quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

The Krents celebra culto ao psychobilly no Psycho Carnival


O Psycho Carnival apresenta ao público as principais bandas do cenário billy da atualidade. Mas também oferece a possibilidade de ver bandas importantes que já acabaram e que voltam para um show especial. Foi assim com Missionários (2010) e Baratas Tontas (2011) e esse ano terá The Krents e Os Cervejas. A primeira é uma banda de psychobilly formada em São Paulo no começo da década de 1990, com Influencias de GG Allin, The Cramps, Coke Luxe e Kães Vadius e que lançou um disco com 15 músicas pela Baratos Afins em 1997.
Depois de alguns retornos momentâneos, a banda se reúne com nova formação e promete um show energético e maluco no Psycho Carnival. O Projeto Zombilly entrevistou o vocalista Luiz Teddy que anunciou novidades do The Krents e a expectativa de tocar no festival curitibano. A banda tocará no domingo (10).
ZOMBILLY - Como será set do The Krents no Psycho Carnival? Vai rolar música nova?
LUIZ TEDDY -
Para nós este Psycho Carnival estÁ sendo um momento muito especial, marca o retorno da banda, que completa 20 anos e também a estreia uma nova formação. Como teremos apenas 30 minutos de apresentação preparamos um set que dará a oportunidade das pessoas que nunca estiveram em um culto dos Krents conhecerem um pouco das nossas principais obras e aqueles que já acompanham verem que a banda esta mais viva do que nunca. Mesmo o tempo sendo curto, não vamos deixar de tocar uma musica nova e também de homenagear através de um cover uma banda que nos ensinou que era possível cantar e ter uma banda de psychobilly que cantasse em português.

Como está esse trabalho da volta da banda?
Tudo é muito recente, manja carniça nova? Com a saída do Romulo, reestruturamos toda a banda, fizemos arranjos novos e diferentes por causa da linha do baixo acústico e acabamos deixando tudo mais rápido e pesado, achei muito foda a energia desta moçada que além de curtirem a proposta da banda chegaram cheios de vontade de tocar e como diria nos velhos tempos, “ De quebrar Tudo”. Depois de focar nas músicas que já existiam no repertório e nos ensaios para o Psycho Carnival o processo de criação de novas letras veio naturalmente. finalizei 13 músicas em menos de um mês, material que certamente vai render um cd. O próximo passo será trabalhar estas músicas e gravar um EP nos próximos meses para registrar essa nova voltagem da banda.
Como é voltar a tocar num cenário diferente de quando vocês começaram? Hoje em dia é tudo mais fácil, a comunicação mais rápida, varias oportunidades através da internet sem ter o trabalho de sair de sua casa, o intercambio das bandas, os bares e locais para shows, a cena psycho/rockabilly enorme perto do que existia na época, os festivais que, na minha opinião, são uma puta vitrine para as bandas, sem contar com as diversas oportunidades através das redes sociais ajudando a divulgar shows, novidades e artigos da banda. Só que ao mesmo tempo é tanta coisa acontecendo junto que isso acaba dividindo um pouco as pessoas que curtem o som, coisa que antigamente não acontecia porque era tão raro ter alguma coisa rolando que todo mundo que fazia parte daquela cena tinha obrigação de comparecer. 
Como é tocar num evento bacana com tantas bandas gringas importantes como o Psycho Carnival?
Eu tive o prazer de acompanhar os festivais em Curitiba, desde o segundo Psycho Fest onde tive a oportunidade de tocar com os Krents. Depois disso não faltei em nenhum, seja como banda ou como público. Poucas pessoas puderam acompanhar o quanto trabalho caras como Vlad, Wallace e muitas outras pessoas tiveram para fazer acontecer o que é hoje, sem dúvida o mais importante festival desse gênero que rola por aqui, um evento único que vai além das bandas que estão tocando lá, uma oportunidade de rever os amigos, conhecer pessoalmente aqueles trastes que conhecemos e conversamos através da internet e também daqueles que não tem tanto acesso conseguirem discos, roupas e etc. Como publico acredito que estar no Psycho Carnival é uma oportunidade de conhecer bandas novas e assistir shows de bandas que muita gente que fez parte dessa cena daria a vida para assistir um show, oportunidade de falar e conhecer bandas que são a base do nosso estilo de vida e que antigamente o máximo que dava para chegar perto era quando alguém conseguia algum vídeo e copiava, tudo era difícil pra caralho. Como banda posso dizer que é a oportunidade fazer novos contados e mostrar que aprendemos tão bem a lição de casa que hoje podemos dividir o mesmo palco e curtir pra caralho estes dias de Carnaval.

* Confira o blog Eddy Teddy com mais informações sobre o The Krents.

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