Como foi o show

O rock tem coisas curiosas. às vezes organizamos shows com antecedência de dois meses, há uma forte divulgação, trazemos bandas de fora bem conhecidas e o público é pequeno. Às vezes, fazemos as coisas de maneira improvisada sem esperar muita coisa e vai um monte de gente.
Esta segunda situação foi o que aconteceu no último sábado em Maringá.
A programação do Tribo´s foi alterada e o Juninho perguntou se a gente descolava alguma banda para tocar no sábado.
Liga dali, liga daqui e as bandas já com agenda para o final de semana.
Só na sexta é que consegui confirmar com Os Bandidos Molhados... e nem estava considerando colocá-los porque já havíamos conversado antes sobre a Zombilly e o Encontro Jabiraka. Eles estão em estúdio gravando e estão dando uma segurada nos shows.
Mas rolou deles tocarem no sábado, então. Avisei o Juninho, coloquei na internet e já estava considerando um daqueles shows com poucas pessoas onde a gente fica batendo papo com os poucos camaradas presentes.
No sábado à tarde o Murilo (guitarrista dos Bandidos Molhados) me ligou avisando que havia chamado o Nanan & O Tanque para tocar também.
Seria o primeiro show deles nesta nova fase depois do Frank, the Tank.
Achei legal, pois eles já estão na lista para o Zombilly na Terça e veria a banda antes. Para completar, rolou até um cartaz feito pelo Thiago Soares (do Espora de Galo).
O que rolou é o que vocês podem ver na foto acima: deu muita gente no bar em um show confirmado um dia antes e com uma das duas bandas agendadas no dia.
O clima estava tão legal que até rolou um air surf coletivo no final do show dos Bandidos Molhados.

E o mais bacana da noite: rolou um cachê.
Convertemos a grana para Os Bandidos Molhados para ajudar na gravação do disco.
Esta é uma das coisas que venho trabalhando para dar uma ajuda efetiva para as bandas e acabar com essa coisa de que banda de Maringá tem que tocar de graça ou que só se lembra na hora de abrir show de banda de fora. E estamos tentando reunir o máximo possível de gente nessa parada porque todo mundo sai ganhando. Uma coisa é bem simples: a banda ganhando uma graninha, se empenha em chamar mais gente pros shows.



O Nanan & O Tanque (foto acima) começou a tocar por volta das 0h40 e fez um set de 40 minutos.
O quarteto com violão, guitarra, baixo e bateria mostrou um repertório com músicas em português misturando rock com influência de música brasileira e muito técnico.

Os Bandidos Molhados começaram por volta das 1h45 e tocaram até 2h36.
Além dos clássicos "Rumble", "Tequila", "Wipe out", "Miserlou", também rolou Os Ostras, João Penca & Seus Miquinhos Amestrados, Os Incríveis e Ultraje a Rigor. A banda mostrou músicas novas que estarão no novo EP "De Cienfuegos a la Habana", como "El camino" e "Surfista de trem".

O público que ficou ainda viu depois o revival do Frank, the Tank e uma jam session no final.
Uma noite divertida e muito misteriosa ...







Fotoa: Andye Iore