Bang Bang Babies lança 7” por selo próprio

A banda goiana de garage rock Bang Bang Babies (foto) já está com disco novo disponível. O single homônimo tem três músicas em tiragem numerada de 300 cópias em vinil. Para marcar os dez anos de banda em 2015 eles criaram um selo próprio - Mandinga Records - que já tem outros dois lançamentos em produção. Além de um álbum novo do Bang Bang Babies a ser gravado no Estúdio Caffeine, em São Paulo.

A Mandinga Records focará no rock tosquera seguindo selos europeus que fazem esse tipo de trabalho. “Queremos suprir a carência de selos no Brasil que lancem compactos e sejam voltados para grupos de garage e lo-fi”, explica o vocalista Pedro Rabelo. Os próximos lançamentos do selo serão a banda Jazz Beat Committee e um split entre Os Savages e Dees Grace Combo.

“Bang Bang Babies” é o quinto disco da banda que foi formada em 2005 em Goiânia (GO) com influências de The Cramps e Link Wray. A banda é Pedro Rabelo (guitarra, vocal e theremin), José Vital (guitarra, vocal), Renato Tavares (baixo) e Sérgio Henrique (bateria).

DISCOGRAFIA
- “Bang Bang Babies” – EP em CD de 2006 com cinco músicas. Esgotado;
- “Full love and bullets” – CD de 2008. Disponível por R$ 10;
- “Constant headache” - single virtual de 2010;
- “Natural” – single em vinil de 2011. Disponível R$ 25;
- “Bang Bang Babies” – single em vinil de 2014 com três músicas. Disponível R$ 20.

DISCOGRAFIA COMENTADA POR PEDRO RABELO
- Bang Bang Babies (Fósforo Records) - Lançamos esse EP quando a banda tinha pouco mais de um ano. As faixas refletem justamente essa energia juvenil e empolgação de quem acabou de montar uma banda de garage. Foi gravado por Gustavo Vasquez (que hoje é referencia na produção musical goiana) quando ele tinha acabado de voltar para Goiânia.  As cinco músicas soam altas e energéticas, sendo possível encontrar até alguns timbres mais “pesados” em algumas das faixas. Continua sendo um dos meus favoritos até hoje, e faixas como “O homem não pisou na lua” e “heart’s crash” ainda figuram em nosso set list.

- Love and bullets (Monstro Discos) - Gravamos outras quatro faixas, mais uma vez com o Gustavo, no estúdio Rocklab, que teoricamente iriam sair em um compacto 7”, mas não deu certo. Tempos depois fomos aprovados em uma lei de incentivo para fazer um disco completo. Acho que erramos na composição do repertório, fizemos as músicas meio que “nas coxas” pra lançar o mais rápido possível. Esse foi o erro, pois eu acho esse disco meio inconstante, algumas das faixas não encaixariam no Bang Bang Babies hoje em dia. A produção ficou um pouco mais enxuta e menos barulhenta que o primeiro EP. Mesmo assim o disco tem bom momentos como “Borracho”, “My pins in your voodoo doll” e “Mademoiselle”.

- Constant headache (single virtual) – Iniciamos o processo de produção do EP “Natural” em 2009, mas o lance demorou mais que a gente esperava. Enquanto o 7” não saia, a gente resolveu gravar duas músicas e lançar na internet. Gravamos “Constant Headache” e “Brain Massage” no estúdio Loop. O resultado foi satisfatório , acho a faixa título é bem legal, mas eu mudaria os timbres de bateria se pudesse fazer novamente

- Natural (Tosco Brasil) - Após lançar o “Love and bullets”, resolvemos fazer uma mudança geral no modo de produzir nossas músicas. Começamos a ficar fissurados em bandas de Garage mais lo-fi, como Oblivians, The Mummies e Gories. O disco foi produzido por Mauricio Mota (ex-Hang the Superstars) em um processo longo e complicado, em busca de timbres mais toscos, abandonando a tecnologia utilizada até então. Foi gravado em tape, no Tascam 4track, do Mauricio. Deu um trabalho danado, muita gente não entende esse disco ainda, mas ficou na vibe que a gente queria. Até o Jello Biafra comprou esse compacto, quando foi visitar um sebo no Rio de Janeiro. Impossível dizer que o trampo não valeu a pena.

- Bang Bang Babies (Mandinga Records) – Depois do “Natural”, passamos por algumas experiências não muito satisfatórias de gravações caseiras, por isso ficamos um bom tempo sem lançar nada. Mas isso contribuiu para a banda ficar mais concisa. Até que em 2013 fizemos essa sessão de gravação no Loop Estúdio, com o auxilio de nossos amigos Benke e Fernando (da banda Boogarins). Foi feito tudo praticamente ao vivo e o resultado agradou muito. Das quatro faixas que gravamos, três foram lançadas no 7” que marca o início da Mandinga Records. A faixa que sobrou chama se “Barco do Amor”, é um cover de uma banda goiana chamada “A Coisa” e deve sair em uma coletânea na França.


LINKS DO BANG BANG BABIES
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Foto da banda: Renato Vital