Apesar de achar que não tenha relação entre o que eu faço e do Pub Fiction, acho que é interessante divulgar este texto que recebi do Fábio Pereira no email:
"Enquanto a cena de Maringá padece moribunda, implodindo em decadência feito o Congresso, com bandas mais desunidas do que a cúpula do PT, eis que surgem algumas esperanças, uma luz, um exemplo, uma lição, um messias, uma bênção. Enfim, um lance bacana mesmo.
Mais romântica do que um cara-pintada, mais ingênua do que a oposição do PCO (ok, tá enchendo o saco essa analogia com a política. Mas é importante, acredite), mais combativa do que a Heloísa Helena, Zombilly e Pub Fiction vem dando aula de como se constrói uma cena roqueira.
Ao meu ver, com a minha experiência adquirida ao longo de vários anos dedicados ao rock, tanto como apreciador como músico furreca, mas teimoso... "Porque, para montar uma cena, é preciso visão, ingenuidade e combatividade. Talvez política não seja só isso, mas rock é.”
Enfim, o fato é que de uns meses para cá uma idéia cresce na nossa Cidade Canção, e já se começa ver algumas bandas lotando os locais que acontecem esses projetos a torto e a direito. Parcerias começando a serem fechadas com a prefeitura, grupos de outras cidades e estados, tocando em Maringá e festivais fervilham sem parar. Fantástico!
Agora na nossa humilde opinião como nosso conhecido Rafa Souza (A Inimitável Fábrica de Jipes) já começou a movimentar com o a Cooperativa do Rock, o "Andye com a Zombilly na Rádio e as apresentações de terça no Fernandes Bar, “DE GRAÇA”, Natan com os festival Hardcore e o 2 Concurso de banda do PUB, enfim podemos ser práticos e falar que trata-se de “coletivos”.
Chamo de coletivos porque são associações sem fins lucrativos que reúnem uma penca de bandas, produtores, donos de estúdios etc. O lance é baseado na tal “economia solidária”, você não sabe o que é isso? Por exemplo, se o vocalista de uma banda é designer, ele cria o logotipo do estúdio de outro integrante do coletivo. Em troca, vai gravar duas músicas de graça. Já se um guitarrista manja de eletrônica, ele conserta um amplificador e, na permuta, vai receber tantas horas de ensaio.
Isso tudo só funciona quando a cena anda. Um ciclo econômico começa a funcionar e, daqui a pouco, todos conseguem se manter. Outros coletivos pipocam por aí: Londrina tem Alona, Braço Direito já chegou em Rolândia (Perdigotos), Arapongas (Wolf Attack) e Umuarama (Ripanaxulipa). Em Maringá, desde 2007 existe o Coletivo Timbre Noise, com adesão ainda tímida do pessoal local, porém com uma grande bagagem fora de nossa cidade e estado. Exatamente por sermos de Maringá, nos sentimos na obrigação de propagar essa idéia.
Assim se faz política no rock."
Escrito por Fábio A. Pereira
Núcleo de Produção Timbre Noise
terça-feira, 8 de setembro de 2009
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Um comentário:
Já vi este texto em algum lugar... hum pera ai...
achei de 31 de agosto blog do Remix Zero Hora Porto Alegre
Enquanto a cena de Porto Alegre padece moribunda, implodindo em decadência feito o Congresso, com bandas mais desunidas do que a cúpula do PT, eis que surge uma esperança, uma luz, um exemplo, uma lição, um messias, uma bênção, enfim, um troço massa mesmo.
Mais romântica do que um cara-pintada, mais ingênua do que a oposição do PCO (ok, tá enchendo o saco essa analogia com a política, mas é importante, acredite), mais combativa do que a Heloísa Helena, uma turma da Região Metropolitana vem dando aula de como se constrói uma cena roqueira. Porque, para montar uma cena, é preciso romantismo, ingenuidade e combatividade. Talvez política não seja só isso, mas rock é.
Bueno, o fato é que de uns anos para cá uma ideia cresce na Região Metropolitana, e as bandas lotam bares a torto e a direito, e parcerias são fechadas com as prefeituras, e grupos de outros Estados tocam em Canoas, e festivais fervilham sem parar, e uma banda chamada Cu Sujo tem público cativo. Troço fantástico!
Trata-se dos “coletivos”. São associações sem fins lucrativos que reúnem uma penca de bandas, produtores, donos de estúdios etc. O lance é baseado na tal “economia solidária”. Por exemplo, se o vocalista de uma banda é designer, ele cria o logotipo do estúdio de outro integrante do coletivo. Em troca, vai gravar duas músicas de graça. Já se um guitarrista manja de eletrônica, ele conserta um amplificador e, na permuta, vai receber tantas horas de ensaio.
– Isso tudo só funciona quando a cena anda. Um ciclo econômico começa a funcionar e, daqui a pouco, todos conseguem se manter – diz Wender Zanon, um dos cabeças do Coletivo BIL (Bandas Independentes Locais), de Canoas.
É tanta banda unida que, naturalmente, chama a atenção. A prefeitura de Canoas – aqui, em um exemplo de política justa – convocou o BIL para montar um palco alternativo na Festa do Trabalhador, evento tradicional da cidade no Dia do Trabalho. Em julho, o coletivo levou para Canoas o Ratos de Porão, que sequer deu as caras na Capital. O BIL ainda organizou o 1º Festival Canoense de Videoclipes Independentes e, em três anos, lançou três coletâneas com bandas locais. Pelo amor de Deus, isso é sensacional.
Outros coletivos pipocam em Esteio, São Leopoldo e já chegam a Santa Maria, Venâncio Aires e Pelotas. Na Capital, desde 2007 existe o Coletivo ExtremoRockSul, com adesão ainda tímida.
– Exatamente por sermos de Porto Alegre, nos sentimos na obrigação de propagar essa ideia – diz o produtor Juliano Fraga, romântico feito um cara-pintada.
Assim se faz política no rock.
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