sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Chernobillies em nova fase no Psycho Fest

Uma das melhores novidades nesta edição do Psycho Fest será a nova formação da banda curitibana Chernobillies. O baixista Beavis (ex-Voodoo Stompers) estréia e é promessa de remodelação no som dos Chernobillies. O vocalista G-Lerm (foto) revela que a banda está empolgada com o novo rumo, inclusive preparando um disco novo para breve.
O Chernobilles está em atividade desde 2001 e mantém influencias do psychobilly clássico.

Por que a banda ficou um tempo parada?
G-LERM - Isso aconteceu por uma série de motivos em seqüência, mas basicamente porque no final do ano passado estávamos todos muito ocupados com trabalho e outros lances pessoais, estava bem difícil conseguir reunir todo mundo pra ensaiar, e acabamos não correndo atrás de marcar shows... Daí no começo desse ano rolou um convite pra tocar no Psycho Carnival, mas na mesma época rolou a saída do Fred (baixo) da banda, acabamos não tocando... Então estávamos sem ensaiar, sem baixista e sem tempo pra correr atrás, a banda acabou ficando meio que em segundo plano até que todo mundo se acertasse, o que coincidiu com a vinda do Beavis (baixista novo) pra Curitiba. A gente sempre teve curiosidade de saber como seria o Chernos com baixo de pau, convidamos o Beavis pra entrar na banda, o cara assumiu o compromisso e desde então estão rolando os ensaios, e o resultado com certeza está sendo bem melhor do que a gente esperava, deu um puta ânimo novo pra banda...

O que o público vai ver de novo no show de vocês no Psycho Fest?
Tudo. Tivemos que adaptar todas as músicas para casar legal com o rabecão, algumas mudaram bastante, outras não, mas nada ficou como era antes, então acredito que o show do Psycho Fest vai ser uma novidade do começo ao fim.

Como está o set list da banda?
Ainda não fechamos o setlist para esse show, estamos ensaiando tudo, todas as músicas do repertório. Com certeza não vamos mandar todas num único show, ainda mais num festival com várias bandas, onde geralmente o tempo é mais controlado pra não rolar atrasos... Mas podem esperar os "clássicos" como “A Última Puta do Mundo”, “Filho do Diabo”, “Maverick GT” e “Coffin Surfers”, junto com algumas mais novas que já vínhamos tocando no ano passado e mais duas ou três inéditas... Também limamos os covers do repertório e resolvemos tocar apenas dois, novos, que achamos que tem mais a ver com a pegada atual da banda. Não vou falar quais são, acredito que na hora vão ser duas boas surpresas...

Como estão os planos da banda, estúdio, disco novo, tocar fora de Curitiba...?
Já temos material inédito suficiente para um disco de estúdio, já sabemos como ele deve soar, só falta gravar. Haha... Os planos são de até o próximo carnaval termos um EP com umas 4 faixas inéditas gravado, provavelmente é o máximo que vamos conseguir fazer sem ter um apoio de algum selo ou estúdio pra gravar... Pobre só se fode e isso é verdade, enquanto não rolar uma ajuda, um investimento ou alguém da banda receber uma herança infelizmente vai ser assim... Não estamos afim de lançar um disco barato mal produzido só pela obrigação de lançar algum material, como aconteceu com o "Are you ready to rock?!?!", acreditamos que as músicas são boas e que merecem ser gravada com pelo menos um mínimo de qualidade...
Quanto a tocar fora de CWB, essa sempre foi a idéia e é o que mais curtimos fazer. Já estamos marcando alguns shows na seqüência do festival, e queremos marcar muito mais, estamos correndo atrás e aguardando convites, ainda esse ano queremos viajar bastante, e muito mais ainda no ano que vem...

Para quem não conhece, qual o conceito da banda?
Mesmo que as vezes não soasse assim, a idéia da banda sempre foi tocar um psychobilly mais "clássico". Sujo e pesado as vezes, mas sem perder o pé no que os locos já faziam nos anos 80... A inspiração, tanto pra som quanto pras performances nos shows sempre foram dessa época, dos vídeos de shows no Klub Foot, Klingonz, Frantic Flintstones, Demented are Go... Acho que agora com o baixo acústico estamos soando mais como queríamos. As letras continuam em português por opção, até porque no psychobilly isso não é um grande problema para se ter fãs fora do Brasil, e se achássemos que temos coisa boa o suficiente em inglês também não teríamos problema nenhum em tocar, só achamos que conseguimos falar mais merda em português mesmo.

Vocês ainda tem o "Are You Ready To Rock" pra vender?
Vish... Nem pra emprestar. Eu mesmo só tenho o disco no meu iTunes... Foi um problema até quando fomos passar as músicas pro Beavis tirar, tivemos que baixar o disco da internet...

Qual a diferença da banda em relação esse disco pra hoje?
Você diz além das músicas, do batera e do baixista? Hahah... Acho que o Chernobillies cresceu bastante como instituição do "Are you ready" pra cá. Na época éramos uma banda nova que precisava gravar as músicas a qualquer custo pra ver se pelo menos uma pessoa decorava as letras pra cantar junto nos shows... Fomos meio precipitados, mas deu certo. Agora já somos quase velha guarda, já apareceu um monte de banda nova melhor que a gente hahah... Mas tudo bem. Estamos com certeza na nossa melhor fase, esse tempo parado serviu justamente pra gente perceber que não conseguimos ficar parados, então aguardem que o Chernobillies ainda vai dar muito trabalho. Acho que é isso.

- Saiba mais sobre o Chernobillies.
- Foto: Andye Iore

2 comentários:

Anônimo disse...

Legal a entrevista...ah.. e o nome de guerra do Beavis é Maniac Biff's

Anônimo disse...

Tô curioso...