As bandas de garage rock foram o destaque no primeiro final
de semana do AutoRock 2013. O segundo dia contou com as bandas The Black
Needles (de São Paulo) e o rockabilly do Bad Motors (de Sorocaba) e
discotecagem de Davi Coturnada rolando ska e punk rock. A noite no Kabana Bar foi
aberta pelo trio paulistano de garage rock mostrando músicas novas e contando
no final com a participação de um amigo gringo no sopro, com uma boa
performance de palco. Em seguida foi a vez do trio sorocabano fazer o público
dançar com seu rockabilly. O show teve músicas novas que a banda grava para seu
segundo disco e também um momento “emo” com o guitarrista Creck recebendo emocionando
no palco o travesseiro de estimação que havia esquecido no show em Maringá há
duas semanas. A curiosidade ficou por conta do bar que tem ambientação
inspirada na praia e um público que lotou o local, mas a maioria ficou
indiferente aos shows preferindo ficar na parte externa enquanto as bandas
tocavam.
Já o terceiro dia do AutoRock foi dedicado para a tosquice
barulhenta com o italiano Wasted Pido, o trio Human Trash e exposição artística.
O show no estúdio Carriero teve entrada gratuita e atraiu um público variado,
somando curioso e músicos roqueiros já familiarizados com o garage rock. A
atração gringa abriu a tarde por volta das 17h e chamou a atenção por tocar
sozinho, mostrando que ainda há muita gente na região não familiarizada com as
onemanbands. Pido fez um set agitado alternando com garage barulhento, country
e rockabilly, falando várias vezes em português com o público. Wasted Pido está filmando sua tour na América do Sul e quando voltar para a Itália publicará material sobre a viagem e os shows. Ele também gravou em Campinas entrevista exclusiva para o Projeto Zombilly para divulgação dos três shows que fará na próxima semana no Paraná.
Em seguida o trio Human Trash botou fogo no pequeno espaço
começando com sons mais rápidos do primeiro disco e depois passou a tocar as
músicas do segundo álbum que está em finalização. Nem mesmo as músicas mais “quebradas”,
com groove, deixaram o público parado. O fim do show foi apoteótico com a banda
promovendo uma sessão noise com parte do público se atirando em cima dos
instrumentos. Inclusive com um mais “assanhado” entrando no latão de lixo que a
banda usa como bumbo.
Só esses três dias do AutoRock já valeriam a pena para o
público. Mas é só começo e não foram nem 1/4 das bandas agendadas para o evento.
Nesses dias (sexta, 9, e sábado, 10) também tocaram Desenmascarado, Flesh Grinder,
Hutt, No Sense, Slag e Corazones Muertos. Mas por questões de logísticas e
físicas eu acabei não vendo. Mas já me senti muito satisfeito e com a sensação
de satisfação por ter vindo para Campinas e visto tantos shows bacanas em três
dias.
Fotos: Andye Iore
Nenhum comentário:
Postar um comentário