terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Killing Chainsaw volta a tocar

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ATUALIZADO - A cena alternativa brasileira da década de 1990 foi tomada por uma variedade das chamadas “guitar bands”. Termo não muito correto, já que a maioria das bandas de rock usa guitarra. Mas, foi o que a imprensa brasileira melhor pensou para definir bandas como Pin Ups, Killing Chainsaw, Low Dream, Second Come, Pelvs, Mickey Junkies, Snooze, brincando de deus, Wry, entre tantas outras.
Dessas citadas, a única que não fez um show de “reunião” foi a Killing Chainsaw. Até agora. A banda se reuniu com a formação de Rodrigo Gozo (guitarra), Rodrigo Guedes (guitarra), Pedro Rosas (bateria) e Gérson Raseras (baixo). O motivo principal da reunião é um documentário que é feito por Caio Augusto. Mas eles já ensaiam para shows e gravação de um disco novo. Inclusive já tendo tocando novas composições nos ensaios.
HISTÓRIA - O Killing Chainsaw foi formado em 1989 em Piracicaba (SP). A sonoridade é uma mistura entre Sonic Youth, Helmet e Kiss. Mas, sem que essa mistura tivesse referencia na época no rock brasileiro. E isso foi um dos fatores que ajudou a banda a ganhar muitos fãs e um público que cantava as letras em inglês das músicas em coro. Um exemplo disso foi que eles colaboraram com seu show (foto abaixo) para criar a mítica em torno do lendário festival Juntatribo em Campinas (SP), em 1993.
Outro aspecto que criou grande identidade com o público jovem foram as referencias de cultura pop. Letras e nomes de músicas com personagens de filmes e quadrinhos oitentistas, como “De volta para o futuro” (1985), a comédia clássica da rebeldia juvenil “Picardias estudantis” (1982), trashmovies com serra-elétrica, “Uma Cilada Para Roger Rabbit” (1988), entre outros. E, claro, a principal delas: a capa do primeiro álbum é cena de “Akira” (mangá 1982, animação 1988).
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Não só a imprensa especializada que cobre o rock independente transformou o Killing Chainsaw numa lenda, como outras bandas do meio ajudaram nisso. Como Pin Ups e Wry que regravaram “Evisceration”, a música que causa catarse coletiva na plateia. 
O último show oficial do Killing Chainsaw foi em 1997, abrindo para o Fugazi, no Blue Galeria, em Piracicaba. E, desde então, o quarteto só havia se reunido uma única vez, em 2005, se encontrando na plateia de um show do Mudhoney.
COMENTÁRIO - Acompanhei o Killing Chainsaw no começo da década de 1990 em shows em São Paulo, Campinas e Londrina. Fiz várias fotos numa época que não existia internet e havia poucos registros em vídeos e fotográficos. Graças a isso, algumas das fotos que fiz da banda e publiquei no meu site na época – Supers – foram reproduzidas por sites de todo o Brasil em diversas reportagens sobre a banda. O que segue acontecendo até hoje. Principalmente as fotos do festival Juntatribo, em 1993.
Maringá tem muitos fãs do Killing Chainsaw graças a loja O Porão que mantinha no acervo disponível na época o vinil e o CD, uma vez que a loja trabalhava com os selos Zoyd e Roadrunner, respectivamente. E muitos discos foram vendidos. E, claro, além de já ter tocado várias vezes a banda no Zombilly no Radio.

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DISCOGRAFIA
“Early Demo(ns)” (demo tape, 1989)
““Enquanto Isso” (coletânea LP, 1989)
“Killing Chainsaw” (LP, 1992)
“Slim Fast Formula” (CD, 1994)
Fotos: Andye Iore / Zombilly

Um comentário:

Ana Paula disse...

Olá,
Pedro Rosas, baterista do Killing Chainsaw, está lançando um trabalho solo.
Gostaria de receber o contato de vocês para envio de material.
Obrigada,
Ana Paula
(12) 99228-6786
apsuzuki@gmail.com