segunda-feira, 5 de maio de 2008

Entrevista - Petter Baiestorf - Parte 2/2

Segunda e última parte da entrevista com o cineasta Petter Baiestorf:

Você se imagina sendo um artista venerado no futuro... tipo, aquilo que acontece com alguns depois que morrem, que passam a ser chamados de gênio, mas em vida eram ignorados?
BAIESTORF - Nunca penso nisso.


Qual é a evolução técnica de seu trabalho, desde equipamento, edição a maneira de filmar? Qual é o equipamento que você usa hoje?
Hoje em dia uso todos os formatos que encontro disponível. Tendo qualquer tipo de câmera hoje em dia você faz um filme, use a criatividade, aprenda a usar os programas de edição e tratamento de imagem, seja humilde e largue seus filmes por aí.

Como é o seu trabalho no exterior... filmes lançados, contatos, contratos, participações em eventos?
Recentemente descobri que ando meio cult em países como Portugal, Espanha, Alemanha e USA, dentro do pessoal apreciador de filmes independentes. Agora estamos cuidando de legendar toda nossa obra em inglês porque vai rolar lançamento de alguns filmes na Espanha e na Alemanha. No segundo semestre de 2008 deverá rolar uma mostra de filmes undergrounds brasileiros em New York com o pessoal da Troma nos apoiando. Mas, ainda não quero falar mais sobre essas coisas porque sempre pode acontecer algum imprevisto, como produtor independente faz anos que aprendi que nada está pronto ou certo até ser lançado [risos].

O que você planeja para sua carreira no futuro?
Tenho alguns planos mas acho melhor não falar sobre eles ainda.

E como é o conceito de trilha sonora para seus filmes?
Costumo usar quase só bandas independentes não lançadas por selos grandes. Se a banda só gravou uma demo tape é grande a possibilidade de eu usar o som deles, independente do estilo que tocam. Minha preferência vai nessa ordem: grindcore político, gore grind, punk crust, psycho e os outros estilos. Mas repito, uso som de todos os estilos porque em um filme sempre teremos vários climas dentro dele que necessitam de músicas diferentes umas das outras.

Leia a primeira parte da entrevista.
Foto: Andye Iore

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