quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A gente segue batendo em ponta de faca...

Ia esperar a reunião com o pessoal do bar sobre o festival Rockingá 2010. Mas como isso só vai rolar no final de semana, vou abordar aqui e depois posso volto a falar disso, já que quero publicar material dos shows.

O post do blog do Rafael Zanatta (da banda Nanan) é bem oportuno. É uma resenha do primeiro dia do show do Rockingá 2010. Gênero jornalístico que, infelizmente, não vemos muito por aqui e que deveria aconteceu muito mais. As pessoas não estão acostumadas a escrever depois sobre os eventos. Nas poucas vezes que isso acontece, a aceitação nem sempre é boa.

O Zanatta deu a opinião dele e narrou algo que, supostamente, seria um problema: o preço da cerveja.
Na minha opinião, o pessoal do bar tem livre-arbítrio para escolher o tipo de cerveja e o valor a ser vendido.
No caso do Fernandes Bar, há um diferencial em relação aos outros bares que estamos acostumados a frequentar quando tem show de rock: há uma boa variedade de tipos de cervejas. Cervejas caras e baratas. O consumidor escolhe.

Pelo que lembro há:
• 600 ml: Skol, Brahma, Antártica comum, Antártica Original, Antártica Sub-Zero, Bohemia, Colônia, Baden-Baden
• Long neck: Heineken, Eisenbahn (entre dois e três tipos) e Devassa
• Lata: Skol, Brahma, Colônia, Antártica
• Sem álcool: Liber e Bavária
• e ainda tem chopp em tamanhos/quantidades diferentes e, ocasionalmente, com promoção.

Eu não opino sobre as marcas tradicionais que o bar já vendia antes da gente começar o projeto Zombilly lá. Já sobre as artesanais, eu intermediei a compra, e o combinado é ter essas cervejas com um valor no cardápio e quando tiver shows nossos, vender com um preço um pouco mais abaixo. Sei que tem bar em Maringá que vende Eisenbahn com valor 30% mais caro que o Fernandes. E não tem show.

Em quase um ano e meio, não temos nenhum problema com isso. As bandas receberam sua graninha, algumas pela primeira vez. Algumas mais, outras menos, dependendo do movimento do bar. E o pessoal do bar sempre foi correto comigo, já que sempre deixei claro que o foco do projeto é nas bandas.

Sobre atendimento, esse sempre foi um diferencial do Fernandes Bar. Pelo lado bom. O festival acontece uma vez por ano. Então, aquele grande fluxo de pessoas – que causa demora no atendimento e fila no banheiro – não é toda semana.

Sobre a regulagem do som, eu avisei todas as bandas antes que não precisava começar a tocar de qualquer jeito. Poderia passar o som e depois de regulado, começar a apresentação.

MUDANÇA DE COMPORTAMENTO
Também vale ressaltar que já reclamaram da cerveja no Tribo´s. O Juninho colocou outro tipo de cerveja para ter mais opções e os chatos continuam reclamando de outras coisas. E o bar segue lá fazendo vários shows legais. Lembro que o Stone, na época da Base, ficou “debatendo” com uma pessoa pelo Twitter ou Orkut (não lembro certo onde) sobre essas coisas de bebida, atendimento... Então, sempre vão reclamar de alguma coisa.

O fato de fazermos o projeto Zombilly no Fernandes Bar sem a cobrança de ingresso é muito significante. Vai quem quer, participa quem quer. Reclama quem não consegue fazer melhor... e ainda acaba indo lá mesmo não gostando... principalmente de mim.

Graças a isso que hoje temos bandas tocando para um público que elas não tinham, gente que antes desprezava bandas locais e hoje se mostra “fanzona” dessas bandas, público que não via mais show na cidade porque sempre começava tarde e agora tem uma opção de horário cedo, entre outras situações.
Mas, o mais significante é o conceito para as bandas de som autoral. No ano passado tivemos dois eventos de outros produtores anunciados como para “bandas de som próprio”. E hoje é comum ir bandas pedindo para tocar no Fernandes Bar porque há um bom público e boa repercussão. Os músicos já chegam falando que fazem som próprio e querem participar.

Então, eu tenho uma péssima notícia para quem reclama: vamos continuar com os shows. Algumas dessas situações foram abordadas no debate antes dos shows no segundo dia do Rockingá. Quem estava lá para dar opinião ou reclamar pessoalmente? ... logo, publico sobre o debate também. E, se depender de mim, terá ainda mais “retorno” para as bandas do Rockingá 2010.

