em 2010 e 2011... o que mudou na banda desde então?
CRECK - De 2010 pra 2013 o que mudou é que a banda ficou mais entrosada, músicas mais trabalhadas, muito mais bagagem... O Bruno [baterista] agora toca sentado com a bateria um pouco mais completa, o que deu uma pegada diferente.
FERNANDO – O Bruno ficou mais gordo... não aguenta tocar de pé [risos]. Quando o Bruno entrou para a banda, ele não sabia tocar bateria direito, ele é guitarrista. E a proposta da banda era ser um neo rockabilly bem parecido com Stray Cats. Tanto na parte sonora quanto no visual [risos]. Com o passar do tempo, vimos que nossa sonoridade não era parecida com Stray Cats, era mais pesado... e o Bruno ficou bem melhor na bateria, comprou um jogo de pratos melhor. E nossa pegada foi se tornando cada vez mais rock'n'roll, com mais "punch".
CRECK - A gente fez um show no Asteroid [bar de Sorocaba] numa pegada diferente junto com um show burlesco e o Bruno tocou sentado. A gente achou que assim o som da banda ficou mais "cheio". A partir daí o Bruno começou a estudar, se equipar e passou a tocar sentado.
FERNANDO - Depois do show do Caravans no Psycho Carnival, a gente ficou louco. Já curtíamos a banda pra caralho, mas depois de ver ao vivo... eles conseguem mesclar rockabilly, country e psychobilly, tudo muito bem dosado, e muito bem executado. E a gente sempre fez as músicas pensando nisso também. Sem se preocupar se é muito psycho ou muito country. E temos agora três músicas instrumentais.
 BRUNO - Um dos maiores motivos de tocar sentado é que possibilita fazer muito mais coisas. Tocar em pé é um pouco limitado e muito mais cansativo. Depois de estudar bastante bateria, principalmente Rockabilly Tradicional, Psychobilly Old School, Jazz e Blues, acabei mudando um pouco meu jeito de tocar, deixando o som do Bad Motors um pouco mais trabalhado, com mais elementos que antes não tinha. Estudei muito o estilo de tocar do Scott Churrilla, baterista do Reverend Horton Heat, do Johnny Zuidhof, baterista do Batmobile, entre outros.


Vocês já tocaram na América do Sul e ganharam destaque no Psycho Carnival como uma das principais bandas de rockabilly hoje no Brasil. Como vocês analisam a movimentação em torno de rockabilly no Brasil?
CRECK - Foi legal tocar no festival no Chile, foi uma experiência bem legal. Fomos como banda principal, fechamos a noite e fomos muito bem recebidos. É legal você estar em outro país e as pessoas conhecerem suas músicas. O Psycho Carnival nesse ano pra nós foi o melhor. Foi o terceiro ano consecutivo que a gente toca. Acho que pelo tempo que a gente tá tocando junto, sem mudanças na formação, tocando muito, fazendo músicas mais trabalhadas, essa bagagem fez com que a gente tirasse de letra alguns problemas que acontecem. Foi bem legal ser considerado um dos melhores shows de um evento desse porte. A gente ouviu isso de várias pessoas ligadas a organização e da imprensa que fazia a cobertura do evento.
FERNANDO - O rockabilly no Brasil está praticamente morto. As bandas que tem por aí só tocam cover. Com o fim do Crazy Legs acabou sobrando poucas bandas. Banda com som próprio tem a gente, o Red Lights Gang e mais umas em Curitiba.
Como é voltar a tocar em Maringá onde vocês fizeram muitos fãs?
FERNANDO - Eu acho Maringá uma das cidades mais legai pra se tocar. É bem parecido com Sorocaba, a galera é bem roqueira, gosta de curtir um som. E Cianorte é muito legal também, uma cidade super bacana, as pessoas daí são bem legais também. E vai ser legal tocar ai de novo, acho que como banda evoluímos 100% em relação da última vez que tocamos por ai...até as músicas antigas estão mais legais.

O Bad Motors toca no dia 26 de julho (sexta) no Tribo´s Bar, em Maringá, e no dia 27 (sábado) no Café do Pátio, em Cianorte.
Fotos: Andye Iore

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