quinta-feira, 19 de junho de 2014

Quando The Cramps aliviou a barra de Morrissey

livro-capa smiths

Estou lendo o livro “A light that never goes out”, biografia do The Smiths escrita por Tony Fletcher. O livro tem 632 páginas e é repleto de curiosidades sobre o quarteto de Manchester. Estou na página 138 e ainda nem chegou o começo do The Smiths. Tantas páginas – praticamente um livro normalmente – somente para posicionar o leitor sobre questões políticas e sociais das famílias de Morrissey, Johnny Marr, Andy Rourke e Mike Joyce, indo da imigração para a Inglaterra até a formação escolar dos futuros astros pop em Manchester.
Entre tantas curiosidades, o livro relata que em 1979, quando Morrissey completou 20 anos, e vivia crises de identidade entre tentativas frustradas de entrar em bandas e mudanças de cidades, ele amenizou as mágoas ouvindo The Cramps. O que era algo bem destoante até então em suas influências musicais. As crises eram porque muitos dos jovens envolvidos com rock em Manchester já estavam assinando contratos com gravadoras e lançando discos e ele, um expert em assuntos culturais, não tinha nenhuma perspectiva de carreira artística ainda.

“...tentou afastar a crise iminente com uma enxurrada de duas semanas de filmes na televisão. Mas, aquilo não ajudou. ‘Quando eu me deitava à noite, tinha terríveis palpitações, porque estava muito preocupado. Eu acordava às 3 da manhã e começava a andar de um lado para o outro dentro do quarto’. Tirando seu abraço entusiasmado aos psychobillies americanos, The Cramps, o resto do ano passou batido..."

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