Essa situação de ajudar as bandas não é novidade nenhuma por aqui. Quem passou pelo O Porão nos anos 90 sabe o quanto era significante para as bandas ter demo tape, fanzine e camiseta delas na loja. O processo histórico continua...

• Leia a resenha de Rafael Zanatta sobre o primeiro dia do Rockingá e confira como a banda Nanan fez mais um grande show em Maringá.

6 comentários:

Bruno Vicentini disse...

Andye, ninguém nega a sua importância pro rock da cidade e nem poderia, ninguém também pode negar o sucesso do festival, mas não seria o caso de fazer o Rockingá do ano que vem num outro lugar? É só um questionamento que deixo aqui pra você e pro pessoal todo. Mais do que pela lotação que houve esse ano, justifico a proposta pela expectativa de que no ano que vem o evento seja maior, tanto de público como de bandas.

Para os demais eventos da Zombilly, o Fernandes sempre serviu muito bem, mas para um festival que talvez seja o mais representativo de uma cidade em plena expansão musical (?), fica um pouco aquém.

Saúdo a iniciativa de trazer as cervejas artesanais, pra quem quiser. Eu mesmo tomei uma Eisenbahn com os amigos, mas senti falta da Dunkel! (Não tô reclamando! HAHA!)

No mais, parabéns pelo empenho!

Um abraço!

Pestana disse...

Andye acho que não é tão difícil entender a questão da cerveja assim, o bar pode cobrar o quanto quiser na cerveja realmente, o ponto não é esse, o que não pode é cobrar um preço "diferenciado" em dia de show e dizer que essa grana vai pras bandas, porque isso na minha concepção é couvert, ou seja não se pode afirmar que o evento é de graça, nada contra a festa pelo contrário, mas desde o show das monobandas vejo que os eventos não são de graça, e é isso que incomoda, não preço disso ou daquilo, mas não levante essa bandeira de evento de graça, pq já ficou mais do que provado que não é!

Zhivago - Patriotas do Rock disse...

É aquilo que sempre penso sobre maringá, nada é suficiente, nada está bom, e ainda quer se comparar com outras cidades do país sem conhecê-las. Variedades e escolhas é bom todo estabelecimento ter, o comerciante coloca o preço que quiser e assume o risco com a sua freguesia.

Todos estão se esforçando para algo comum...tem certas coisas que não fazem sentido discutir...

Andye Iore disse...

Valeu pelos comentários...

RESPOSTAS:
Bruno - esse foi um dos primeiros temas q abordamos no debate. Depois vou postar algumas coisas do debate. O dilema: vamos prum lugar maior no festival sendo q o Fernandes Bar é o q possibilita isso durante o ano todo?

Pestana - Meu compromisso com o bar é q eles paguem as bandas. Isso vem sendo cumprido conforme está no texto. Mas teremos uma reunião para falar sobre isso q vc escreveu e q foi o motivo desse post.

Zhivago - a gente vai sempre abordar tudo isso. Eu poderia ignorar essas coisas porque o bar lotou e tinha mto mais gente curtindo q reclamando, quem foi fez com q a gente não se sentisse falta de quem não foi. Uma caracteristica nossa é não fugir dessas coisas... aceitamos falar de qualquer coisa sem ficar só na "badalação".

Fernando Vinícius disse...

Por um acaso o preço da cerveja sobe no Fernandes em dias de Show? Que eu me lembre não! Eles também não combram cover, cobram? Portanto, parece que a entrada é de graça sim!
Bom mesmo eram os shows no Trip Tatoo bar, bebida barata, e de "boa qualidade": Meu deus uma vez fui lá e me serviram caipirinha com o mesmo gelo que gelava a cerveja no isopor, eles não tinham freezer, sem contar que um copo de 300 ml custava 10,00 R$, ah e era suco de limão de saquinho!
Acho que esse papo de preço de bebida é o menos improtante, tem coisas mais importantes a serem discutidas!
Valeu!

Bruno Vicentini disse...

E quanto à Eisenbahn Dunkel? :D

Tô brincando, embora saiba que a coisa é séria, eu só acho que o abarrotamento vai um dia se tornar um impedimento, o receio é que isso ocorra já no ano que vem. Mas não tô tumultuando, reclamando à maringaense, como disse o (Dr.) Zhivago. Também não sou vidente, quiromante, vai ver dá pra continuar assim pra sempre, só acho que é um ponto a se pensar. Enfim, compreendi o dilema. E também não vou ter a solução.

Abraço!