quinta-feira, 3 de março de 2011

Sick Sick Sinners, a banda gringa do psychobilly brasileiro


A banda curitibana Sick Sick Sinners pode muito bem ser considerada uma atração internacional no Psycho Carnival. Apesar de tocar em casa, a aglomeração na frente do palco e o wrecking é tão ou maior que nos shows das bandas gringas.
E vendo a banda tocar e a atração que exerce nos músicos das bandas internacionais, é uma satisfação saber que acompanhamos o começo, as mudanças na formação e a evolução do Sick Sick Sinners até hoje.
A banda lançou o disco "Road of sin" em 2007 e se prepara para lançar o EP "Hospital hell", inclusive já com acerto com uma gravadora americana. O Sick Sick Sinners já tocou pelas Américas e Europa e tem um grande público no exterior.
Batemos um papo por email com o baixista e vocalista Cox e ele comentou como será o show no Psycho Carnival e outras novidades sobre o Sick Sick Sinners.

ENTREVISTA
ZOMBILLY - Como será o set do Sick Sick Sinners no Psycho Carnival?
COX -
Terá claro, algumas clássicas do nosso primeiro álbum “Road of Sin”, inclusive uma ou outra que faz algum tempo que não tocamos. E também vamos tocar as músicas do próximo EP “Hospital Hell”, como “Diabolica Sed” ou a própria faixa título. E como no novo EP também terá algumas versões vamos incluir algumas no show do festival, com cerveja!

Como você avalia o fato das bandas gringas virem ao Brasil tocar no festival e acabam se impressionando com as bandas brasileiras?
É uma das coisas mais gratificantes depois de todos esses anos de guerra! Algo que há uns dez anos atrás era quase impossível de se pensar. Primeiro só o fato de trazer bandas de fora já era algo “impossível” e foi acontecendo aos poucos. Depois de muitos anos batalhando, então, pra nós termos essa admiração do pessoal de fora é realmente especial. E indo pra fora também vendo como funciona a cena em outros países, reconhecemos que temos algo que muitos deles não têm. E vice-versa, é claro!

Como está o planejamento para o segundo álbum?
Está (quase) tudo pronto. A parte de gravação e mixagem está terminada e temos até um selo de um amigo nos Estados Unidos, chamado Loveless Beat Records, que vai lançar em vinil por lá. Só estamos aguardando a parte da arte que finalizando já vai pra prensa!

As músicas serão diferentes do “Road of sin” em alguma maneira, já que vocês vinham tocando as do primeiro disco desde 2006?
Sim, e não... Com certeza está um pouco diferente. A formação mudou um pouco desde o primeiro disco, o Magrão, foi substituído por Emiliano na bateria. Então a pegada já mudou um pouco, está um pouco mais pesado e brutal, eu acho. Mas não tem como mudar muito, a cara do som ainda é a mesma, é o estilo da banda.

Como é a imagem, repercussão do Sick Sick Sinners no exterior, quais países vocês tem mais destaque?
A gente teve a sorte de ter tocado já em muitos lugares pra fora e em todos tivemos uma ótima repercussão. Claro que em alguns lugares mais, por ter mais público ligado ao estilo, em outros menos, como na América do Sul, países como Argentina, Uruguai e Chile, têm uma cena menor do que na Europa ou EUA. Mas mesmo assim a repercussão foi ótima. Mas nos Estados Unidos, por exemplo, acho que temos um de nossos maiores públicos, com certeza! Desde a época d’Os Catalépticos sempre tivemos um público fortíssimo na Califórnia e isso continuou com os Sick Sick Sinners nos anos seguintes. Na Europa também foi impressionante, pois era uma coisa muito difícil antes com um som mais pesado na cena Psychobilly européia, que sempre foi mais tradicionalista e tivemos uma ótima aceitação na turnê de 2009. Principalmente na França, Holanda e Áustria.

Apesar dos espaços (festivais e “pólos” como Curitiba, São Paulo e Londrina), as bandas do cenário billy ainda tem muita dificuldade em se manter no Brasil e gravar discos ou fazer tours. O que falta para melhorar isso?
Acho que uma estrutura geral, desde as próprias bandas, algumas vezes falta uma qualidade musical maior. Também o lado profissional, como gravações, shows e divulgação. Claro que para mim, antes de qualquer coisa, tem que ter alguma “alma” no som da banda, não que tenha que ser super bem tocado ou cheio de técnica, isso nada vale se não tiver a essência do som, a “alma”. Outra coisa importantíssima é também os lugares para tocar. Primeiro, é claro, existir aonde tocar, e depois a estrutura geral, desde a aparelhagem até a divulgação. O que também é essencial, pois sem o público, não há cena.


• Confira fotos do Sick Sick Sinners tocando no projeto Zombilly, em Maringá.
• Veja video de "Nitro girl", com o Sick Sick Sinners.
• Confira o site do Sick Sick Sinners.
Fotos: Andye Iore

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