A banda Wry toca em Maringá no próximo sábado, no Tribo´s Bar, e fala em entrevista para o Zombilly sobre a tour e novidades da banda. E no sábado tem outra entrevista com o vocalista e guitarrista Mário, desta vez no programa Zombilly no Rádio, na rádio UEM FM 106,9, às 18h.
ANDYE IORE - Qual é o conceito dessa tour? Vocês estão tocando em esquemas que são bem diferentes do que era na Inglaterra...
MÁRIO - É fazer um show bem legal nos moldes do que nossa nova sonoridade pede. Não tem como ser diferente, só assistindo pra saber do que estou falando. Um show sempre de alta qualidade sonora e visual.
A banda vai ficar no Brasil ou volta para Inglaterra?
A gente fica no Brasil agora, nossa casa é aqui agora. Estaremos lançando coisas por lá e provavelmente iremos fazer algum show por lá e outros lugares, mas o lance é aqui agora.
Quando você pára para pensar do começo da "Morangoland" (1994) em Sorocaba para hoje com experiência internacional, o que passa na sua cabeça?
Quanta coisa bonita eu passei na vida, quantas experiências malucas a ser contadas futuramente aos meus filhos. Foram ja quase 15 anos de fatos memoráveis, né? “Morangoland” e “Whales and Sharks” marcam nossa carreira em dois pontos: o comeco no Brasil e o debut na Inglaterra.
O que você aprendeu dessa moradia em Londres? Cite o melhor e o pior acontecimento:
Aprendi muita coisa musicalmente e pessoalmente. Aprendi a viver independentemente e aprendi a escrever melhores musicas, ao meu ver, com a experiência deles de lá. O melhor acontecimento foi quando Kevin Shields, Deb Googe e Colm, do My Bloody Valentine, estavam presentes em um show nosso e todos vieram falar com a gente e certa forma nos aprovar quanto banda. Eles são meus ídolos de toda a vida, não tem como acontecer algo melhor que isso, pelo menos pra mim particularmente A emoção que senti é indescritível. O pior foi 2003 quando eu estava todo perdido, sem saber muito o que fazer e ouvindo muito o que os outros tinham a dizer. Isso culminou num show onde rolou até briga no palco entre a gente e o dono do bar... coisa de loco.
Vocês voltaram e a cena brasileira continua com os mesmos problemas estruturais. O que você acha que precisa acontecer para que o rock independente no Brasil evolua?
Não acho que esteja com problemas estruturais, estou adorando aqui e acho que tem muita coisa boa. Disso eu sempre falei, até mesmo nos últimos anos quando morava aqui e nas turnês que voltei, sempre senti um crescimento que não pára de melhorar. Não sei como é Maringá, que não toco faz muitos anos, nas outras cidades do Brasil que toco, sinto um profissionalismo emergindo e surgindo, muitas bandas, selos e bons produtores musicais.
Lembro que o Wry era como uma família, muita amizade, um time do bairro... agora a formação é outra. O que mudou em relação às relações humanas e profissionais entre vocês?
Continuamos os mesmos, porém mais adultos e eu diria ate mais sérios.
E musicalmente quais foram as transformações que o Wry sofreu comparando desde o começo dos anos 90 até hoje?
A gente mudou bastante. Embora certos elementos ainda continuam no som do Wry, estamos mais felizes com os resultados de agora, a viajem na qual estamos conseguimos reproduzir nos novos álbuns. A felicidade é imensa.
Vocês já fizeram vários shows no Brasil depois que voltaram da Inglaterra. Qual a avaliação que você faz do Wry hoje no cenário brasileiro e dessa cena?
Para dizer a verdade, não parece que mudou muito não. Lógico que não somos uma banda nova, mas a relevancia parece a mesma e o cenário está mais legal. Sinto que a galerinha de 20 anos tem vindo e tem conhecido o Wry, o que é muito bom. Mas estamos diferentes, não tocamos músicas de antes do "Flames in the Head" e talvez por isso está bem "fresh" nossos shows por aí.
Fale sobre compor em português depois de tanto tempo em inglês:
É muito gostoso. Desde que comecei, que veio influenciado pela saudade, pelo tempo fora, pela re-valorização da música brasileira e a nossa cultura, pelo olhar de turista que tive para com o Brasil em turnês anteriores, estou adorando escrever assim também, ainda escrevo em inglês, mas foi bom ter essa experiência. Lógico que não fazemos músicas de fácil acesso, mas é legal cantar na língua portuguesa.
Como será o show de Maringá (musicas novas, covers, duração, iluminação...)?
Vamos levar parte do nosso equipamento ao vivo, como a máquina de fumaça, a projeção e o estrobe, além de nossos amplificadores. Vamos tocar músicas de 2005 para cá, e sei que será um show completamente novo para Maringá que nao visitamos desde muito anos atrás, acho que desde 2001.
Fotos: topo - divulgação; abaixo - Andye Iore
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
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Um comentário:
Muito massa a entrevista Andye, to louca para ver o show do Wry. No rádio amanhã é essa mesma entrevista ou é outra diferente?
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