Ocasionalmente, tanto aqui no blog quanto no programa Zombilly no Radio, abordamos a cena roqueira maringaense. Com o fechamento do Hangar 18 essa semana, o assunto ganhou destaque novamente com a notícia tendo grande repercussão aqui no blog e no site do Ângelo Rigon.
Entre tantos problemas que enfrentamos, um dos mais sérios é a falta de participação das bandas. Muitas delas só vão nos próprios shows e não prestigiam outros grupos.
Por isso que no projeto Zombilly faço questão de colocar bandas que não se conhecem para tocar juntas. Já conseguimos fazer boas amizades com isso.
E como também não temos preocupação em ficar fazendo "oba oba" idiota com votações locais e outras besteiras, estamos sempre tentando informar e formar o público.
Seguem alguns comentários pertinentes ao assunto:
“...Com tanta informação a solta por essa Internet doida, creio que qualquer artista hoje é capaz de começar a organizar sua carreira sozinho... Pesquise onde bandas similares a sua costumam se apresentar. Frequente esses locais. Mostre não só a sua demo, mas que você está lá e quer participar... Um artista, para chamar a atenção no mar de música nova que existe hoje, não depende só de um som inovador; precisa mostrar que tem público. Esse sim é o grande ponto para se ter algum sucesso: formar público...” (Por Katia Abreu, em http://ritornelos.wordpress.com)
“Falando como maringaense e proprietário de um boteco: quem é você pra dizer que Maringá não tem lugares DUKA para o nosso entretenimento? Tem bastante gente batalhando pra isso. O que é requintado pra ti? O que é diversificado pra ti? ... não fale de pessoas, que estão há anos trabalhando para fazer com que as nossas vidas, se tornem um pouco mais interessantes... (Por Juninho, Tribo´s Bar, em Maringá, respondendo um comentário aqui no blog de que os empresários de bares precisariam evoluir). O Tribo´s reabriu depois das férias com novidades.
“...Disso tudo, a única coisa que me deixa triste e desanimado, é a posição de certas pessoas e bandas de rock de Maringa em desvalorizar os bares em Maringa que se dedicam a quase que exclusivamente ao rock. Vocês escolheram se dedicar ao rock, fazer rock. Por que dar prioridade ao Aquáticus, Pólo, etc? Bares que vivem e se dedicam ao sertanejo, pop... O Tribos se dedica há mais de uma década em promover o rock aqui. O Pub vai completar 4 anos conturbados com quase 2 falências. Mas mesmo assim dei um jeito de melhorar o equipamento de palco todo, para as bandas. É isso que vocês querem para a cidade? Para a cena de rock local? Ver os bares de rock ir mal das pernas e ignorá-los promovendo seus shows em outros locais? A pior coisa que podia acontecer pra cena de rock local é os bares de rock falirem. Aí só algumas pequenas panelas com contatos conseguiriam promover shows de rock. (Por Natan, do Pub Fiction, em Maringá, sobre polêmica entre bares, bandas, produtoras e público)
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
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2 comentários:
muito boa e PERTINENTE a postagem aqui no blog Andye... juntamente com o lindo do Matheus (Galvão) tive a curta experiência de ficar um pouco mais por trás disso tudo, que é um bar de rock. No twitter do bar, recebemos alguns comentários criticando o bar, o local, etc... e o fechamento do Hangar 18 só prova que cada vez mais, Maringá infelizmente parece estar indo contra o progresso quando falamos em Rock... também ajudei a organizar o Robotnik (que ocorreu nos dias 12, 13 e 14 de novembro de 2010 no Tribos Bar), juntamente com o Matheus, e vimos que muitas bandas que tocaram no festival só se interessaram em tocar e não compareceram nos outros dias. Pode não ser o seu estilo, mas ajudar nunca é demais =]
Natan, acho que é interessante dar nome aos bois - você está se referindo a postura da pessoa que por trás do SonicFlower que ultimamente tem optado em levar as bandas para lugares distintos dos redutos já conhecidos. Bom, seu argumento é verdadeiro, já que em última causa você está pensando na qualidade do entreteninemento da cidade não só no seu bar. Trata-se de uma opção dele, mas convenhamos que em nada contribui para evitar a mudar essa situação desoladora. O que mais nos chateia é que se olhamos para o passado recente da cidade vemos que ela já prestigiou shows de Jon Spencer, Yo La tengo, Man or Astro Man (só para ficar em alguns nomes estrangeiros) e agora luta para evitar a queda dos poucos bares que agonizam já há alguns anos. Será que o rock está acabando na cidade? Não existe saída fácil para o problema, vamos prestigiar mais, comparecer e apoiar os poucos que sobraram no ramo. Juscelino
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