A banda de psychobilly Nekromantix volta ao Brasil para dois
shows no final desse mês. As apresentações serão no SESC Belenzinho, em São
Paulo, no dia 29, e no Jokers, em Curitiba, no dia 30. Quem viu a banda em 2011
verá dessa vez uma nova formação já que a baterista Lux Drumerette saiu em 2014
e foi substituída por Adam Guerrero (ex-Rezurex). E o público também ouvirá
músicas novas do disco "A symphony of wolf tones and ghost notes" que
será lançado no dia 21 de outubro, período do Halloween nos Estados Unidos.
COMEÇO - O Nekromantix foi formado em 1989 em Copenhagem, na
Dinamarca, e a banda se mudou para Los Angeles (EUA) logo após lançar “Return of
the loving dead” em 2001, pelo selo Hellcat Records, de Tim Armostrong, do
Rancid.O baixista e vocalista Kim Nekroman é o único da formação
original, sendo que quase 20 músicos já passaram pela banda. Ele criou o grupo
num conceito de misturar Elvis Presley com o Lobisomem, narrando histórias de
horror nas letras. Com isso, a banda se destacou no cenário psychobilly que era
dominado por bandas inglesas na época. E, claro, a banda sempre teve uma
repercussão visual por Kim usar um coffinbass feito por ele mesmo. O que ajudou
a banda a tocar pelo mundo, desde a Europa, passando pelas Américas, até o
Japão.
O Nekromantix tem nove discos e está prestes a lançar o
décimo esse ano. O set list nos shows é um desfile de músicas bacanas cantadas
em coro pelos fãs, como “Subcultural girl”, “Nice day for a resurrection”, “Demons
Are a Girl's Best Friend”, “Necrofilia”, “Horny in a hearse”, “Alice in
psycholand”, entre tantas outras.
SIMPATIA - Essa será a segunda vez do Nekromantix no Brasil.
A primeira foi em março de 2011, quando foi headliner do festival Psycho
Carnival (vídeo abaixo), em Curitiba (PR). Além do show impecável, a banda esbanjou simpatia
circulando no meio do publico, inclusive estando disponível para conversar com
os fãs num bar da cidade. Aliás, o bom humor e a ironia são frequentes em Kim
Nekroman que disse ser um bailarino exótico ao ser questionado se tem algum
outro trabalho fora do Nekromantix. Confira a seguir a entrevista feita pelo
Projeto Zombilly com Kim Nekroman falando sobre os shows no Brasil.
ENTREVISTA
ZOMBILLY - Como está a sua expectativa para os dois shows do Nekromantix no Brasil em julho?
KIM NEKROMAN - Estamos bem ansiosos para volta ao Brasil. Na última vez foi no Psycho Carnaval, que é um grande evento. Por isso, agora estamos esperando locais menores e um público com uma atmosfera mais íntima.
ZOMBILLY - Como está a sua expectativa para os dois shows do Nekromantix no Brasil em julho?
KIM NEKROMAN - Estamos bem ansiosos para volta ao Brasil. Na última vez foi no Psycho Carnaval, que é um grande evento. Por isso, agora estamos esperando locais menores e um público com uma atmosfera mais íntima.
Você tocou no Brasil em 2011. O que mudou na banda ... o
baterista e mais alguma coisa?
Sim, a Lux não está mais na banda. O Adam assumiu as funções de baterista há quase dois anos. Fora isso, não muito mudou muita coisa na banda.
Sim, a Lux não está mais na banda. O Adam assumiu as funções de baterista há quase dois anos. Fora isso, não muito mudou muita coisa na banda.
Quais são as suas memórias da viagem e show no Brasil?
Bem, tivemos uma situação difícil em obter nossos vistos para aquele show de 2011. Tivemos de ir ao consulado brasileiro vários dias, pegamos filas e só um dia antes de embarcar que finalmente conseguimos os vistos. Quando chegamos no aeroporto o nosso voo foi cancelado e tivemos de fazer uma rota diferente. O que nos atrasou, chegamos no último minuto e fomos direto do aeroporto para o local do show. Isso foi um pouco estressante. Mas, apesar disso, nós tivemos um grande momento no Brasil.
Bem, tivemos uma situação difícil em obter nossos vistos para aquele show de 2011. Tivemos de ir ao consulado brasileiro vários dias, pegamos filas e só um dia antes de embarcar que finalmente conseguimos os vistos. Quando chegamos no aeroporto o nosso voo foi cancelado e tivemos de fazer uma rota diferente. O que nos atrasou, chegamos no último minuto e fomos direto do aeroporto para o local do show. Isso foi um pouco estressante. Mas, apesar disso, nós tivemos um grande momento no Brasil.
Se você tivesse ficado em Copenhague você acha que o
Nekromantix seria diferente agora?
