Já está nas prateleiras das livrarias em todo o Brasil o
livro “Dead Kennedys - Fresh Fruit for Rotting Vegetables [os primeiros anos]”,
escrito por Alex Ogg, lançado pela Edições Ideal. O livro teve tradução para o
português por Alexandre Saldanha “Arroz”, que já traduziu o “Na estrada com Ramones”.
O livro aborda cinco anos na história do Dead Kennedys. Vai
desde a formação da cena punk em San Francisco, em 1977, com os músicos do DK começando
a tocar e buscando parceiros para formar bandas até mudanças na formação e o
começo dos trabalhos para o segundo disco “Plastic Surgery Disasters” em 1982.
Há muitas curiosidades bacanas e o livro é ricamente
ilustrado. Das 230 páginas, 105 são de fotografias e ilustrações. O livro conta
que o disco “Fresh Fruit for Rotting Vegetables”, um dos mais influentes da
história do rock, foi gravado em 16 canais, em 1980, e os bastidores das
gravações. “O que eu estava tentando fazer era uma música do Dead Kennedys que
tivesse a força do Sonics”, relata Jello Biafra sobre sua inspiração para
“Funland at the beach” e que eles decidiram no estúdio gravar mais uma guitarra
em outro canal ao estilo twang de Duane Eddy.
Também há histórias sobre shows. Como uma que reúne o DK,
The Clash e The Cramps. “Acho que ficamos com uma má impressão deles [The
Clash], porque fizeram uma passagem de som de quatro horas. Eles mostravam que
eram gente do povo dando guitarras para as crianças tocarem ‘Louie Louie’,
enquanto o Cramps, Dead Kennedys e o Rockabilly Rebels esperavam pela passagem
de som que nunca aconteceu. Então, eles foram para o hotel e só voltaram
instantes antes de subirem ao palco. Não foi um momento importante na história
do Dead Kennedys”.
Outra bacana sobre shows foi numa tour na Inglaterra, onde a
banda não tinha nem lugar para dormir. No meio de um show, roubaram os óculos
do baixista Klaus Flouride. A banda anunciou que não faria o bis se não
devolvessem os óculos [compre o livro para saber o que aconteceu]. A tour teve
shows cancelados e críticas da imprensa tanto pelo nome da banda como pelo teor
das letras.
Uma das curiosidades mais bacanas é sobre o famoso encarte do disco “Fresh Fruit for Rotting Vegetables”. Jello Biafra revela que passou 36 horas fazendo as colagens em cima de um pôster do filme “Grease” e escutando o disco “Closer”, do Joy Division. A arte foi feita em parceria com o amigo artista e designer Wisnton Smith, que se tornaria o responsável por quase toda a arte de discos, flyers e cartazes da banda.
Uma das curiosidades mais bacanas é sobre o famoso encarte do disco “Fresh Fruit for Rotting Vegetables”. Jello Biafra revela que passou 36 horas fazendo as colagens em cima de um pôster do filme “Grease” e escutando o disco “Closer”, do Joy Division. A arte foi feita em parceria com o amigo artista e designer Wisnton Smith, que se tornaria o responsável por quase toda a arte de discos, flyers e cartazes da banda.
NO BRASIL - O disco “Fresh Fruit for Rotting Vegetables” foi lançado no
Brasil em 1986. Surpreendentemente, a Continental – gravadora de discos
populares e sertanejos – fez uma edição caprichada com vinil branco e o pôster encarte
na íntegra. Se você tiver um pouco de sorte ainda consegue encontrar uma edição
especial (importada, claro) do “Fresh Fruit for Rotting Vegetables” lançada em
2005 pela Cherry Red, em celebração aos 25 anos do disco. Ela vem com o CD e um
DVD com um documentário sobre o álbum.
O Projeto Zombilly bateu um papo com o tradutor Alexandre
Saldanha para saber como foi trabalhar nesse projeto:
ZOMBILLY - Como foi trabalhar num projeto sobre uma das principais bandas da historia do rock?
ALEXANDRE SALDANHA - Foi bem legal! Ao contrário do trabalho de tradução dos Ramones, eu não sabia muita coisa (quase nada, na verdade) sobre a história os Dead Kennedys. Já era fã da música e sabia que eles viviam brigando na justiça. Foi muito bom trabalhar nessa tradução e me aprofundar na banda que lançou um dos melhores discos da história do punk!
ZOMBILLY - Como foi trabalhar num projeto sobre uma das principais bandas da historia do rock?
ALEXANDRE SALDANHA - Foi bem legal! Ao contrário do trabalho de tradução dos Ramones, eu não sabia muita coisa (quase nada, na verdade) sobre a história os Dead Kennedys. Já era fã da música e sabia que eles viviam brigando na justiça. Foi muito bom trabalhar nessa tradução e me aprofundar na banda que lançou um dos melhores discos da história do punk!
Teve alguma história que você não conhecia que te
surpreendeu ou ficou sabendo pelo livro?O que eu achei mais interessante do livro foi conhecer as
histórias dos integrantes antes de formar os DK. Nunca ia imaginar que o East
Bay Ray tocava em banda de bailinho e nem que o Klaus Floride tocou blues
durante 10 anos antes de entrar no punk. Era para montar uma banda punk, mas todo mundo tinha que tocar bem.
* Se você não achar o livro em sua cidade pode comprar pelo
site da Ideal. Há duas opções: capa soft por R$ 39,90 e hard por R$ 59,90.
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