O delegado Mario Andrade, da polícia civil do Rio de Janeiro, apreendeu ontem uma cópia do livro “Mate-me por favor” (L&PM), de Legs McNeil e Gillian McCain, na casa de um acusado de formação de quadrilha, dano ao patrimônio, porte de artefato explosivo e tentativa de homicídios contra um policial. O acusado reside em Itaboraí (RJ) e teria participado das manifestações no Rio de Janeiro essa semana. O livro foi apresentado para a imprensa em uma mesa com armas brancas (foto acima).
A ignorância (poderíamos também dizer arrogância e abuso
de poder?!) foi tamanha que o delegado declarou em reportagem da Folha Online: "[O
livro foi apreendido] para demonstrar a ideologia dele frente a nação
brasileira, de defesa da anarquia". Para quem não conhece, o livro “Mate-me
por favor” não incita a violência. É simplesmente um livro com entrevistas com
músicos de bandas punks contando histórias de como as bandas foram formadas,
amizades e sobre os shows. Qualquer imbecil perceberia isso se folheasse o
livro.
ARTE - O fato leva a triste contestação de que a vida
imita a arte. O livro “Fahrenheit 451”, de Ray Bradbury, foi lançado em 1943 e levado
ao cinema em 1966 por François Truffaut. A história mostra um governo opressor
que queima livros para evitar que a população tenha vontade própria.
Mais triste de tudo é ver a polícia agindo com tanta "eficiência" contra jovens manifestantes (vândalos ou não), enquanto a criminalidade pinta e borda matando policiais e inocentes, com grande inércia da polícia no combate ao crime.
Mais triste de tudo é ver a polícia agindo com tanta "eficiência" contra jovens manifestantes (vândalos ou não), enquanto a criminalidade pinta e borda matando policiais e inocentes, com grande inércia da polícia no combate ao crime.
* Leia reportagem da Folha OnLine sobre o caso.
* Leia depoimento no blog da editora L&PM sobre a atitude do delegado.
Foto da apreensão: Italo Nogueira / FolhaPress* Leia depoimento no blog da editora L&PM sobre a atitude do delegado.
Olha só como eu sou um terrorista perigoso por portar um livro de entrevistas com roqueiros!
Um comentário:
o infeliz nem leu o livro?jugou pela capa.mas que burrice
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