A banda existe desde 2007, nunca fez show em sua cidade – a
não ser um em um sitio – e quando ensaia os vizinhos chamam a polícia. Essa é a
curiosa história da banda de death metal OdioFarpas, de Jussara (a aproximadamente 60km de Maringá). A pequena
cidade do interior do Paraná tem apenas 6 mil habitantes e nenhuma tradição
cultural. A não ser como opção de lazer os mais chucros shows sertanejos covers
e os rodeios pela região.
Mesmo com as restrições e limitações Maximiliano (foto acima, vocal), Victor
Mantovani (guitarra), Marcelo Rocha (baixo) e Vinícius Mantovani (bateria) não
desistem e seguem tocando com o sonho de gravar um CD, depois de aprenderem a
tocar juntos. E após, claro, de superar outra barreira tradicional no
underground: a falta de grana. “Pretendemos gravar nosso disco no próximo ano”,
comentou o vocalista Max.
O OdioFarpas tem repertório com músicas próprias com
influência de clássicos do gênero como Morbid Angel, Death e Cannibal Corpse.
Assim como os mestres nacionais Dorsal Atlântica e Krisiun e valorizando as
bandas regionais como a londrinense Subtera e a maringaense Holder.
Além de morarem em cidade pequena e a falta de recursos, o
OdioFarpas também é vítima do tradicional preconceito contra quem faz um som
mais extremo. “Parece que a cidade é contra nós”, anuncia Max. “Começamos a ensaiar
e já chamam a policia. Dizem que nossa música é de drogado, que fazemos
apologia ao diabo. Mas, só retratamos a realidade que é mais assustadora que o
próprio inferno”.
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