quarta-feira, 23 de março de 2011

Zombilly entrevista Dead Elvis


Se você conversar com Dead Elvis não estranhe. Ele faz questão de se manter no personagem até fora dos shows. E até brinca quando está sem máscara montando o equipamento e alguém pergunta sobre onde está Dead Elvis. Ele diz que está no hotel descansando e que ele é o roadie. Então, se prepare para muitas brincadeiras de que esse holandês é mesmo o Elvis Presley que morreu, saiu do túmulo como zumbi, ficou rondando por aí até voltar a tocar rock no formato de onemanband.

Ele começou a tocar em 2004 e lançou vários singles em vinil. Resistiu ao CD até o ano passado, quando lançou “Dig ´em up” porque muitos fãs pediam CD porque não tinham toca-discos para rodar os vinis.
O som é primitivo, numa mistura de rockabilly com garage e a diversão rola solta no formato monobanda com Dead Elvis & His Onemangrave tocando bateria, guitarra e cantando sozinho no palco. Há letras com historias de horror, baseadas no fato dele ter saído do túmulo para fazer rock. A influencia vai dos clássicos do gênero como The Cramps e Hasil Adkins, passando por Johnny Burnette até o obscuro Jack Starr.

A tour “Rumble in the jungle” tem shows agendados no Brasil, Argentina, Uruguai e Chile entre março e abril. No Paraná há somente três datas: Paraíso do Norte (30), Maringá (31) e Curitiba (1º de abril). A abertura é das monobandas The Amazing Onemanband (do Uruguai) e The Fabulous Gogo Boy From Alabama (de São Paulo). Há ainda a possibilidade de um show extra na noite com a garage band The Great Munzini & The Astonishing Sotos.
Dead Elvis já deixou fãs por toda a Europa e Ásia e agora quer cativar uma zumbizada brasileira, garantindo fãs com a venda de diversos produtos nos shows como camisetas, CDs, posters, entre outros.
O Projeto Zombilly bateu um papo com Dead Elvis:

ENTREVISTA
ZOMBILLY - Como você teve a idéia de Dead Elvis?
DEAD ELVIS -
Depois que eu morri, eu estava apenas andando por aí como um zumbi e sem fazer muitas coisas. Então, em Los Angeles, de repente, eu tive a ideia: fazer um retorno da sepultura! No começo eu pensei em chamar alguns amigos e montar uma banda com o nome "Dead Elvis & The Undertakers" ou "Dead Elvis & The Graveddigers", ou algo assim. Mas depois de refletir percebi que seria melhor fazer sozinho.

Você teve bandas antes de começar a tocar como onemanband?
Antes disso eu estava morto na sepultura por algum tempo. E antes disso eu toquei em várias bandas. Mas hoje eu tenho uma maneira muito obsessiva de trabalhar. Eu sou muito criativo. Trabalhar com outros músicos só iria me atrasar. Sozinho eu sou livre para fazer o que eu quero. Eu faço a minha própria música, capas de discos, sites, cartazes, vídeos e todas os outros trabalhos. Eu gosto de fazer essas coisas e isso me poupa muito tempo.

Como foi o início como onemanband?
Desde que eu saí do túmulo foi tudo muito rápido. Lancei um monte de discos de vinil pela Squoodge Records e Luna Sounds, da Alemanha, e estou viajando por todo o mundo para a tocar. Tem sido uma montanha-russa desenfreada que eu nunca sonhei andar e eu adoro cada minuto dela!

Você sabe algo sobre o rock brasileiro? Sobre as nossas monobandas...
Eu sei que há um monte de onemanbands no Brasil e países vizinhos. Algumas das minhas favoritas são The Amazing Onemanband, The Fabulous Go Go Boy From Alabama. Mal posso posso esperar para conhecer Chucrobillyman, Chuck Violence, Iguan White e muitas outras!

Como está sendo a turnê brasileira?
Já fiz quatro shows até o momento e tudo está sendo totalmente incrível! Haverá mais 16 shows no Brasil, Uruguai, Argentina e Chile e acho que vai ser explosivo! Devo dizer que estou em muito boas mãos aqui. A Mamma Vendetta [que organizou a tour] está cuidando muito bem de mim!

Você tem interesse em algo especial nesta turnê pela América do Sul?
Eu normalmente faço as coisas conforme elas vão acontecendo sem nenhuma expectativa. Mas seria legal viajar e ver um pouco mais desse belo país que é o Brasil. Também não me importaria de conhecer as belas praias!

Você já tocou na Europa, China, Japão ... quais são as diferenças entre esses públicos?
A melhor coisa sobre viajar e fazer turismo em todo o mundo é descobrir que todas as pessoas em todos os lugares são iguais. Quando as pessoas vão aos meus shows, geralmente ficam bastante espantadas e chocadas! É isso que o selvagem rock´n´roll faz você querer dançar!

Qual a sua opinião sobre gravar um disco hoje? Um artista independente pode sobreviver só com a internet ou tem que fazer um registro físico?
A Internet é ótima para contatos, promover seu trabalho e vender seu material. Mas não há nada que supere lançar um disco de vinil na minha opinião!

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