ATUALIZADO - A cena alternativa brasileira da década de 1990 foi tomada por uma
variedade das chamadas “guitar bands”. Termo não muito correto, já que a
maioria das bandas de rock usa guitarra. Mas, foi o que a imprensa brasileira
melhor pensou para definir bandas como Pin Ups, Killing Chainsaw, Low Dream, Second
Come, Pelvs, Mickey Junkies, Snooze, brincando de deus, Wry, entre tantas outras.
Dessas citadas, a única que não fez um show de “reunião” foi a
Killing Chainsaw. Até agora. A banda se reuniu com a formação de Rodrigo Gozo
(guitarra), Rodrigo Guedes (guitarra), Pedro Rosas (bateria) e Gérson Raseras
(baixo). O motivo principal da reunião é um documentário que é feito por Caio Augusto. Mas eles já ensaiam para shows e gravação de um disco novo. Inclusive já
tendo tocando novas composições nos ensaios.
HISTÓRIA - O Killing Chainsaw foi formado em 1989 em Piracicaba
(SP). A sonoridade é uma mistura entre Sonic Youth, Helmet e Kiss. Mas, sem que
essa mistura tivesse referencia na época no rock brasileiro. E isso foi um dos
fatores que ajudou a banda a ganhar muitos fãs e um público que cantava as letras
em inglês das músicas em coro. Um exemplo disso foi que eles colaboraram com seu show (foto abaixo) para criar a
mítica em torno do lendário festival Juntatribo em Campinas (SP), em 1993.
Outro aspecto que criou grande identidade com o público jovem foram
as referencias de cultura pop. Letras e nomes de músicas com personagens de
filmes e quadrinhos oitentistas, como “De volta para o futuro” (1985), a
comédia clássica da rebeldia juvenil “Picardias estudantis” (1982), trashmovies
com serra-elétrica, “Uma Cilada Para Roger Rabbit” (1988), entre outros. E,
claro, a principal delas: a capa do primeiro álbum é cena de “Akira” (mangá 1982,
animação 1988).
Não só a imprensa especializada que cobre o rock independente
transformou o Killing Chainsaw numa lenda, como outras bandas do meio ajudaram
nisso. Como Pin Ups e Wry que regravaram “Evisceration”, a música que causa
catarse coletiva na plateia.
O último show oficial do Killing Chainsaw foi em 1997, abrindo para
o Fugazi, no Blue Galeria, em Piracicaba. E, desde então, o quarteto só havia
se reunido uma única vez, em 2005, se encontrando na plateia de um show do
Mudhoney.
COMENTÁRIO - Acompanhei o Killing Chainsaw no começo da década de
1990 em shows em São Paulo, Campinas e Londrina. Fiz várias fotos numa época
que não existia internet e havia poucos registros em vídeos e fotográficos.
Graças a isso, algumas das fotos que fiz da banda e publiquei no meu site na
época – Supers – foram reproduzidas por sites de todo o Brasil em diversas
reportagens sobre a banda. O que segue acontecendo até hoje. Principalmente as
fotos do festival Juntatribo, em 1993.
Maringá tem muitos fãs do Killing Chainsaw graças a loja O Porão
que mantinha no acervo disponível na época o vinil e o CD, uma vez que a loja
trabalhava com os selos Zoyd e Roadrunner, respectivamente. E muitos discos
foram vendidos. E, claro, além de já ter tocado várias vezes a banda no
Zombilly no Radio.
DISCOGRAFIA
“Early Demo(ns)” (demo tape, 1989)
““Enquanto Isso” (coletânea LP, 1989)
“Killing Chainsaw” (LP, 1992)
“Slim Fast Formula” (CD, 1994)
“Early Demo(ns)” (demo tape, 1989)
““Enquanto Isso” (coletânea LP, 1989)
“Killing Chainsaw” (LP, 1992)
“Slim Fast Formula” (CD, 1994)
Fotos: Andye Iore / Zombilly
Um comentário:
Olá,
Pedro Rosas, baterista do Killing Chainsaw, está lançando um trabalho solo.
Gostaria de receber o contato de vocês para envio de material.
Obrigada,
Ana Paula
(12) 99228-6786
apsuzuki@gmail.com
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