O filme “Drinking buddies” é uma celebração à amizade. E
também para a cerveja. Curiosamente, um aspecto pouco explorado nos cinemas,
apesar de ser muito popular em todo o mundo.
A história gira em torno de Luke e Kate que trabalham juntos
numa fábrica de cerveja. Os dois têm seus relacionamentos, mas se sentem mais à
vontade juntos. Principalmente, quando estão conversando fora do trabalho e
bebendo cerveja. Os encontros passam a ficar mais frequentes e a cumplicidade
aumenta. E, claro, o impasse e dúvida se devem seguir em seus relacionamentos
comuns ou tentarem ficar juntos graças às suas afinidades. E quase tudo é
motivo para sair para beber cerveja: o fim do expediente no trabalho, uma
mudança de apartamento, uma reunião, sair para a balada, um picnic, entre
outras situações.
“Drinking buddies” é cheio de planos- sequencia longos com a
câmera acompanhando os atores em duradouras conversas. Mas, isso não faz do filme chato. Pelo
contrário. Cria uma grande identificação com o público porque são
situações comuns com pessoas comuns.
A espontaneidade foi conseguida com um recurso bem simples:
a atuação foi improvisada porque não houve roteiro. Cada ator recebeu
informações previas sobre as cenas e locações e atuou como achou mais adequado.
Inclusive, cada um escolhendo o nome de sua personagem no filme.
A naturalidade chegou a tanto que em algumas cenas os atores
bebem cerveja de verdade. E alguns chegaram a ficar bêbados depois da gravação.
A ligação com a cerveja é grande. Destacando, claro, a ambientação. Há várias
cenas na fábrica aparecendo a linha de produção com as tinas e barris. Os atores
visitaram cervejarias para saber como se faz cerveja e terem mais embasamento
nas gravações. E a produção teve bastante cuidado ao colocar nas locações pints
e diferentes tipos de cervejas como pale ale, stout, entre outras.
“Drinking buddies” é uma comédia romântica dramática que foi
lançada em 2013 nos cinemas americanos. E ganhou dois títulos no Brasil: “Um brinde
à amizade” nos cinemas e “Um drinque ao amor” na televisão. O filme tem 1h30 de
duração e com destaque no elenco para a bela Olivia Wilde (de “Tron, o legado”,
2010). A direção é de Joe Swanberg, especialista em filmes sobre
relacionamentos, mas sem nenhum sucesso comercial. A trilha sonora é bacana com
rock alternativo e pop rock, mas nenhuma banda famosa. Apesar de na casa de um
dos personagens aparece um pôster do Stereolab.
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