sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Steve Whitehouse elogia Psycho Carnival e público brasileiro

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Ele é outro músico com histórico respeitável que estará no Psycho Carnival 2014. Mas, a diferença do baixista Steve Whitehouse é que ele já esteve no Brasil e conhece o público do festival curitibano. Ele vem com o The Sharks em meio às gravações de um disco novo e cheio de trabalho com outros projetos. Seja banda, seja com sua coleção e restauração de jukeboxes.
Steve Whitehouse tem ótimas lembranças sobre o show que o Frenzy fez no Psycho Carnival em 2010. E quem esteve nessa apresentação entende perfeitamente isso porque foi um dos shows mais bacanas da história do festival, com grande afinidade com o público. Por isso, o baixista rasga elogios ao público e evento, dizendo que está ansioso para voltar a tocar no festival.  
O Projeto Zombilly entrevistou Steve Whitehouse e ele comentou sobre como será o show do The Sharks no Brasil, anunciou novidades, falou sobre uma história curiosa no Brasil, entre outras situações. O The Sharks tocará no Psycho Carnival no dia 3 de março, segunda-feira.
ENTREVISTA
ZOMBILLY - Como será o set do The Sharks no Psycho Carnival?

STEVE WHITEHOUSE - O set será uma mistura de clássicos antigos, músicas de épocas diferentes e algumas músicas novas, inclusive uma inédita do nosso próximo EP.
O The Sharks influenciou bandas no mundo todo. Inclusive com músicos batizando bandas com nomes de suas músicas. Você percebe essa importância do The Sharks na história?
Na época, quando começamos a tocar juntos, éramos apenas um bando de jovens rockabillies que só queriam fazer algo diferente. Nós nunca imaginamos que o material que estávamos fazendo seria tão influente. E nem imaginávamos que estaríamos fazendo isso por todos esses anos. Com o passar dos anos, começamos a ver bandas nos copiando e usando os nomes de nossas músicas para batizar bandas. É uma honra e, ao mesmo tempo, nos surpreende. É estranhos pensar que o The Sharks como uma banda importante na história do rock. Mas, quando pensamos quanto tempo essa cena está durando, eu me conscientizo cada vez mais do nosso lugar nessa história. Mas, realmente, nos apenas gostamos de tocar.
O que você lembra de 2010, quando você tocou com o Frenzy no Brasil?
Quando tocamos em 2010 com o Frenzy, fomos surpreendidos com a resposta do público. Foi incrível! Que show! E tinha um grande público também. Nós adoramos. Foi um grande festival com pessoas bacanas. O Brasil é um ótimo país! Tenho grandes lembranças daí! Tivemos momentos bacanas durante a nossa estadia. O Frenzy está ansioso para voltar em breve... talvez, da próxima vez, vamos participar da Zombie Walk... [risos]

Você tocou com um baixo amarelo, do Luiz Costa [do Mystry Trio]... há uma coisa engraçada sobre isso que eu não sei se você sabe: o Luiz tem um grande cuidado com seu baixo. Ele sempre toca mais “sossegado”. E você colocou o baixo nas costas, deitou no palco com ele, arrastou o baixo ...  e o Luiz estava olhando ao mesmo tempo feliz por você tocar com o baixo dele, mas muito preocupado porque ele nunca faz essas coisas...
Sim, eu ouvi sobre isso. De fato, há uma história engraçada que conto para você: Eu gostei de tocar com esse baixo .... e, como de costume, quando eu empresto o baixo de alguém em qualquer lugar do mundo, eu sempre cuido do instrumento com o maior respeito. Já toquei em shows emocionantes e animados usando baixo diferentes. Mas, nunca danifiquei o baixo de ninguém. Dessa vez, eu perguntei ao Vlad se eu poderia usar o mesmo baixo amarelo. Mas, me responderam que o cara não quer emprestá-lo dessa vez porque ele estaria com medo que eu iria danificá-lo! Que pena! Mas, não importa. Eu agradeço ao Luiz peola última vez e o Vlad já conseguiu outro baixo para o show do The Sharks.
O que você pretende ver no Brasil, se você tem algum tempo livre?
Tem um museu bacana da 2 ª Guerra Mundial que nós vimos quando passamos de carro em 2010. Tinha uns tanques de guerra do lado de fora. Mas, não tivemos tempo para entrar. Dessa vez eu gostaria muito que alguém nos levasse lá. Isso seria muito legal para mim.
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Quando você começou a tocar não havia internet. Como você usa a internet no seu trabalho hoje?
A Internet ... wow ... que mudança de vida em termos de divulgar bandas. Quando eu olho para trás, simplesmente não consigo me lembrar de como costumávamos fazer coisas sem ela! Tínhamos montes e montes de flyers em mãos e íamos a muitos shows e lugares diferentes para entregá-los para as pessoas. Tínhamos que ir para as cidades vizinhas também e colar muitos cartazes em todos os lugares .... e correr risco com a polícia por fazer isso também! Hoje em dia, você pode simplesmente um flyer digital e clicar alguns botões no computador ou no Facebook .... e, de repente , milhares de pessoas sabem sobre seus shows .... ou o seu novo álbum. É incrível. Ajudou muito a cena com o MySpace, Facebook, Reverbnation, Spotify e tantos outros! A Internet pode ser ruim em algumas situações. Mas, para a indústria da música tem sido uma revolução fabulosa!
Quais bandas você ouve hoje em dia e quais bandas novas você gosta?
Como você pode conferir na música que eu faço ao longo de 33 anos, sou influenciado por muitas bandas e artistas de estilos diferentes de música. Gosto de Bing Crosby, Elvis, Bill Haley, The Everly Brothers, Glenn Miller, Gene Vincent ..... até coisas como Level 42, Green Day, Sex Pistols, Gary Numan, Steve Vai e um monte de coisas dos anos 80. Eu tenho um gosto musical variado. É difícil falar sobre tudo. Naturalmente, eu adoro as coisas dos anos 50. Eu cresci com isso. Eu tenho uma coleção de jukebox e têm lotes de diferentes singles em vinil sobre todas as décadas! Neste momento, o que mais tenho escutado é The Everly Brothers. E um monte de coisas dos anos 60. Na verdade, estou planejando um novo projeto. É um disco de tributo ao Everly Brothers. É um dos meus grupos favoritos e quero prestar homenagem a Phil Everly. Que, infelizmente faleceu em janeiro deste ano! Eu já comecei a gravar o disco. Fora isso, eu escuto algumas bandas da nossa própria cena. Como Long Tall Texans, Batmobile , Graveyard Johnnys, Stray Cats , Polecats, entre outras.

