quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

The Krents lança culto clássico em nova roupagem no Psycho Carnival

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Além das bandas gringas clássicas King Kurt e The Sharks, o Psycho Carnival 2014 também tem em seu line up duas bandas clássicas do cenário billy brasileiro. O Kães Vadius foi anunciado de última hora. A outra é o The Krents (foto acima)  O quarteto tocou no ano passado depois de um tempo desativado. Esse ano eles prometem um show que vai deixar os fãs com aquela vontade de “quero mais”, já que estão preparando a gravação do disco novo depois de mais de uma década sem gravar. Quem for ao show em Curitiba verá e ouvirá ao vivo algumas dessas músicas.
O Projeto Zombilly entrevistou o vocalista Luiz Teddy que falou sobre a ansiedade de tocar novamente no festival, a alegria de ver bandas que foram a base de sua formação roqueira, comentou sobre as novidades da banda, entre outras situações que sempre rendem boas histórias para os amigos e fãs. O The Krents será a terceira banda a tocar no Jokers Pub, no sábado (1º de março), à noite.
ENTREVISTA
ZOMBILLY - Como será o set do The Krents no Psycho Carnival 2014?
LUIZ TEDDY -
Então fellas, como sempre rola uma puta ansiedade para chegar logo o Psycho Carnival. Para este ano, o Krents preparou um set com os clássicos e também mais quatro sons novos e um cover de uma banda punk que foi muito bem recebida nos últimos shows que fizemos. Entre as músicas novas posso destacar o som “Culto dos Krents” que leva o nome da banda e é um verdadeiro batismo. E também a música “Cheiro de Cela”, que conta a história de 54 trutas que ficaram presos na mesma cela. Som foi escrito pelo meu amigo Therencio quando dividimos o mesmo quarto com mais uma porrada de gente em um dos festivais em Curitiba.
Qual a formação que tocará no The Krents dessa vez?
Quando recebemos de última hora o convite, juro que bateu o desespero. Afinal, participar do festival é um puta reconhecimento e um enorme prazer. Sem contar em ver outras bandas e rever os amigos espalhado pelos cantos. O problema é que demorou tanto para fechar que nosso guitarrista Lucas havia marcado uma outra viagem e com isso ou era abandonar ou correr atrás de alguém que tivesse a mesma pegada. O primeiro nome que veio na minha cabeça foi o Arroz, guitarrista do Kães Vadius e Reverendo Frankenstein. Pensei nele porque já era uma vontade minha fazer alguma coisa com este fella. Inclusive quando estava para voltar com a banda, foi um cara que chamei para o projeto. Na mesma hora ele topou tocar em Curitiba e com isso mais uma vez a galera vai poder ver um show histórico e exclusivo dos Krents. Tivemos menos de um mês para deixar os sons em ordem. E, o mais legal, um puta sinônimo de camaradagem é o próprio Lucas ajudar a passar os arranjos para o Arroz. Tenho certeza que vai dar tudo certo e que nosso fella não vai levar em banho-maria, vai chegar fervendo!
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Vocês tocaram no ano passado e estavam "meio fora de forma", há um tempo sem tocar ... agora a banda já fez outros shows ... qual será a diferença?
Nunca achei a banda fora de forma... [risos] Talvez, eu esteja um pouquinho, afinal rodei com o pneu murcho bastante tempo. Meu cabelo está cada dia mais branco, não tinha barriga e agora tenho, síndrome do pânico, colesterol alto... Mas, é o preço que se paga por tantos anos de lazzzer fodido. Espero aguentar pelo menos mais 40 anos. No ano passado estávamos um pouco inseguros. Afinal já fazia muito tempo que não tocávamos em Curitiba. Éramos a segunda banda, o primeiro festival do nosso batera. Eu também estava bem emocionado de voltar a tocar com o Krents, tenho muitas histórias em Curitiba, é difícil de explicar.
Como está sua expectativa para ver duas bandas clássicas do cenário mundial como King Kurt e The Sharks?
O Vlad e a trupe mais uma vez nos surpreendendo com as bandas internacionais que fazem e fizeram a história do psychobilly. Sabe, nunca imaginei ver tantas bandas que já vieram para o Brasil que nem sei mais o que falar. Para ser sincero, falta muito pouco para eu dizer que vi tudo que queria. O King Kurt tem um lance muito especial. Foi uma das primeiras bandas que vi em vídeo, meu pai adorava os caras. Lembro que quando eu era adolescente, meu sonho era fazer um show igual aos do King Kurt... aquilo sim era uma putaria total. Ver os caras no Brasil, não tem preço que se paga.. Tenho certeza que vão se arrepender por não ter vindo antes. Ou teremos mais um tranqueira querendo morar por aqui.
Como está o trampo pra gravar disco novo?
Depois de tanto tempo, quem diria que o Krents voltaria aos estúdios e com um pique de uma banda que estreou agora. Por enquanto estamos fechando o set, vomitando ideias, escrevendo novos sons e pensando no projeto como um todo. Não dá mais para ficar debruçado em cima de músicas que foram gravadas há mais de dez anos. Hoje a banda não tem mais nada a ver. Já passou da hora de mostrarmos essa nova voltagem e que a banda não está nada fora de forma. Voltando de Curitiba, teremos muito trabalho pela frente...

Fotos: Andye Iore
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