quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Lendas do psychobilly The Ricochets fazem show único no Brasil

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A lenda e uma das primeiras bandas do psychobilly mundial The Ricochets fará um único show no Brasil nesse final de semana. Eles têm origem numa banda de apoio chamada Pink & Black no final da década de 1970, formada por dois irmãos e um primo. Em 1979 surgiu The Ricochets já misturando o clássico rockabilly com punk, numa pegada mais rápida. Sonoridade que influenciou muitas bandas depois do lançamento do primeiro disco em 1982, “Made in the shade”, que é um clássico do psychobilly.

A banda seguiu sem muito sucesso até terminar em 1984 com a saída dos músicos para outras bandas como The Meteors e Guana Batz. Eles voltaram a tocar juntos em 1990 e dois anos depois lançaram outro álbum, “On target”. A banda lançou o terceiro disco em 2013, “Chain Dog”, e segue tocando até hoje em festivais pelo mundo. E será a atração principal da 16ª edição do Psycho Carnival, em Curitiba, com o line up original com Steve Sardi (guitarra), Sam Sardi (baixo), Dave Sardi (vocal) e Stephen Meadham “Ginger" (bateria).
A banda tocará no dia 15, domingo, no Espaço Cult. É certeza de casa cheia com muita gente se espremendo para ver de perto mais lendas do psychobilly mundial trazidas para o festival paranaense. A banda disse que preparou um set especial para os fãs e vai atender pedidos durante o show. “Queremos tocar músicas de todos os nossos três álbuns. Vamos tentar atender a todos os pedidos que fizerem”, anunciou Steve Sardi, que avisa que trará o disco “Chain Dog” para venda, além de camisetas da banda.
O Projeto Zombilly bateu um papo com o guitarrista Steve Sardi, 51 anos, que falou sobre a expectativa de vir ao Brasil pela primeira vez, comentou sobre o psychobilly no mundo e anunciou novidades sobre o próximo álbum.
ENTREVISTA
ZOMBILLY - Você está jogando por mais de 30 anos. O que te motiva a continuar fazendo rock?
STEVE SARDI -
Formamos os Ricochets 1979 e a banda acabou em 1983. Acabou porque queria continuar com meu trabalho regular durante o dia. E Ginger foi pro Meteors e Sam foi convidado a participar do Guana Batz. Nós voltamos em 1990 e estamos tocando desde então. Quanto à motivação, todos nós amamos o que fazemos! É ótimo quando você escreve novas músicas, novos riffs. O zumbido quando nós ensaiamos ainda existe. Estamos sempre tentando manter a música próxima de nós!
Você já tocou em diversos festivais. Como você rever a cena do rockabilly / psychobilly hoje?
Acho que a cena evoluiu. Nós começamos como uma banda tradicional de rockabilly, tocando covers clássicos de artistas da década de 1950. Foi só quando começamos a escrever nossas próprias músicas que isso evoluiu para o psychobilly e o neo-rockabilly. A cena ainda é grande na Alemanha e em algumas partes da Europa. Para nós é ótimo tocar nos Estados Unidos e no Brasil... e que isso continue por muito tempo!


Vocês são uma das primeiras bandas de psychobilly clássico. O que você acha das novas bandas que fazem um psychobilly mais pesado?
Quanto à música, há uma nova onda de psychobilly. Ele pode ser um pouco pesado para mim, em minha mente. Mas, eu acho que você tem que manter as raízes rockabilly. Não é 'Billy' se não há qualquer som de rockabilly!
Como foi viver a fase histórica do psychobilly? The Ricochets chegou a tocar no Klub Foot?
Estranhamente, nunca tocamos Klub Foot. Foi nessa época que a banda se desfez. Tocamos em muitos shows, principalmente em locais de rockabilly. Você tem que se lembrar, a cena estava passando por uma grande mudança neste momento. O psychobilly estava apenas começando a fazer seu nome. Lembro-me de tocar num grande festival rockabilly, o Caister, num fim de semana. Quando fomos no palco que estavam vestidos como gangsters, vestindo calças largas, camisas brancas, suspensórios e chapéus Trilby. Nós detonamos na primeira música. “Worried about you baby”, tocada num ritmo frenético. A multidão começou a dançar (wrecking, hoje). E isso era novo para a cena de rockabilly. O segurança pensou que todo mundo estava brigando! Só mais tarde é que eles percebem que a multidão estava reagindo ao ritmo da música! Foram grandes momentos inovadores!
Quais são as suas expectativas para tocar no Brasil, no Psycho Carnaval 2015?
Estamos todos realmente ansiosos por isso! Esta será a nossa primeira vez no Brasil. Espero que o público goste e tenhamos uma grande recepção! Estamos todos ansiosos para conhecer os fãs brasileiros!
Você sabe alguma coisa sobre o rockabilly e psychobilly brasileiro?
Não realmente. Eu sempre achei muito surpreendente que a cena se estendesse tão longe e em tantos países. Estou ansioso para ver algumas das bandas brasileiras.
Você tem interesse em ver algo sobre o Brasil se tiver tempo livre?
Esperamos aproveitar o máximo que pudermos o nosso tempo no Brasil. Obviamente, o tempo será um problema. Eu estou ansioso pelo clima quente!


O que vocês planejam para o futuro do Ricochets?
O nosso álbum mais recente “Chain dog” saiu em novembro de 2013. Ele foi muito bem recebido e ainda repercute bem. Esperemos gravar um novo álbum ou no final desse ano ou no início de 2016. Este será um álbum duplo, com um CD psychobilly e o outro será de rockabilly. Quero mostrar às pessoas as nossas raízes de rockabilly. Aguardem por isso!



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* Confira o grupo do The Ricochets no Facebook.
* Veja vídeo com The Ricochets tocando "Runnin wild" ao vivo.
Foto: Divulgação

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