segunda-feira, 18 de julho de 2016

Nekromantix toca músicas novas na tour brasileira

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A banda de psychobilly Nekromantix volta ao Brasil para dois shows no final desse mês. As apresentações serão no SESC Belenzinho, em São Paulo, no dia 29, e no Jokers, em Curitiba, no dia 30. Quem viu a banda em 2011 verá dessa vez uma nova formação já que a baterista Lux Drumerette saiu em 2014 e foi substituída por Adam Guerrero (ex-Rezurex). E o público também ouvirá músicas novas do disco "A symphony of wolf tones and ghost notes" que será lançado no dia 21 de outubro, período do Halloween nos Estados Unidos.
COMEÇO - O Nekromantix foi formado em 1989 em Copenhagem, na Dinamarca, e a banda se mudou para Los Angeles (EUA) logo após lançar “Return of the loving dead” em 2001, pelo selo Hellcat Records, de Tim Armostrong, do Rancid.O baixista e vocalista Kim Nekroman é o único da formação original, sendo que quase 20 músicos já passaram pela banda. Ele criou o grupo num conceito de misturar Elvis Presley com o Lobisomem, narrando histórias de horror nas letras. Com isso, a banda se destacou no cenário psychobilly que era dominado por bandas inglesas na época. E, claro, a banda sempre teve uma repercussão visual por Kim usar um coffinbass feito por ele mesmo. O que ajudou a banda a tocar pelo mundo, desde a Europa, passando pelas Américas, até o Japão.
O Nekromantix tem nove discos e está prestes a lançar o décimo esse ano. O set list nos shows é um desfile de músicas bacanas cantadas em coro pelos fãs, como “Subcultural girl”, “Nice day for a resurrection”, “Demons Are a Girl's Best Friend”, “Necrofilia”, “Horny in a hearse”, “Alice in psycholand”, entre tantas outras.
SIMPATIA - Essa será a segunda vez do Nekromantix no Brasil. A primeira foi em março de 2011, quando foi headliner do festival Psycho Carnival (vídeo abaixo), em Curitiba (PR). Além do show impecável, a banda esbanjou simpatia circulando no meio do publico, inclusive estando disponível para conversar com os fãs num bar da cidade. Aliás, o bom humor e a ironia são frequentes em Kim Nekroman que disse ser um bailarino exótico ao ser questionado se tem algum outro trabalho fora do Nekromantix. Confira a seguir a entrevista feita pelo Projeto Zombilly com Kim Nekroman falando sobre os shows no Brasil.
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ENTREVISTA
ZOMBILLY - Como está a sua expectativa para os dois shows do Nekromantix no Brasil em julho?
KIM NEKROMAN -
Estamos bem ansiosos para volta ao Brasil. Na última vez foi no Psycho Carnaval, que é um grande evento. Por isso, agora estamos esperando locais menores e um público com uma atmosfera mais íntima.
Você tocou no Brasil em 2011. O que mudou na banda ... o baterista e mais alguma coisa?
Sim, a Lux não está mais na banda. O Adam assumiu as funções de baterista há quase dois anos. Fora isso, não muito mudou muita coisa na banda.
Quais são as suas memórias da viagem e show no Brasil?
Bem, tivemos uma situação difícil em obter nossos vistos para aquele show de 2011. Tivemos de ir ao consulado brasileiro vários dias, pegamos filas e só um dia antes de embarcar que finalmente conseguimos os vistos. Quando chegamos no aeroporto o nosso voo foi cancelado e tivemos de fazer uma rota diferente. O que nos atrasou, chegamos no último minuto e fomos direto do aeroporto para o local do show. Isso foi um pouco estressante. Mas, apesar disso, nós tivemos um grande momento no Brasil.
Se você tivesse ficado em Copenhague você acha que o Nekromantix seria diferente agora?
Essa é uma pergunta difícil de responder. Mas, se isso tivesse acontecido e a banda tivesse membros diferentes, eu não acho que a banda seria tão diferente em tudo. Eu já fui perguntado sobre isso antes e acho que são as pessoas que estão conosco que fazem a banda e não o país em que vivemos.
Por que ficar cinco anos sem lançar um álbum?
Principalmente porque estamos muito ocupados com as turnês nos últimos anos. E também porque tínhamos um novo baterista. Por isso, precisávamos de algum tempo para nos certificarmos de que ele estava confortável na banda antes de gravar um novo material.
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O Nekromantix mistura rockabilly e heavy metal com psychobilly. Como isso aconteceu na história da banda? Você decidiu fazer um som mais rockabilly ou deixar o som mais pesado em outro disco?
Para mim não há gênero musical chamado psychobilly. Psychobilly é uma subcultura que une uma grande variedade de billy e música relacionada ao estilo billy. Em todos os nossos discos temos um pouco de tudo, desde o mais sossegado, para o mais pesado e mais rápido.
O que você anda ouvindo hoje? Você ouve outro tipo de música?
Eu escuto todos os tipos de música, dependendo do meu humor. Ninguém gosta de comer a mesma coisa todos os dias e é assim que me sinto em relação à música. Qualquer pessoa que ouvir um único tipo de música está realmente perdendo alguma coisa na vida.
Você conhece alguma banda brasileira?
É claro .... Gilberto Gill e Roberto Carlos [risos]
Eu acompanhei você discutindo com uma pessoa no Facebook ... como você considera os fãs na internet hoje? As pessoas tornam-se donos da verdade por trás do computador ...
A Internet é um lugar incrível para se conectar com fãs e amigos ..... infelizmente, é também um lugar para os perdedores expressarem suas opiniões de merda... ninguém se preocupa com eles.
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Quando você começou o Nekromantix não havia internet. O que ajuda e atrapalha hoje para você com a internet em relação à banda?
A mídia social é uma grande ferramenta para se conectar com os fãs e se mostrar para um novo e grande público. Tudo hoje é muito instantâneo. As pessoas querem a notícia antes que ela aconteça. Nós também somos uma banda que gosta de interagir com os fãs e nossos amigos.
DISCOGRAFIA
* Hellbound (1989)
* Curse of the Coffin (1991)

* Brought Back to Life (1994)
* Demons Are a Girl's Best Friend (1996)
* Live Undead  (2002)
* Return of the Loving Dead (2002)
* Dead Girls Don't Cry (2004)
* Brought Back to Life Again (2005)
* Life Is a Grave & I Dig It! (2007)
* What Happens in Hell, Stays in Hell!  (2011)
* A Symphony Of Wolf Tones and Ghost Notes (2016)

Texto, video e fotos: Andye Iore

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