O que te influenciou como músico?
Eu sempre fui influenciado pelos anos 50. Elvis, Bill Haley & The Comets, Gene Vincent e o restante das estrelas dos anos 50. Era muito fascinado pelo baixistas e seu baixos acústicos. Como Bill Black, Marshall Lyttle e todos os outros. Eu só queria tocar um baixo como eles. mesmo quando eu tinha apenas 5 anos de idade! Eu simplesmente amei o visual do baixo acústico. E o som do slap sempre me fascinou. Então, no início dos anos 80, quando então vi Phil Polecat e Lee Rocker tocando na TV, eu só sabia que eu tinha que começar a fazer isso também. Assim, acabei comprando um contrabaixo velho e maltratado das minhas aulas de música da escola, quando eu tinha apenas 13 anos. E levei para casa. Eu andei de um lado da cidade para a outra ! Em poucas horas eu estava tocando bem. Desde então, o slap no baixo acústico tem sido a minha vida!


Você sabe algo sobre o psychobilly e  rockabilly brasileiro?
As únicas coisas que eu sei sobre o psychobilly e rockabilly brasileiro é o que eu vi da última vez eu estava no Psycho Carnival em 2010. O Vlad nos apresentou o Sick Sick Sinners. É o lado mais escuro e pesado que  a maioria das bandas da Europa e Estados Unidos. É mais frenético e metálico... e muito bom! Estou ansioso para ver mais bandas desta vez no Brasil.
Como está o Frenzy agora? Você está gravando novas músicas?
O Frenzy é muito ocupado normalmente com muitos shows em todo o mundo! O ano passado foi o nosso 30º aniversário! E durante esse ano, nós deveríamos gravar nosso álbum para comemorar esses 30 anos,  “Rust in the machine''. Todas as canções estavam escritas e nós prontos para gravar. Mas, infelizmente, o nosso guitarrista Steve Eaton, ficou doente e paramos por um tempinho. Mas, agora estamos planejando voltar ao estúdio novamente. Espero que o disco saia até o fim de 2014! Estamos em turnê novamente também. Shows pelos EUA, Europa, Escandinávia, entre outros. E o Frenzy tem a esperança de voltar ao Brasil muito em breve também.
O que você está planejando para o futuro do Frenzy e outros projetos que você tem?
Estamos sempre planejando as coisas para todas as bandas. Algumas coisas acontecem e algumas não. Ninguém aqui está ficando mais jovem você sabe! [risos] Eu também toco no The Blue Cats, pioneira do neo rockabilly. Estamos com a agenda lotada de shows em 2014. Também estamos divulgando nosso novo disco, um disco inédito depois do “The tunnel” lançado em 1992. O novo disco se chama ''Best Dawn Yet'', pela Bluelight Records, da Finlândia. Tem dois singles desse disco, ''Billy Ruffians'' and ''The Norton Spirit''. Tem um novo projeto pela Bluelight também. É o ''On a live mission'' e está disponível em CD, vinil duplo e DVD. Estamos tocando em muitos lugares. O Frenzy está ocupado como sempre. Já o The Sharks está finalizando o novo EP chamado “Space race”. É o primeiro disco desde o “Infamy” (que estará à venda no nosso estande no Psycho Carnival. Temos muitos shows agendados esse ano. E eu tenho o meu projeto sobre o Everly Brothers. Então, eu estarei muito ocupado esse ano!
Você vai trazer algo para vender no Psycho Carnival?
O The Sharks terá um  estande com muitas coisas. Teremos camisetas, CDs, adesivos, bottons, patches para venda. Não terá material do Frenzy ou do Blue Cats. Este é um show do The Sharks. Então, somente coisas do The Sharks. Venha nos conhecer no nosso estande. Estamos ansiosos para conhecer nossos fãs no Brasil!
Fotos: Andye Iore
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