O Psycho Carnival ganha destaque por apresentar ao público as variantes do psychobilly. Uma das bandas que não são psychobilly na essência, mas exploram elementos do gênero é a gaúcha Damn Laser Vampires. Formado em Porto Alegre em 2005, o trio já lançou um EP e um álbum em apenas dois anos indo parar até no exterior.
No ano passado a banda conseguiu um impulso na carreira com o relançamento do disco “Gotham Beggars Syndicate”, pelo selo americano Devil’s Ruin Records (que tem disco do Birthday Party no catálogo), e já circulou em reportagens em revistas gringas.
A música é uma mistura de punk, gótico, psychobilly e polka.
Mas, um dos motivos da repercussão está fora da música. O DLV capricha na produção visual tanto nos shows como nos vídeo clipes produzidos pela própria banda explorando elementos da cultura trashmovie e dos outsiders. Por isso, há músicas como “Saint of Killers”, “I Wanna Be An Old Bitch”, “The Devil is a Preacher”, entre outras. E eles ainda relacionam a música com exposições de suas artes gráficas.
ENTREVISTA
ZOMBILLY - Vocês misturam gêneros diferentes e até elementos fora da música. Qual é a concepção do som da banda e as influências?
DLV - A gente não costuma conceber de modo intencional a música que vamos fazer. É natural, desde sempre. Temos idéias de riffs, pedaços de letras, e trabalhamos a partir disso. As nossas influências são o que ouvimos a vida toda, os filmes que gostamos, e tal. Cramps, Ed Wood, punk, quadrinhos ... especialmente EC Comics.
Vocês tem repercussão no exterior. Como trabalham com isso, é planejado pela banda, vão mandando material aleatoriamente...?
Não é nada aleatório. O nosso selo (Devil’s Ruin Records) é muito profissional e muito organizado. E nos dá muita atenção. Além do selo, fazemos muitos contatos através do MySpace, e muito da nossa resposta no exterior se deve ao nosso modo de administrar as coisas, e dos contatos que a gente mantém.
Vocês tem um trabalho visual com figurino, vídeos, exposições. Qual é a idéia desse trabalho?
A idéia é de que o DLV é musical e visual, na mesma intensidade. Nós três ilustramos, dirigimos e produzimos os clipes, a Francis faz as roupas dela... Nada está em primeiro plano, tudo na banda tem a mesma importância.
Como é a cena pra vocês em Porto Alegre?
A cena nos recebeu bem. Nosso público é muito caloroso, tanto os mais doidos quanto os mais reservados gostam da banda e nos acompanham. E a cada show recebemos mais manifestações de gente que não conhecia e passa a acompanhar. E a imprensa de um modo geral nos trata com respeito. Nos consideramos muito bem sucedidos no underground.
Vocês vão tocar para um público de psychobilly de todo o país e até estrangeiros no Psycho Carnival. O som de vocês não é psychobilly na essência... estão preocupados com isso?
Estamos honrados com o convite que recebemos. Fomos indicados pelo nosso amigo Billy Joe, da Old Stuff Trio. O nosso som não é essencialmente psychobilly, mas isso não nos preocupa, já que o Festival tem excelentes bandas e artistas de outros estilos – como o Lendário Chucrobilly Man, por exemplo. Há bandas de Garage, de Surf, é uma celebração de rock acima de tudo.
* Conheça o DLZ.
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