quinta-feira, 30 de setembro de 2010

A violência justifica outra violência?

Um filme violento para falar indiretamente sobre uma das grandes polêmicas da humanidade: o aborto. O filme francês “Fronteiras” foi lançado em 2007 e fez barulho no circuito alternativo e festivais de filmes de horror. A direção é de Xavier Gens, que fez o bom “Hitman” em 2007.
A base da história de “Fronteiras” é um grupo de amigos que faz um assalto em Paris e quer fugir para a Holanda com a grana para ajudar uma amiga que está grávida de um deles. No meio do caminho, param para descansar em um hotel, comandado por uma família de sádicos liderada por um nazista canibal, que quer criar uma raça pura.

Se você acha que já viu de tudo em filme de horror, se prepare para “Fronteiras”. Ele eleva as cenas mais fortes de mutilação, cabeças explodindo, machadadas, entre outras que você possa ter visto em filmes como “O massacre da serra elétrica” ou “O albergue”, só para citar alguns mais conhecidos do gênero.

É uma pena que haja alguns erros de continuidade. Tipo um personagem leva uma martelada na testa e aparece sem um arranhão na cena seguinte. Assim o grupo de amigos vai sendo eliminado um a um. De um jeito mais grotesco que o outro.
Para não fugir dos clichês de filmes de horror, quem sobrevive é quem seria, hipoteticamente, a mais frágil. A garota que está grávida. Ela enfrenta “de igual para igual” os brutamontes assassinos. E retribui a violência. Até conseguir escapar do local e pegar a estrada rumo à liberdade.

“Fronteiras” aborda também questões políticas e religiosas, que são comuns na rotina francesa. Ah, sobre a mensagem que citei no começo sobre aborto. A personagem principal abre o filme indicando ter feito um aborto e explica: “Como colocar um filho num mundo com tanta intolerância e violência?!” Faz muito sentido, apesar da agressividade exagerada.

Um comentário:

Anônimo disse...

Já vi. é terrível (de bom).