Na época da
loja maringaense O Porão Discos na década de 1990 o selo Baratos Afins era um
dos fornecedores de discos de vinil. Devido aos compromissos comerciais e
correrias das viagens a São Paulo nunca tive a oportunidade de conversar além
dos negócios com o proprietário Luiz Calanca. Eram sempre encontros rápidos e
formais para que eu tivesse tempo de ir a outros lugares.
Resolvi esse
ano acabar com essa falha de comunicação e registrar em entrevista no Projeto
Zombilly essa personalidade do mercado fonográfico brasileiro. Em agosto passei
na Baratos Afins e aguardei até que Calanca pudesse me atender para uma
entrevista. Mesmo com interrupções de funcionários e clientes, foi um bate papo
bem bacana com aproximadamente 50 minutos de duração.
Calanca parou
o trabalho com discos importados que fazia no piso superior da loja na Galeria
do Rock e me atendeu numa entrevista descontraída e bem interessante. De óculos
escuros e boné do The Jordans, ele falou o atual mercado de vinil brasileiro,
das feiras de discos, da imprensa cultural, economia, política, de seu catálogo
de discos, entre outros assuntos, resumidos num vídeo com 9min23.
Sempre
crítico e bem humorado, ele segue trabalhando mesmo contra recomendação médica
devido cirurgia no olho num problema causado pelo glaucoma. “Essas coisas
modernas são muito obsoletas. Ficam ultrapassadas num curto espaço de tempo”,
comentou a relação da atual tecnologia com os vinis. E não deixou de cutucar a
grande mídia por não apresentar uma cultural de qualidade para a população. Além
de uma apurada visão política. “Em vez de bater panela, de ‘Fora Dilma’, as
pessoas deviam ir atrás de baixar salário de político, do preço do disco...”.
Clique no quadro acima ou no link aqui para ver a entrevista com Luiz Calanca.
Clique no quadro acima ou no link aqui para ver a entrevista com Luiz Calanca.
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