quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Professor de física faz cerveja como passatempo

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Beber cerveja vai além do abrir a garrafa e ingerir o líquido para o professor de Física, Alysson Steimacher (foto), 38 anos.
Depois de uma viagem para a Europa em 2008, decidiu fazer sua própria cerveja. “Quando provei uma Affligem, em um bar, a primeira coisa que pensei foi que havia algo errado com as cervejas no Brasil”, lembrou ao descobrir a diferença entre as insípidas pilsens em relação às artesanais.
Ele estava fazendo pós na França, num período que a cultura de cerveja artesanal ainda era restrita no Brasil. Em 2012 ele começou a colocar em prática estudando e fazendo contato com outros cervejeiros.
Comprou equipamento em 2013 disposto a fazer uma cerveja diferenciada. Mesmo que por hobby e em pouca quantidade . E batizou sua linha de Dead Panda Brew, usando como símbolo no rótulo um simpático ursinho... morto.
Steimacher faz uma media de 20 litros a cada produção e não vende. É para consumo próprio e mimos para poucos amigos sortudos. “Um dia, talvez eu largue tudo e monte uma cervejaria. Mas, por ora, é só um hobby bastante divertido”, considera o cervejeiro caseiro.

Ele já trabalhou em seis cervejas, sendo que a mais recente é uma Pumpkin Panda, com abóbora, especial para Halloween, com teor alcoolico de 4,5% e 30 IBUs. 
Steimacher saiu de Maringá para dar aula em uma universidade em Imperatriz (MA), numa distância de 2,3 mil quilômetros.
Ocasionalmente ele volta para Maringá trazendo na mala algumas garrafas de suas cervejas cuidadosamente embaladas para presentear os amigos.
Confira como o próprio cervejeiro avalia suas produções:
A primeira cerveja foi uma Blonde Ale, com lúpulos cítricos e adição de maracujá, para o aroma.
A segunda foi uma witbier, uma cerveja de trigo do estilo belga. Esta cerveja tem adição de sementes de coentro e casca de laranja.
A terceira foi uma cerveja bastante maltada, uma dubbel com adição de rapadura. A dubbel é um estilo que tem a adição de candy sugar (como a maioria das cervejas com mais de 6% ABV). Na minha versão troquei o candy sugar por rapadura.
A quarta foi uma Belgian Blonde Ale, uma Ale bastante frutada, com leve aroma de malte e levemente condimentada, características do fermento utilizado na receita.
A quinta foi uma American Amber Ale, uma cerveja bem seca, bastante maltada, com foco no aroma e sabor dos cinco diferentes lúpulos utilizados.
A última foi uma Pumpkin Ale, cerveja de abóbora especial para o dia das bruxas, bastante tradicional.
Os planos para as próximas são:
Uma Oatmeal Stout, nada clássica, maturada com sementes de Cacau.
Uma Weissbier , bem clássica.
Uma Triplel (algo tipo a Chimay White, ou a La Trappe), de uns 9% de ABV, bastante seca e com aromas frutados.

* Confira o perfil de Alysson Steimacher no Facebook.

Foto: Andye Iore

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