Essa é uma pergunta difícil de responder. Mas, se isso tivesse acontecido e a banda tivesse membros diferentes, eu não acho que a banda seria tão diferente em tudo. Eu já fui perguntado sobre isso antes e acho que são as pessoas que estão conosco que fazem a banda e não o país em que vivemos.
Essa é uma pergunta difícil de responder. Mas, se isso tivesse acontecido e a banda tivesse membros diferentes, eu não acho que a banda seria tão diferente em tudo. Eu já fui perguntado sobre isso antes e acho que são as pessoas que estão conosco que fazem a banda e não o país em que vivemos.
Por que ficar cinco anos sem lançar um álbum?
Principalmente porque estamos muito ocupados com as turnês nos últimos anos. E também porque tínhamos um novo baterista. Por isso, precisávamos de algum tempo para nos certificarmos de que ele estava confortável na banda antes de gravar um novo material.
Principalmente porque estamos muito ocupados com as turnês nos últimos anos. E também porque tínhamos um novo baterista. Por isso, precisávamos de algum tempo para nos certificarmos de que ele estava confortável na banda antes de gravar um novo material.
O Nekromantix mistura rockabilly e heavy metal com
psychobilly. Como isso aconteceu na história da banda? Você decidiu fazer um
som mais rockabilly ou deixar o som mais pesado em outro disco?
Para mim não há gênero musical chamado psychobilly. Psychobilly é uma subcultura que une uma grande variedade de billy e música relacionada ao estilo billy. Em todos os nossos discos temos um pouco de tudo, desde o mais sossegado, para o mais pesado e mais rápido.
Para mim não há gênero musical chamado psychobilly. Psychobilly é uma subcultura que une uma grande variedade de billy e música relacionada ao estilo billy. Em todos os nossos discos temos um pouco de tudo, desde o mais sossegado, para o mais pesado e mais rápido.
O que você anda ouvindo hoje? Você ouve outro tipo de
música?
Eu escuto todos os tipos de música, dependendo do meu humor. Ninguém gosta de comer a mesma coisa todos os dias e é assim que me sinto em relação à música. Qualquer pessoa que ouvir um único tipo de música está realmente perdendo alguma coisa na vida.
Eu escuto todos os tipos de música, dependendo do meu humor. Ninguém gosta de comer a mesma coisa todos os dias e é assim que me sinto em relação à música. Qualquer pessoa que ouvir um único tipo de música está realmente perdendo alguma coisa na vida.
Você conhece alguma banda brasileira?
É claro .... Gilberto Gill e Roberto Carlos [risos]
É claro .... Gilberto Gill e Roberto Carlos [risos]
Eu acompanhei você discutindo com uma pessoa no Facebook ...
como você considera os fãs na internet hoje? As pessoas tornam-se donos da
verdade por trás do computador ...
A Internet é um lugar incrível para se conectar com fãs e amigos ..... infelizmente, é também um lugar para os perdedores expressarem suas opiniões de merda... ninguém se preocupa com eles.
A Internet é um lugar incrível para se conectar com fãs e amigos ..... infelizmente, é também um lugar para os perdedores expressarem suas opiniões de merda... ninguém se preocupa com eles.
Quando você começou o Nekromantix não havia internet. O que
ajuda e atrapalha hoje para você com a internet em relação à banda?
A mídia social é uma grande ferramenta para se conectar com os fãs e se mostrar para um novo e grande público. Tudo hoje é muito instantâneo. As pessoas querem a notícia antes que ela aconteça. Nós também somos uma banda que gosta de interagir com os fãs e nossos amigos.
A mídia social é uma grande ferramenta para se conectar com os fãs e se mostrar para um novo e grande público. Tudo hoje é muito instantâneo. As pessoas querem a notícia antes que ela aconteça. Nós também somos uma banda que gosta de interagir com os fãs e nossos amigos.
DISCOGRAFIA
* Hellbound (1989)
* Curse of the Coffin (1991)
* Brought Back to Life (1994)
* Demons Are a Girl's Best Friend (1996)
* Live Undead (2002)
* Return of the Loving Dead (2002)
* Dead Girls Don't Cry (2004)
* Brought Back to Life Again (2005)
* Life Is a Grave & I Dig It! (2007)
* What Happens in Hell, Stays in Hell! (2011)
* A Symphony Of Wolf Tones and Ghost Notes (2016)
* Hellbound (1989)
* Curse of the Coffin (1991)
* Brought Back to Life (1994)
* Demons Are a Girl's Best Friend (1996)
* Live Undead (2002)
* Return of the Loving Dead (2002)
* Dead Girls Don't Cry (2004)
* Brought Back to Life Again (2005)
* Life Is a Grave & I Dig It! (2007)
* What Happens in Hell, Stays in Hell! (2011)
* A Symphony Of Wolf Tones and Ghost Notes (2016)
Texto, video e fotos: Andye Iore
Nenhum comentário:
Postar um comentário