Como foi o Rockingá

O primeiro dia do Festival Rock Independente de Maringá - Rockingá superou as expectativas. O Fernandes Bar ficou lotado, as bandas fizeram ótimos shows, o debate rendeu bastante, a escala de horário foi cumprida, rendeu bastante material para os convidados, não rolou nenhum problema e teve diversão para quem foi. Teve até entrevistas para TV.
Nunca tinha visto tantos músicos de bandas reunidos no mesmo evento. E pela primeira vez um festival só com bandas de rock autoral e local. Tinha mais gente que o Acorde Universitário e expressões culturais mais representativas que o Femucic, mostrando que o rock pode ser organziado, ter qualidade e muito valor, apesar do descaso da grande mídia.

O evento começou às 18h25 com o debate sobre rock independente. A mesa foi formada pela Adriane Perin (do jornal O Estado do Paraná e festival Rock De Inverno, de Curitiba), Pardal Soares (revista Dynamite, SP) e Thiago Soares (blog Espora de Galo, de Maringá). Entre os diversos temas abordados estavam: banda usar melhor a internet e tem que ter site, comentários de anônimos nos blogs, organização de shows, bandas receberem cachê, a imprensa que recebe material das bandas e não divulga, interação das bandas com outras mídias como o cinema, entre outros. O papo esquentou quando foram abordados o sucesso no meio independente e as bandas covers.
Foram muitas informações interessantes para quem participa do meio independente maringaense. O debate durou 45 minutos.

Já os shows rolaram muito bem. Como sempre falei para as bandas, é importante chegar cedo ao bar para tentar acertar o equipamento da melhor maneira possível. Apesar da correria natural de qualquer festival, acho que esta parte técnica rolou na boa. A programação estava esquematizada em seis músicas ou 20 minutos por banda. E foi cumprido pelos músicos. Alguns até tocaram menos tempo que isso.

A jovem Nina Nóbrega abriu o festival por volta das 19h30. Ela estava acompanhada do amigo Rafael e eles fizeram um set com dois violões. Esta foi a terceira apresentação na carreira da garota que mostrou tranquilidade, personalidade e talento. O que chamou a atenção foi que ela não tocou as suas músicas que já são mais conhecidas do público: "Canela" e "Futuro".

Às 20h18 começou o show da banda N.O.V.A. Parte do público ficou um pouco prejudicado para prestar atenção no som da banda porque havia muita conversa dentro do bar e o grupo faz um som que precisa prestar atenção pelos detalhes dos efeitos dos equipamentos digitais. Mas mesmo assim foi um show que chamou a atenção de quem não conhecia nesta sonoridade inédita em Maringá misturando rock com eletrônico.

Os Bandidos Molhados começaram o barulho no Rockingá. A banda começou a tocar por volta das 21h25 e fez um set animado. O quinteto de surf music tocou músicas já conhecidas do público do primeiro EP e também músicas novas que estarão no novo lançamento. A banda fez comentários entre uma música e outra e anunciou que procura músicos para incluir metais no repertório.

Às 22h05 começou o show do Professor Astromar & Os Criadores de Lobisomem. E mais uma vez eles msotaram novidade na Zombilly (festa que fizeram a estreia em fevereiro). Agora foi a primeira apresentação do novo baterista e foi o melhor show da banda até agora. Regularam bem o equipamento e fizeram um set animado. No final eles tocaram duas músicas novas.

O Rockingá foi fechado pelo Betty by Alone que começou às 22h45 e fez um set de 40 minutos como atração principal da noite. E por pouco eles não tocam plugados, achando que era apresentação acústica. Os músicos correram para casa para buscar as guitarras e fizeram a tradicional apresentação bacana com um set recehado de músicas assobiáveis. E foi outra banda que lançou música nova no festival.

Outra coisa bem bacana foi que rolou uma prévia do DVD da banda A Inimitável Fábrica de Jipes na tela do bar. Em breve faremos uma exibição na íntegra do DVD com show da banda no bar. E hoje deveremos exibir uma prévia do video clip da banda A Família Palim. Então, um muito obrigado às bandas, ao público e ao pessoal do Fernandes Bar pelo espaço, paciência no meio da correria e bom atendimento de sempre. E, principalmente, a quem divulgou e emprestou algum equipamento para os shows colaborando nessa "cooperativa" para termos resultados práticos para as bandas e não ficar só no discurso.
Lembrando que hoje o primeiro show começa às 20h. Até lá!