quarta-feira, 8 de junho de 2011

Quem ri por último ...


Sobre a polêmica envolvendo humoristas e suas piadas politicamente incorretas, acho que a mídia está exagerando na repercussão (embora isso fosse algo rotineiro... típico para atrair audiência).
Estive no final do ano passado no badalado Bar Comedians, em São Paulo – que tem como sócios Rafinha Bastos e Danilo Gentilli, dois alvos dessa campanha pró-politicamente correto. O bar estava lotado e os cinco humoristas apresentaram piadas grosseiras e foram muito aplaudidos. Por homens, mulheres, jovens e idosos. Voltei no dia seguinte só para fazer a foto acima e escrever algo um dia sobre o bar.

O que o público gosta, o que faz sucesso hoje, o que garante risadas na plateia e bilheteria cheia são as piadas grosseiras, sobre sexo, religião, família. Certo ou não, é assim no meio artístico. Basta ver as bobagens no Zorra Total, da rede Globo.
Os tempos mudam e hoje a internet possibilita esse “amadurecimento” das pessoas. O aprendizado da vida chega cada vez mais rápido e os comportamentos mudam e muito.

Outro problema nisso são as manifestações, quase sempre, fora de foco. Sou bem solidário com as minorias e supostos rebeldes. Mas não dá para engolir posicionamentos como o do Conselho da Condição Feminina alegando que Rafinha Bastos encoraja os estupros com sua piada sobre mulheres feias violentadas. Outra ação recente foi a passeata SlutWalk, que acabou em um protesto na frente do Comedians. Esses protestos, com palavras de ordem, geralmente atingem pessoas de alto nível intelectual, que já tem sua opinião formada sobre muita coisa e, dificilmente, é influenciada.
O foco deveria ser nas classes mais humildes, que necessitam de informação e são facilmente influenciadas. Mas vai perguntar para esse grupo o que é “slut”?!
Achei a piada do Rafinha Bastos muito apelativa e não ri quando li pela primeira vez. Mas a piada se tornou famosa por culpa das próprias pessoas que se sentiram afetadas ou revoltadas.

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